Capítulo 26

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AVISO: ESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS DE DADDY E MOMMY ISSUES E HOMOFOBIA!
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Elain estava parada do outro lado da sacada, encontrada em uma das paredes no escuro, quase não reconheceria ela se não fosse pela sua voz ter ecoado segundos antes, dali. Como ela ainda tinha coragem (ou burrice) de vir até aqui?

— O que você está fazendo aqui? — meu pai diz entrando na varanda.

A minha família inteira, junto com a Karina e um macho que eu não conhecia, adentraram naquele momento também.

— Puxa, cunhadinho! É assim que você recebe a sua cunhada querida após tanto tempo longe? — Elain diz fingindo uma leve decepção.

— Você não é bem-vinda aqui, Elain! — eu digo firme.

— Ah não? Poxa, Luninha, você vai falar assim mesmo com a sua tia? — Elain colocou a mão no peito, como se estivesse ofendida.

— Você deixou de ser a minha tia, no momento em que fez todo esse mal à minha família — encarei Elain com fúria.

— Você vai mesmo deixar ela falar assim comigo, Nes? — Elain se virou para Nestha, que, por sua vez, só a encarou com tédio.

Nessas últimas semanas, eu me aproximei muito de Nestha. Acho que de alguma forma, eu entendia ou pelo menos não julgava a sua dor ou suas atitudes. Nestha estava muito machucada pelo o que aconteceu com Elain, afinal, ninguém era mais próximo da Elain do que ela. Por isso ela fez a única coisa que conseguia naquele momento, ignorar Elain, ignorar o quanto ela machucou o seu coração.

— Az? Me ajuda! — Elain tentou se fingir de coitada mais uma vez.

— Só por cima do meu cadáver — respondi rosnando, enquanto me colocava na frente dele.

Elain me encarou com raiva, mas, após virar o seu rosto para o meu irmão, ela deu um sorriso maldoso em sua direção.

Olhei para o mesmo local e encontrei o meu irmão segurando a mão de alguém... talvez esse fosse o macho por quem ele havia se apaixonado.

— Ora ora, temos mais um gay na família. Tome cuidado para esconder isso, ou o papai Rhys e a mamãe Feyre vão te deserdar, Viadinho! — Elain abriu mais o seu sorriso, após perceber o macho ao lado do meu irmão se encolher diante de suas palavras.

— Eu sou bissexual. Não ingnore metade do que eu sou só para colocar um rótulo em mim! — meu irmão levantou a cabeça e estufou o peito, como se tivesse orgulhoso dele mesmo por estar tendo coragem de falar isso em voz alta.

— Então meus pêsames, garoto! Será uma pena mesmo você ser trocado por outra pessoa — ela se virou para o macho ao lado do meu irmão.

Encarei-a com raiva. Não acredito que ela acha que só porque ele é bissexual, ele vai sair querendo pegar todo mundo. Além de ser idiota é preconceituosa!

— Olha aqui, acho que você não veio até aqui para ser preconceituosa com a minha família, então desembucha logo para eu poder chutar a sua bunda daqui — a encarei desafiando que ela dissesse mais alguma coisa do que o necessário, mas ela se calou, entendendo a minha ameaça.

— Azriel, venha até aqui! — Elain o chamou.

— Mas você só pode estar muito louca por achar que só porque você quer, eu irei ir até você — Azriel a encarou como se ela fosse algo de outro mundo, no sentido mais ruim da frase.

— Az querido, — não acredito que essa vaca o chamou assim — venha até aqui, por favor! — ela mandou, com mais autoridade do que da última vez.

A Corte do Sol e da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora