Capítulo 8

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— Puta. Que. Pariu. — essas foram as minhas primeiras palavras para o meu parceiro.

— Caralho, Az! Tu tá fudido com o Rhys como sogro. — Cassian diz sem acreditar que aquilo estava acontecendo.

— Tinah que ser justo com a nossa filha, Feyre querida? — Rhysand disse olhando para a Feyre, enquanto a mesma tentava segurá-lo para ele não avançar no Azriel.

Fiquei olhando hipnotizada para aqueles olhos. Os olhos do meu parceiro. Eu nem estava acreditando nisso.

— E‐eu preciso de ar. — Elain disse, se distanciando de Lucien, saindo da sala.

— Não. Isso não é possível. Elain. — Az a chamou, quando a mesma estava saindo.

Foi aí que eu percebi que ela ainda tinha o Az na mão, ela não tinha aceitado a parceria com o Lu, ela estava apenas enrolando os dois.

— Vocês não vão atrás dela. — eu disse olhando de Az para Lu.

— Só porque você aparentemente é a minha parceira, não quer dizer que você manda em mim. — Azriel disse com raiva.

— Escuta aqui, esquentadinho. Pela cara do Lu, ela deve ter dito para ele que iria tentar aceitar a parceria, mas parece que você não sabia disso, se não você não estaria aqui brigando comigo. Você não vê? Isso só faz mal para vocês dois. Você saberia disso se você parece de ser tão cego, seu idiota. Ela está usando vocês. Então não venha para cima de mim, com essa carinha brava como se você soubesse o que ela pensa, faz, ou diz. Ela está manipulando vocês. Eu não confio nela. — eu já estava perdendo a paciência naquela altura.

— Eu confio nela, mas não confio em você. Você é só uma estranha e...

Isso machucou. Me machucou mais do que devia, mas, mesmo assim, eu abri um sorriso malicioso de lado e disse, o cortando:

— E quem disse que eu confio em você?

Azriel me olhou com raiva. Ele sabia que eu quem tinha ganhado a discussão. Ele olhou para Lucien, se virou para a porta e saiu, não esquecendo, claro, de trombar com o meu ombro pelo caminho.

Eu queria chorar por isso. O Azriel dos meus sonhos não era assim. Me dói profundamente saber que ele está tão cego assim por algo que não tem nenhum futuro. Isso só está o machucando, mas ele não entende isso.

— Vo-você acha mesmo que ela está manipulando a gente. — Lucien diz inseguro, após um longo período de silêncio.

— Sim acho, Lu.

— Você po-poderia me explicar o porquê então? — ele estava com medo da resposta, seu cheiro indicava isso.

— Eu nunca fui com a cara da Elain, Lu. Não é de hoje que eu acho que ela esconde alguma coisa. Podem me apredejar se quiserem, mas eu sei que por trás daquela bondade toda, tem algo muito asqueroso e sombrio. Ela já mostrou as garras para vocês, algumas vezes, mas vocês ignoraram. Eu não. Eu não ignorei e ainda me lembro de cada detalhe de quando li elas pela primeira vez. — eu disse olhando para casa um deles.

— Ela tem razão. — todos olhamos para Nestha, surpresos de suas palavras. — a Elain está escondendo algo sim. Toda tarde, às três horas, ela sai, dizendo que vão comprar mais sementes e adubos. Mas, uma vez, eu segui ela, porque achei que ela estava se encontrando com alguém, romanticamente sabe, mas quando chegamos ao mercado, ela entrou em um beco e alguns minutos depois, saiu de lá com uma sacolhinha que ela escondeu no corpete. Eu não contei porque eu achei que vocês iriam investigar e eu não queria me intrometer nos assuntos dela, porque foi na época em que ela estava ficando finalmente boa e...

— Está tudo bem, Nestha. Nós entendemos a sua situação. — eu disse a olhando com afeto.

— Então vamos ter que investigar isso. Podemos pedir ao Az que... — Mor disse, mas logo foi cortada por Amren.

— Não podemos contar com o Azriel. Ele está cego demais pela Elain, menina. — Amren disse, contando um fato que todos nós sabíamos, mas tínhamos medo de falar.

— Então, nesse caso, também não poderemos contar com você, Lucien. Desculpa. — Feyre disse o olhando com ternura.

— Está tudo bem. Eu estendo, Feyre. — Lucien disse suspirando.

— Já que está tudo decidido, acho que devemos ir dormir. Esta tarde e amanhã, creio eu, que teremos muito trabalho a fazer. — Rhysand disse.

Amren, Lucien e Mor saíram da sala. Cassian parou em minha frente, com Nestha atrás dele.

— Amanhã, eu e você, treino. — Cass disse.

— Sim senhor, Capitão. — eu disse sorrindo e batendo continência. — Mas, será que seria possível, eu também treinar com você? Digo, com as Valquírias? — eu disse olhando com relutância para Nestha.

— Claro, será um prazer! Mas não se atrase, ou terá de pagar uma punição. — Nestha disse com surpresa e um brilho de brincadeira em seus olhos.

— Sim senhora, Capitã! — eu disse batendo continência, outra vez, mas rindo, dessa vez.

Nestha e Cassian entrelaçaram seus braços, enquanto saiam da sala, deixando assim, apenas eu e os "meus pais".

— Então, querida, quer ir conhecer o seu quarto? — Rhysand perguntou, enquanto andava de mãos dadas com a Feyre, até mim.

Acenei com a cabeça concordando.

Andamos por corredores diferentes dos quais eu havia visto quando cheguei. Eles eram mais aconchegantes que os antigos.

Paramos em frente a uma porta, que se abriu com um passe de mágica, ou com a magia de Rhys, eu acho.

Olhei para dentro do meu suposto quarto. Meu coração começou a acelerar. Ele era lindo. As paredes eram cinza. Me pergunto como eles sabiam que essa era a minha cor favorita. O teto parecia ser um céu estrelado. A minha cama era enorme, caberia facilmente dois ilyrianos ali. Havia uma escrivaninha, mas eu não a dei a devida atenção, pois eu vi algo melhor. Ali no meu quarto, eu tinha uma estante de livros enorme, com direito a uma poltrona para ler os meus livros. Tudo era de cor prata, preta e roxo. Aquilo parecia o paraíso.

Olhei para a Feyre e o Rhysand, tentando transmitir a minha gratidão para eles. Acho que os mesmos me entenderam, pois me olharam como se eu não precisasse agradecer.

— Fique a vontade, Luna. Sairemos para que você possa descansar. — Rhys disse fechando a porta, enquanto Feyre sibilava um boa noite para mim.

Foi naquele momento, sozinha, que me permiti chorar.

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Olá, leitores!
Muitas tretas nesse capítulo, não?
O que vocês acharam?
Eu, sinceramente, estou muito brava com a ignorância do Az.
Se vocês gostaram do capítulo de hoje, não se esqueçam de votar e adicionar em suas bibliotecas particulares ou em suas listas de leituras para não perderem nenhum capítulo da história da Luna, a Herdeira da Corte Noturna.
Tchau e até o próximo capítulo!
Ps: chegamos a 200 leituras!!! Mal posso acreditar nisso. Vocês não sabem, mas eu amo cada um de vocês por isso. Obrigada, galera!

A Corte do Sol e da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora