Capítulo 33

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E lá estava eu me arrumando para ir até a Corte Diurna, onde teríamos algum tipo de baile ou sei lá o que.

Sinceramente, eu estava arrumando tudo na força do ódio, pois o que eu queria mesmo, era ficar em casa enquanto me perdia dentro de algum mundo literário.

Claro que, a parte leitora dentro de mim, estava super animada com o fato de que conheceria o Helion, o Grão-Senhor da Corte Diurna.

A verdade é que, enquanto mais eu socava as roupas na mala, mais eu ficava com raiva. Que grande maravilha!

Suspirei quando terminei de arrumar as coisas e peguei a minha mala, anotando todas as coisas que estou levando na minha cabeça, para ver se eu não esqueci nada.

Sai do meu quarto e andei em direção à sala, onde todas as outras pessoas já estavam à minha espera.

— Filha, antes de irmos, eu só queria te falar que — cortei o meu pai antes que ele terminasse aquela frase.

Eu sabia que eu não deveria estar tão brava com ele ou com qualquer outra pessoa daqui, mas era inevitável.

A cada vez que eu ouvia alguém dizer algo sobre mim, eu sentia aquele ódio esperando para sair e atacar todos que eu amo.

— Vamos logo — falei, deixando sem querer a minha ansiedade transparecer pelo rom de voz usado.

Então uma escuridão tomou conta de nós e atravessamos para a Corte. 

Quando aterrissamos em terra firme, senti a náusea tomar conta do meu corpo, quase caí, mas Azriel me segurou antes que fosse tarde de mais.

— Está tudo bem? — ele perguntou susurrando em meu ouvido.

Apenas balancei a cabeça em concordância e sai de seus braços. Eu mentiria se dissesse que aquele pequeno toque de suas mãos em minha cintura, não mexeu comigo.

— Ah, meus amigos, sejam bem-vindos! — Helion abriu as portas do seu castelo, nos cumprimentando.

Ele era igualzinho ao o que eu tinha imaginado quando o vi, ou melhor, quando o li pela primeira vez. Seus cabelos marrom escuro esvoaçantes pareciam serem macios e sua pele preta era linda, ainda mais quando o Sol a tocava. Ele estafa vestindo vestes douradas e brancas, remetendo às cores de sua Corte, também, pousada sobre a sua cabeça, estava uma linda coroa que parecia ser feita de raios do Sol. Confesso que perdi o fôlego com essa imagem.

Helion comprimentou a todos, mas quando chegou em mim, ele apenas me olhou surpreso de cima a baixo, encarou Rhysand e Feyre, mas logo voltou a olhar para mim, especificamente para os meus olhos.

Me diverti com aquela situação, afinal, eu era a garota perdida, um fantasma que havia retornado a vida.

— Olá, Helion querido! — dei um leve aceno de mão, enquanto sorria maliciosamente.

Ao ouvir a minha frase, Helion jogou a cabeça para trás e gargalhou alto.

— Ela é mesmo a sua filha, Rhys — ele disse secando as lágrimas de alegria.

Sorri. Eu não queria demonstrar esse tipo de sentimento, afinal, eu ainda estava com raiva do meu pai, ou pelo menos eu achava que sim.

— Então, a gente vai poder entrar ou vamos ficar plantados aqui fora? — perguntei, tentando mostrar indiferença sobre a frase de Helion.

Helion apenas voltou o seu olhar para mim e abriu um sorriso divertido.

— Você tem a língua muito afiada, Senhora. Gostei de você! — nos encaramos um pouco até ele olhar para os outros e dizer — Vamos, vou mostrar os seus aposentos por aqui.

A Corte do Sol e da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora