— Pare de choramingar. — Manu bufou antes de encher sua boca com uma garfada de salada Cobb. Rafaella revirou os olhos enquanto ela tomava um gole de água com gás e cruzou e descruzou as pernas sob a mesa de café.
— Pare você de choramingar. — ela sussurrou para a outra mulher. — Recusa não equivale um choramingo, Manoela. Você continua pressionando. Manoela terminou de mastigar sua comida em silêncio antes de limpar os cantos de sua boca com o guardanapo. Ela e Rafaella não eram indiferentes à regras de etiquetas. Ambas tinham sido criadas para nunca esquecê-las.
— Oh vamos lá, Rafaella. É hora de você parar para viver um pouco e seguir em frente. É hora de você por o sua bunda sexy lá fora e compartilhar com o mundo! — Rafaella franziu a testa para sua melhor amiga.
— O mundo? — Passando uma mão através de seu curto cabelo negro, Manoela recostou-se em sua cadeira.
— Ok, então talvez não o mundo. Isso colocaria um novo significado na frase 'dormir fora', não é?
— Eu não vou dormir com ninguém — Rafaella disse. — Eu não tenho desejo de me envolver no mundo do namoro, quanto mais ir para a cama com uma pessoa anônima, sem rosto, para uma noite que não irá significar nada só me ofereceria uma momentânea satisfação, e com o risco de pesadas consequências. — Rafaella sabia bem que algumas dessas consequências podem mudar a vida inteira.
— Exatamente! Esse que é o problema!
— Não, baby. O problema é você continuar a me atormentar com essa sua ideia ridícula de me colocar em uma série de encontros que eu não estou nenhum pouco interessada.
— Como você sabe que você não tem interesse? Você não foi em qualquer um deles. Eu ainda não escolhi qualquer um deles ainda. — Manoela apontou um dedo para sua amiga como se ela tivesse feito apenas o mais brilhante argumento para o seu caso. Rafaella simplesmente olhou para ela, sem pestanejar e sem esboçar alguma emoção. — Olha Rafa, isso não tem que ser um grande evento.— Manu disse. — Não vou te colocar em uma série estrita de encontros ou tentar te casar com a primeira pessoa de boa aparência,homem ou mulher...
— Mulher?
— Bom, teve uma vez em Cancun... — o riso de Manoela ficou mais alto enquanto ela observava as bochechas de Rafaella mudarem de cor. — Que foi a única vez que eu te convenci a tirar as férias de primavera da faculdade comigo. — Ela soltou um feliz suspiro.
— Melhor férias de Primavera da minha vida. — Rafaella abaixou a cabeça corando e reduziu sua voz. — Dios Mio — ela murmurou. — Eu nunca deveria ter permitido que você me levasse naquela viagem. Foi um circo completo, e posso lembrar, de que você jurou nunca mais falar sobre isso novamente! — Ela agarrou seu copo de água e deu um grande gole, o frio do líquido proporcionou um instante alívio.
— Ah, e na minha defesa, eu estava altamente embriagada naquela noite. Eu acho que você deve recordar dos nove shots de tequila que eu tomei. Nove.
— Ah, eu me lembro.
Manoela mostrou um sorriso maléfico para sua melhor amiga. — Lembro-me de que você tomou todos os nove shots em nove diferentes partes do corpo daquela garota. — As bochechas de Rafaella passaram de um rosa corado para um vermelho cereja profundo. Ela limpou sua garganta enquanto ela olhava pela cafeteria e disse como um assovio:
— Ainda assim, foi apenas uma vez.
— Não é verdade. Você esqueceu daquela menina de alguns anos atrás? Qual era o nome dela, aquela que você conheceu em uma palestra? A voz de Rafaella baixou para nada mais que um sussurro.
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Gonna get better
Fiksi PenggemarUma figura proeminente entre a elite da moda de Nova York, Rafaella Kalimann é uma empresária de sucesso e mãe solteira de um adorável filho de três anos, Lucas. Sua vida amorosa, no entanto, está faltando, como sua melhor amiga e a família continua...