20 - Delicate

33 5 1
                                    

Meses mais tarde

- É bom que alguém esteja a morrer Wong, para me chamares no primeiro dia de folga desde há séc... - Ray dobrou a esquina do corredor do Santuário de Nova York. Não terminou a frase quando viu que no átrio principal, juntamente com Wong e Strange, se encontrava Tony Stark e Bruce Banner. Analisou o buraco no teto e nas escadas de madeira a franzir o sobrolho.

Stark fixava-a com um misto de descrença e julgamento no olhar. Desde que tinha regressado Ray não fizera qualquer tentativa de contato.

- Wow, parece que alguém está mesmo a morrer. – Ela sussurrou em voz baixa. – Olá, Tony. – Cumprimentou-o. Em resposta recebeu um ligeiro aceno de cabeça. – Deves ser o Dr. Banner. Olá. O Tony falou-me de ti. – Esticou a mão e cumprimentou Bruce que retribuiu o cumprimento.

- Tens estado sempre aqui? – Stark questionou.

- Não...

- A razão porque te chamamos de volta é porque precisamos da tua ajuda para localizar o Vision. - Antes que o diálogo se prolongasse Stephen Strange interrompeu. – E, temos um problema em mãos.

Explicou a Ray quem era o Thanos, que este se dirigia para a Terra e que já tinha em sua posse duas Pedras do Infinito. O seu objetivo era reunir as seis pedras e eliminar toda a vida existente em planetas que ele considerava de menor categoria, para que os povos dos planetas mais fortes se pudessem expandir e prosperar. Assim sendo, toda a vida terrestre seria prontamente eliminada. Enquanto Strange colocava Ray a par dos últimos acontecimentos Bruce aproximou-se de Stark.

- Vamos precisar de toda a ajuda que conseguirmos, Tony. É melhor ligares ao Capitão.

- Não é assim tão simples. – Banner colocou um ar confuso. – Não falamos há muito, certo? – Perguntou-lhe Stark.

- Certo.

- Os Vingadores separam-se. Eu e o Capitão tivemos uma discussão feia. Não nos falamos.

- Tony, ouve-me. O Thor desapareceu. O Thanos vem aí. Não interessa com quem falas ou não. Liga-lhe.

Naquele momento todos aguardavam pela reação de Stark. Ele afastou-se. Retirou um telemóvel antigo de tampa do bolso e procurou o contato. Antes que premisse o botão para efetuar a ligação o chão começou a estremecer. Barulhos metálicos, estranhos, começavam a ser ouvidos vindos de exterior.

Tony foi o primeiro a dirigir-se para a porta principal do Santuário e abriu-a. A divisão foi inundada por gritos de pessoas que corriam em pânico, buzinas de automóveis e ventos fortes. Os cincos saíram para a rua e começaram a percorrê-la no sentido inverso dos restantes cidadãos. Stark tentava obter mais informações junto da sua assistente virtual, Sexta-Feira.

- Se a coisa começar a ficar feia quero que encontres o Vision e o Capitão. – Strange lançou na direção de Ray que corria ao seu lado.

- O quê? Eu não vos vou abandonar. – Ela refutou.

- Ouve-me, Ray. Se o Thanos conseguir reunir todas as Pedras ele irá precisar de ti. Não sei como está o seu conhecimento acerca do Mito, mas a última coisa que queremos neste momento é entregar-te de bandeja.

Dobraram a esquina do quarteirão e rapidamente se aperceberam de onde vinha o vento e o barulho estranho. A sobrevoar a avenida, a alguns metros do solo, encontrava-se uma nave espacial em forma de círculo gigante. Enquanto Tony dava ordem a Sexta-Feira para avisar as autoridades para evacuarem as pessoas, Strange lançou uma onda de poder que rapidamente terminou com os ventos fortes, objetos a voar e o ruído da nave. Toda a rua estava agora sossegada. Stark parecia impressionado.

Almas NómadasOnde histórias criam vida. Descubra agora