9 - Reencontro

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Complexo dos Vingadores

Depois de um incidente em Lagos, Nigéria, que vitimou civis durante uma missão dos Vingadores o Governo Americano queria agora que o grupo de heróis agisse sob a supervisão de uma Painel das Nações Unidas para melhor os monitorizar. Apresentava um documento a ser assinado por 117 países.

- Os Vingadores foram formados para tornar o mundo num lugar mais seguro. Sinto que conseguimos isso. – Steve Rogers mostrava ao Secretário de Estado o seu descontentamento.

- Diga-me Capitão, sabe onde é que estão neste momento o Thor e o Banner? – Contrapôs Thaddeus Ross. – Se eu perder dois mísseis nucleares de 30 megatoneladas, pode apostar que haverá consequências. – Caminhou para junto de uma televisão. – Nem me faça perguntar porque é que deixou uma assassina da Hydra seguir o seu caminho depois de ter estado a poucos metros dela. – Uma imagem de Ray e Steve em Sokovia, tirada com um telemóvel, apareceu no ecrã.

- Ela ajudou-nos...

- Desta vez! – O Secretário de Estado interrompeu Rogers. – Não podemos esquecer que ela é responsável por centenas de mortes – trocou um rápido olhar com Tony – e ainda nem chegamos a meio de descodificar a informação relativa às suas missões. Sente que o mundo é um lugar mais seguro com ela à solta? – Steve passou o olhar pelos restantes Vingadores presentes na reunião que o olhavam de volta. – Compromisso. Garantia. É assim que funciona o mundo. Acredite, isto é o meio termo. – O Secretário Ross apontou para o volume de folhas que formava o "Acordo de Sokovia".

***

Viena

Tinha havido um atentado ao Painel das Nações Unidas que se reunia para assinar o "Acordo de Sokovia" em Viena cujo principal suspeito era o Soldado de Inverno. Tinha sido apanhado numa imagem de uma camara de segurança a abandonar o local momentos depois da explosão que vitimou o Rei T'Chaka de Wakanda.

Steve, de óculos de sol e um chapéu enterrado na cabeça, entrava num café perto da cena do atentado para se encontrar com Sam Wilson, também de óculos e boné, depois de ter estado ao telefone com Natasha, ela sabia dos seus planos para encontrar Bucky. Encostou-se ao balcão ao lado do amigo que comia uma fatia de bolo.

- Ela disse-te para não te meteres? – Perguntou Sam. O silêncio de Rogers confirmou. – Pode ter razão.

- Ele faria o mesmo por mim. – Pediu um café a uma empregada.

- Em 1945, talvez. Só quero ter a certeza que consideramos todas as nossas opções. As pessoas que disparam contra ti, acabam a disparar sobre mim.

Uma sirene da polícia soou do lado de fora do café e ambos olharam para o exterior apenas para confirmar que ninguém os tinha visto. Uma vez que não assinaram os Acordos se interferissem com uma investigação seriam detidos. Wilson virou-se de novo para o balcão, para a sua fatia de bolo.

- Jesus...filha da... - Deixou a voz esmorecer.

Steve virou-se também de repente para saber o que o tinha assustado. Sentada ao balcão, ao lado de Sam, Ray olhava para os dois.

- Podias dizer alguma coisa quando chegasses, sabes? Tipo, um aviso. – Wilson resmungou enquanto colocava uma mão sobre o coração.

- Aviso. – Sam olhou para ela como se lhe fosse dar um tiro. – Belos disfarces, rapazes. – Ironizou. Depois olhou na direção de Rogers. – Nas notícias disseram que a polícia procura o Soldado de Inverno.

- Existe uma imagem. – Informou Steve.

- Não foi ele. – Afirmou Ray. A empregada trouxe o café e ela indicou com um aceno que não queria nada.

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