Meu coração pesa, como correntes
Destinado a permanecer preso
Sou fraco demais por não arrancá-las?
Ou otimista demais em acreditar que alguém o fará?
– Amez.#IndigenteEnxerido
🎐Eu tenho diversos pensamentos no dia.
Minha cabeça se torna um trem irrefreável que turbilha em ideias, em sua maioria, inúteis vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.
Mas em nenhum momento fui capaz de imaginar tudo o que aconteceria neste dia.
Às vezes, me sentia como em um pequeno bondinho em uma estrada com pedras, curvas que apareciam do nada e grandes relevos.
Nada de interessante acontecia há alguns meses: só saia de casa eventualmente para beber, tinha um amigo.
Me viraram de cabeça para baixo.
Não digo que não foi algo que não gostei porque, acreditem, eu curti muito e tem se tornado tão bom que penso que talvez não veja mais minha vida sem todas essas curvas e relevos que a compõem.
Na verdade, conviver com essa minha versão reformada tem me feito prestar atenção em pequenas coisas que o Jungkook de antes talvez não percebesse.
O olhar.
As verdadeiras emoções são expressas por ele. O que o coração sente, os olhos são incapazes de mentir sobre; entregam sua alma, suas intenções, seus sentimentos.
Ainda não fazia ideia do quanto isso significava no meio do amor, carinho e todas as paixões que tanto retratam nos filmes, séries e livros. Sabia o seu peso, mas não entendia, nunca havia sentido.
No entanto, me descobri incapaz de mentir, de esconder sorrisos e a maneira como meu corpo transmitia aquela felicidade espontânea, leve, nova. Incapaz de não deixar que meu olhar externalizasse o quão bem aquilo me fazia.
Ele me fazia.
Lembro de ter contado essa história aqui. Fui claro quando disse que amor era algo materializado nas páginas que eu lia, nas cenas gravadas que eu assistia.
Amor.
É o resumo de um infinito particular; é o laço entre pessoas, entre corações. É aquele sorriso frouxo que se faz presente. É quando aquele silêncio ou fala em específico é tão confortável quanto um tipo de cura feita sob medida para você. É o ópio do coração. É lembrar daquele alguém quando escuta tal melodia.
É transbordar em cores, batidas calmas ou frenéticas. É contar minutos que parecem horas.
De fato, os livros e as telas me diziam isso, mas nunca fui capaz de conhecer as sensações.
Mas, dessa vez, talvez eu ainda não soubesse... Mas eu havia começado a descobrir o que era o amor.
Eu estava apenas me apaixonando.
🎐
3:36 p.m. Restô do tio Kang, pai da Seulgi.
Uma mesa grande no canto do restaurante acomodava o hospício inteiro, vulgo, meus amigos.
Estávamos há, literalmente, cinquenta minutos esperando um consenso para que a refeição fosse pedida e todo mundo conseguisse experimentar o que queria. O que não estava sendo uma tarefa muito fácil.
— Você pede bacon, bacon e bacon, porra! Coitados dos porcos!
— Vai se foder! Você respira e caga cheddar e nem por isso eu tô enchendo teu saco!
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Decalcomanie / •jikook
Fanfiction[CONCLUÍDA] Dizem que quando os corações se pertencem, até mesmo as melodias mais distintas se tornam sobre o amor. É o que Jeon Jungkook mais desacredita aos seus dezoito anos, afogado em uma maré de decepções e desastres, seu reflexo é se esconde...