20 • Aquele com surpresas.

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Sexo seria muito mais sobre sensações Aterradoras
Gritantes
Absurdas
Do que sobre qualquer outra coisa
Era como ser uma revolução dentro do corpo de alguém.

artcjoon, Laura Leobino. [Obrigada por transbordar arte e me apoiar sempre. Sou sua fã.]


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Doce Caroline
Bons tempos nunca pareceram tão bons
Eu estava propenso
A acreditar que eles nunca viriam
Mas agora eu olho a noite
E ela não parece tão solitária
Nos enchemos apenas com nós dois

E quando eu me machuco
A dor corre pelos meus ombros
Como posso me ferir te abraçando?

— Sweet Caroline, Neil Diamond.

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#IndigenteEnxerido

Existe um ditado que diz que certas coisas aparecem na hora e o momento certo, que as vezes as circunstâncias parecem ser precárias, mas tinha que acontecer.

Como um bom desacreditado, alguém traumatizado e que não sabia absolutamente nada sobre amor, eu ria.

Em minhas conversas embaraçosas com Seokjin falando sobre as relações que nos metemos, descobrimos estar vivendo o típico clichê adolescente que dissemos ser tão impossível.

Tem uma música de uma banda sul coreana bem famosa que diz exatamente o que se passa na minha cabeça todas as vezes que a palavra destino aparece em minha frente como um balão de falas de um personagem de gibi.

Serendipity significa acaso, é uma feliz descoberta ao acaso, ou a sorte de encontrar algo precioso onde não estávamos procurando.

Na música, o eu lírico canta sobre como tudo aquilo não é coincidência, como tudo se torna diferente e mais alegre, desde que ele conhece aquela pessoa.

Assim como o cantor, desconfio que tudo estava destinado, desde meu incrível talento em ser um completo enxerido e desastrado e derrubar minha carteira naquele dia, até o momento em o vejo desenhar uma casa na areia embaixo dos nossos pés.

Lembra quando eu disse que ria da possibilidade de um clichê por acaso? Pois é, agora me encontro rindo também, mas meu motivo é outro.

Acho que não sou capaz de descrever quantas vezes já disse sim para qualquer loucura que Jimin tenha me proposto nesses últimos dias. Fiquei bobo, feito um palhaço que ri ao vento, sem ter motivo concreto ou saber explicar além da ideia absurda de que talvez o som que as cordas vocais do loiro emitem tem algum tipo de alucinógeno que me faz ficar doidão.

Devo dizer que não me orgulho, mas estou nesse momento matando as primeiras aulas antes do intervalo para ouvi-lo dissertar sobre como estrelas são explosões bem distantes e que aconteceram há muito tempo atrás.

Eu já sabia, passei horas no quarto tentando enxergar para ver se realmente se pareciam com explosões.

Mas ouvi-lo falar...

Soava diferente, com certeza.

— Meu bem, eu queria tanto ver! Imagina ver tudo isso de perto, as explosões e a lua...

— Acho que morreríamos carbonizados ou sem respirar, coração. – digo, vendo a cara emburrada de Jimin assim que eu termino a frase.

— Você é ridículo. Não te conto mais nada também! – os braços cruzados junto com as pernas cruzadas na mesma posição enquanto nos escondemos do sistema educacional na praia, com um guarda sol abandonado por ali.

Decalcomanie / •jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora