16 • Aquele com tempos de glória.

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Amar não é fácil.
Paixão é cômodo, mas amor...
Amor dilacera, em todos os sentidos.

— Sofia Therezo.

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• Esse capítulo é dedicado ao meu primeiro amor, dona dos trechos mais apaixonados e sinceros das minhas histórias, aquela que marca toda a minha existência, nessa e em outras vidas que virão. Minha mãe. •

[Votem e comentem no capítulo]

[Yellow, do Coldplay, é a música tema dos jikook de Decalcomanie. A playlist toda está em um dos links no meu perfil.]
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#IndigenteEnxerido





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— Jimin! – a voz feminina se fazia presente do outro lado da porta. Meu coração ainda batia, por mais incrível que pareça, depois do susto.

Impossível ter calma.

— Park Jimin! – ela falava, mais alto.

Eu só esperava que não fosse...

— É a minha mãe. – ele disse baixo, enquanto arrumava o cabelo com um sorriso.

Isso poderia ficar pior?

— Você vai ficar parado aí de camisa aberta, enxerido? – o ouço perguntar e finalmente me dou conta do que estava acontecendo. Meu corpo consegue ter reação.

E das rápidas.

Fecho os botões abertos da camisa e arrumo o cabelo. Paro em pé, em frente a cadeira que estava sentado, e recebo o olhar assíduo do loiro por todo o meu corpo.

— Se for tão rápido em tirar as roupas assim como é em colocar... – meu rosto esquenta e o percebo seus olhos baixarem até a área que antes, Jimin estava sentado.

Eu também olho, vendo o volume em minha calça por conta do que acabamos de fazer.

— Senta na cama e coloca o travesseiro em cima. – ele disse, indo em direção a entrada do quarto, e assim eu o fiz. – Vou abrir a porta, ok?

Concordo uma vez com a cabeça, em silêncio, sem saber o que esperar dos próximos minutos.

Estava definitivamente considerando minha ideia de pular da janela e dar o fora dali.

Mas do jeito que sou sortudo, provavelmente alguém iria estar me esperando no lugar que eu caísse. Porque tudo pode piorar.

Vejo a porta abrir e uma mulher baixinha em frente, com os braços cruzados.

Ela olha para dentro do espaço até que seus olhos me acham, e eu juro que posso ver um grande balão com mil interrogações aparecer em cima de sua cabeça.

Enquanto isso, Park continha em seus lábios o sorriso mais sonso e cafajeste que eu já tinha visto até o presente momento.

— Mãezinha! Chegou cedo, hein... – ele falava, com aquela cara falsa de anjo.

Ela olha para Jimin, olha para mim, e repete isso por, no mínimo, umas cinco vezes.

— Eu tenho tantas perguntas que nem sequer sei por onde começar. – ela diz. – Mas, pra não assustar ninguém, eu vou começar por você. – seu dedo aponta em minha direção e eu juro que posso sentir meu espírito desmaiar ali naquele colchão mesmo.

Porque mães, meus caros, não são idiotas e percebem até mesmo o que nós não percebemos. Então, eu nem  tinha como esconder que estava, simplesmente, cagando nas calças de levar um belo e bonito esporro.

Decalcomanie / •jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora