"Antes de você, Bella, minha vida era uma noite sem lua. E depois você atravessou meu céu como um meteoro. De repente, tudo estava em chamas, havia brilho, havia beleza."
— Crepúsculo, Lua nova.
[votem e comentem no capítulo]
[recomendo por a música do capítulo para tocar quando o emoji 💡 aparecer]🎐
#IndigenteEnxerido
Carrego em minhas costas o peso de um dom que possuo, mas simplesmente não suporto.
O de viver, sempre, as situações mais constrangedoras possíveis.
Por isso, quando acordo de manhã, já tenho a completa certeza de que alguma merda vai acontecer para que eu enfie minha cara no travesseiro e jogue pragas a todos os meus ancestrais por isso.
E você pode dizer que eu já me acostumei com essas situações, já que elas ocorrem em uma constante de tempo.
Mas cara, não. Simplesmente não.
E eu apenas confirmei isso vinte vezes mais quando abri meus olhos devagar e ainda sonolento, sem me dar conta de todas as cenas que viriam a seguir.
Porque se eu tivesse alguma ideia do que significaria abrir os olhos naquele exato momento, eu teria colado minhas pálpebras com super bonder.
A primeira visão que tenho assim que tomo consciência e consigo, de fato, abrir os olhos, é um cabelo loiro espalhado no travesseiro em minha frente.
Perto. Muito perto.
O que meu cérebro faz com essa informação é simplesmente tentar alguma forma de aceitação e compreender o que estava acontecendo.
Minha atenção redobra a tudo o que me cerca ali: meu braço está em cima de um corpo que não é meu; o mesmo corpo que, encolhido na frente dos meus olhos, usa o meu como algum tipo de pelúcia para abraçar.
É Jimin.
Jimin está simplesmente com a perna abraçando as minhas, nossos rostos ainda muito, muito perto. Os fones saíram dos ouvidos e a música já não parece tocar mais. Seu semblante é calmo, ele estava dormindo tranquilamente enquanto eu parecia entrar em algum tipo de transe por tudo aquilo.
Mas tem algum ditado para pessoas fodidas na vida como eu e, em minha mente, eu cometi o erro de pensar "poderia ser pior".
E assim que meu olhar voltou até a perna enroscada de Jimin em mim, subo um pouco a vista apenas para que meu corpo pare ali mesmo, sem reação, estático, murcho, capenga.
Minha mãe e Seokjin estão parados, da mesma forma, na porta do meu quarto, esperando, assim como eu, uma explicação plausível para a cena que se passava.
Não consigo entender, de fato, o que os olhos da minha mãe dizem. Um misto de sentimentos invade meu corpo me fazendo ficar a ponto de surtar ali mesmo, desesperado, resultando em um movimento brusco meu, que acorda o loiro.
Ele abre os olhos devagar, preguiçoso e inerte à situação que nos cerca ali.
Um minuto inteiro até que ele perceba meu olhar de pânico e vire até onde ele se instala.
E aí, é ele quem se levanta, jogando minha perna longe e ficando com a postura ereta enquanto senta na cama, sem saber o que falar.
Jeon Sunmi suspira e parece que vai falar algo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Decalcomanie / •jikook
Fanfic[CONCLUÍDA] Dizem que quando os corações se pertencem, até mesmo as melodias mais distintas se tornam sobre o amor. É o que Jeon Jungkook mais desacredita aos seus dezoito anos, afogado em uma maré de decepções e desastres, seu reflexo é se esconde...