TRACK 11

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— Caralho... — Jongin sempre se admirava pelo jeito emocionante que seus avós contavam a história.

— Olha esse linguajar, menino! — sua avó o repreendeu.

— Mas vó, não existe outra palavra que represente melhor o sentimento que eu sinto nesse momento — tentou se explicar para a mais velha, que estava com uma expressão nada boa.

— Bicho, é só falar catapimbas — o loiro fuzilou o amigo com o comentário, fazendo Kyungsoo se encolher.

— Você é meu amigo ou não?

— Mas então, jovens, ajudamos vocês? — Sr. Park interviu antes que seu neto brigasse com o amigo. Tinha gostado de Kyungsoo, ele era diferente dos jovens de hoje em dia, conseguia sentir o desejo de liberdade do garoto. Ele o fazia lembrar dos seus tempos de jovem.

Após uma rápida troca de olhares dos dois amigos, Kyungsoo tomou à frente:

— Sim, senhor. A história do senhor e da sua esposa foi algo especial e único, nunca ouvi falar de um amor tão sincero e bonito. Nunca acreditei muito em amor verdadeiro, por isso precisei de inspiração para escrever a música. Mas depois de toda essa história, meu coração ficou até mais leve, estou até achando que um dia vou conseguir amar alguém de verdade. Obrigado por isso.

O idoso até estranhou o jeito emotivo que o garoto havia agradecido, parecia que a ajuda que deram a ele tinha salvado sua vida. Mas nem deu muita atenção, deveria ser coisa da sua cabeça, era uma pessoa de idade e eles jovens da nova geração. Mundos totalmente distintos.

Como ainda estava no meio da tarde, a família e seu convidado tomaram um chá enquanto falavam sobre a infância de Jongin. Claro que aquilo não o agradou muito, já que teve até a exposição dos álbuns de fotos antigas envolvida, mas logo começou a achar divertido relembrar a infância.

E como dizia o ditado: tudo que é bom, acaba logo, quando perceberam já precisavam irem embora. Na hora de se despedirem, como Kyungsoo ainda tinha vergonha, agradeceu mais uma vez os donos da casa e foi em direção ao seu carro. Diferente de Jongin, que ainda ficou conversando com sua avó.

Enquanto esperava o amigo encostado ao seu Impala, percebeu o Sr. Park vindo em sua direção.

— Seu carro é realmente muito bonito. Amo todas as gerações de Impalas, mas para mim o de 67 é o melhor. Posso dar uma olhada no motor dessa belezinha? — o homem passava a mão na lataria preta.

— Claro! Deixo ele sempre bem conservado. Seu neto brinca, mas esse carro é como fosse minha vida.

— Não o julgo. Não comente com ninguém, mas eu seria igual a você. — o senhor de idade arrancou uma gargalhada do rapaz.

Quando Kyungsoo abriu o capô do Impala, se surpreendeu com a reação exagerada do idoso.

— Minha nossa... Você o deixou com o motor original! Difícil ver um jovem como você, com um carro desse porte, que não encheu ele com essas tecnologias de hoje em dia. Meus sinceros parabéns, de verdade. — Seongsu inspecionava os mínimos detalhes, como um verdadeiro especialista — Fazia tempo que não via um motor V8 de 425 cavalos, que beleza. Quando terminei a faculdade de mecânica e criei a minha oficina, consertei alguns desses.

— O senhor criou uma oficina? Que incrível, bicho, eu também trabalho em uma oficina. Trabalhava no caso... — Kyungsoo estava muito animado com a conversa, amava carros, e com toda a experiência que tinha conseguido com a oficina, podia opinar sobre muitas coisas com confiança.

— Vejo que você realmente fez um bom trabalho com ele, tem talento para isso. Mas me diga, o que fez você querer ser cantor? Porque você parece gostar bastante de carros. — com a pergunta inesperada, Seongsu fechou o capô do Impala.

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