Não faço ideia de como Edward encontrou um atalho no meio de toda a escuridão, ou de como um carro pôde subir por uma estrada tão montanhosa, mas lá estávamos.
Por um tempo não podíamos nem conversar, pois o solo rochoso fazia o Jeep tremer e nós pularmos no banco como pipocas estourando na panela.
Edward desligou o motor quando chegamos à uma pequena clareira.
— Vamos ter que correr agora, querida.
— Hmmmm... — murmurei — Acho que vou ficar aqui, pode ir se divertir.
Ele riu e deu a volta no carro, abrindo minha porta e começando a desafivelar meu cinto.
— Onde está a menina corajosa que eu conheço?
Tentei em vão lutar contra Edward, falhando em o impedir de tirar meu cinto de segurança.
— Era atuação, bobinho. Nunca te contei que fiz aulas de teatro quando criança?
Edward não acreditou na minha mentira, me puxando para fora do Jeep com apenas uma mão.
— Parece que vou ter que mexer com sua memória. Uma pena ter que fazer isso em uma garota tão bonita...
Respirei fundo, sustentando seu olhar no meu.
— Mexer com minha memória, é?
Ele se aproximou, me fazendo encostar na lataria do carro.
— Uhum...
— E como vai fazer isso?
Suas mãos geladas serpentearam por minhas costas, subindo um pouco e roçando na minha clavícula.
Arfei levemente, captando seu sorriso conhecedor.
— Ainda está com medo?
— Estou.
— Está com medo de que?
— De bater em uma árvore, morrer e ficar enjoada — falei com convicção.
Seu nariz se aproximou do meu, passando por minha bochecha e minha mandíbula.
— Você acha mesmo que eu bateria em uma árvore, Cecily?
— Não, mas eu posso acidentalmente voar e acabar batendo em uma — rebati.
Seu nariz continuou passeando pelo meu rosto. Sua respiração fria se misturando com a minha.
— Você acha que eu deixaria você se machucar, querida? — disse, levando a mão para a parte de trás do meu pescoço, acariciando levemente minha nuca.
Comecei a pensar que talvez ele tivesse um carinho especial por essa área.
— Hmmm... — murmurei pensativa.
Edward começou a distribuir beijos pelo meu maxilar, até chegar nas bochechas.
— Você acha? — os lábios se moviam em meu rosto.
— Não. Nunca.
Minha resposta pareceu o agradar, porque logo seus lábios não estavam mais na minha bochecha, e sim na minha pálpebra direita, deixando ali um selinho delicado.
— Você ainda vai ser minha ruína, Cecily Collins.
Sorri, sentindo sua mão me puxar para o centro da clareira.
— Agora suba nas minhas costas e mantenha os olhos fechados. Não os abra de jeito nenhum, assim não vai ficar enjoada.
O obedeci, pulando e enfiando meu rosto em sua omoplata.
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EVERMORE 𑁋 EDWARD CULLEN.
FanfictionCecily e Edward são dois adolescentes de dezessete anos. Edward é o filho formal, bonito e reservado do Dr.Cullen, um dos poucos médicos da cidadezinha de Forks. Ele tem um segredo obscuro, mas ainda assim vive uma vida comum cursando o ensino médio...