the devil in a skirt

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Edward me colocou em suas costas antes mesmo que eu reagisse. Dessa vez, porém, não ousei fechar os olhos.

As árvores se tornavam borrões  ao nosso redor, fazendo meu estômago embrulhar.

A alegria presente nele enquanto estava correndo se esvaiu, dando lugar a uma fúria intensa que o impulsionava a seguir correndo o mais rápido que podia.

Chegando ao Jeep, Edward praticamente me jogou no banco de trás. Alice afivelou meu cinto e tomou o lugar ao lado do motorista. Acabei ficando junto de Emmett, que sem querer, me espremia contra a porta com seus bíceps gigantescos.

Edward acelerou, girando o carro como em um videogame e descendo a montanha o mais rápido que pôde, completamente em silêncio.

As lágrimas escorriam em grandes listras pelo meu rosto, borrando minha maquiagem.

Me desesperei quando percebi que não estávamos indo em direção a minha casa.

— Para onde vocês estão me levando? — perguntei com calma.

Nenhum deles me respondeu, Edward apenas balançou a cabeça.

— Eu perguntei para onde estão me levando.

— Estamos indo para um lugar seguro, é só o que você precisa saber — respondeu ele.

O velocímetro marcava 150 por hora, me fazendo balançar as pernas impacientemente.

— Ah, não é não! A partir do momento em que você me leva a um jogo de baseball onde um vampiro sanguinário decide que quer me caçar, eu preciso saber para onde estou sendo levada! — exclamei.

Ele virou para trás por um instante, franzindo a testa, incrédulo.

— Tudo bem... estamos indo para o sul.

— Minha casa não fica para o sul, nem Forks — comprimi os lábios.

— Não estou te levando para casa.

Alice e Emmett se entreolharam pelo retrovisor.

— Eu quero ir para casa agora, Edward.

— Mas você vai, princesa. É tão difícil não ter o que quer pelo menos uma vez na vida?

— Você sabe que não é assim, seu babaca estúpido! — gritei, tentando desafivelar o cinto do arnês idiota.

Respirei fundo, tentando me acalmar. Meus olhos voaram para o velocímetro e percebi que estávamos a 200 por hora.

Me estiquei o máximo que pude e encostei no ombro de Alice, que me encarou e assentiu com a cabeça, parecendo entender o que eu queria dizer.

— Edward, pare no acostamento. Precisamos discutir isso.

— Eu li sua mente, ele é um rastreador, Alice. Você não viu isso? Ele é um rastreador, e ele a quer, especificamente. Vai começar a caçada hoje a noite.

— Ele não sabe onde...

— É só questão de tempo até ele sentir o cheiro de Cecily na cidade. Ele preparou seu plano antes mesmo que as palavras saíssem da boca de Laurent.

Minhas lágrimas desciam com mais intensidade, pois eu sabia para onde meu cheiro poderia levar.

Bella e Charlie.

— Mas vocês não podem... eu não posso deixar Charlie e Bella — sussurrei.

— Você vai, se isso significa que estará segura.

— Eles são tudo o que eu tenho, não entende isso, Edward? Você tem uma família grande e incrível, mas eu só tenho eles dois e um pai que não se importa comigo. Bella e Charlie são a única coisa que me restou, então, por favor, não os deixe morrer — implorei.

EVERMORE 𑁋 EDWARD CULLEN.Onde histórias criam vida. Descubra agora