Meus olhos cansados se abriram para luzes brancas cegantes.
Senti algo irritando meu nariz e me preparei para puxar o fio transparente para fora, mas logo mãos geladas se agarraram ao meu braço.
— Não pode tirar, querida.
Me impulsionei na direção da voz assim que a identifiquei como de Edward.
— Oh, Edward, eu sinto muito!
Senti lágrimas de alívio escorrerem pelo meu rosto.
— Sshhh — me acalmou. — Está tudo bem agora, não está? Eu disse que íamos ficar bem.
Concordei com a cabeça enquanto ele se sentava na beirada da cama.
Deixei meus olhos desgrudarem da sua figura perfeita para analisar o cômodo.
Eu estava em um hospital, obviamente. As paredes eram brancas, assim como as persianas e a roupa de cama. Perto da janela havia um pequeno sofá de couro sintético azul, que destoava de todo o resto do ambiente.
— O que aconteceu comigo? — perguntei.
— Eles fizeram várias transfusões de sangue. Deixou seu cheiro estranho por um tempo.
— Aposto que você adorou — brinquei.
— Prefiro seu cheiro, é tão doce e o gosto é ainda melhor...
Ele riu quando percebeu o humor se esvaindo do meu rosto cansado. Era uma brincadeira.
— Tudo bem, senhor humorista. O que mais tem de errado comigo?
Edward bagunçou o cabelo e suspirou.
— Você tem uma perna quebrada, arranhões no crânio, duas costelas quebradas e um ombro deslocado, além de uma mordida de vampiro na mão.
— Uau! — eu estava surpresa.
— E isso tudo é culpa minha.
Comprimi meus lábios, irritada.
— Isso não é sobre você, Edward. Eu fui idiota, quase morri, você me salvou. Pronto. Não adianta ficar se preocupando com algo que já passou.
— Você não entende, Cecily!
— Eu não quero brigar, Edward, então vamos mudar de assunto.
Ele respirou fundo e fez o que pedi.
— Seu pai está aqui... aqui no hospital.
Senti meu sangue gelar e meu coração acelerar por um segundo, o bipe do monitor disparando.
— O que? Por quê?
— Charlie não pôde vir, e sua mãe... bem... eles acharam melhor chamar seu pai aqui.
Concordei com a cabeça, meio abalada.
Ficamos em silêncio por um segundo, então pude ouvir meu pai conversando alto no corredor, com quem imaginei ser sua atual esposa, Danielle, ou uma enfermeira.
Apertei a mão de Edward com força.
— Você pode ficar aqui comigo?
Ele sorriu.
— Não vou a lugar nenhum, querida.
E no mesmo instante ele já estava deitado no pequeno sofá azul, perto o suficiente para continuar segurando minha mão.
A porta se abriu um pouco e meu pai espiou dentro do quarto.
— Pai! — sussurrei, minha voz cheia de ansiedade.
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EVERMORE 𑁋 EDWARD CULLEN.
FanficCecily e Edward são dois adolescentes de dezessete anos. Edward é o filho formal, bonito e reservado do Dr.Cullen, um dos poucos médicos da cidadezinha de Forks. Ele tem um segredo obscuro, mas ainda assim vive uma vida comum cursando o ensino médio...