i've never felt less cool

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Meu pai e sua família vieram de Nova Iorque para comemorar meu aniversário. Charlie quem os convidou, e eles também trouxeram o sobrinho de Danielle.

Seu nome era River, e ele era bonito, alto e loiro. E ao contrário de minha irmã Brianna, que tinha um mau humor contagiante, ele parecia bastante a vontade com o clima chuvoso de Forks.

Meu pai estava sentado no sofá, um sorriso largo no rosto enquanto assistia a reprise de um jogo da liga principal de baseball. Ele se virou para mim e piscou. Eu suspirei. Era uma visão tão caseira que eu quase podia me acostumar com ela.

Só quase.

Danielle, minha madrasta, era uma definitivamente das criaturas mais doces do planeta.

Ela segurou minhas mãos enquanto fazia um monólogo na intenção de me convencer a ir morar com eles no tal estúdio charmoso que encontraram no Upper East Side. Bella estava ao meu lado e tinha uma careta no rosto, amaldiçoando as palavras de Danielle.

Charlie ficou na cozinha ouvindo Brianna reclamar de alguma coisa. Seus olhos buscaram os meus em um pedido silencioso de socorro, e eu me senti na obrigação de salvá-lo.

Espero Danielle terminar de falar antes de responder e me virar para River.

— River, me fale sobre a vida nova iorquina. Danielle comentou que você e Brianna tem uma banda.

Ele levantou o olhar do copo de refrigerante que segurava, prestando atenção a mim.

— Sim, ela é a baterista. Eu sou o guitarrista e nosso amigo Zach é o vocalista e compositor.

— Isso é o máximo! Você tem algum CD contigo?

— Brianna tem, eu acho — ele encolhe os ombros. — Ela é um pé no saco, mas imagino que se você pedir com jeito...

Eu suspiro, assentindo.

— Vale a pena.

Sorrio para ele e caminho até a menina, que é ainda mais bonita de perto.

— Ei... River comentou que vocês tem uma banda.

Charlie pega minha deixa e quase corre até a sala com sua cerveja na mão. Me sinto tentada a revirar os olhos.

— É — ela masca um chiclete.

— Você tem alguma música aí?

— Tenho.

Minha perna treme de impaciência.

— Posso ver?

Ela parece se deliciar com minha agonia. Seus lábios se erguem em um sorrisinho besta.

— Não.

A encaro por um segundo. Não me importo em respondê-la, ao invés disso, me sento em uma das cadeiras da mesa de jantar e espero por Edward.

Ele disse que viria. Eu insisto, mas depois de vinte minutos é dolorosamente óbvio para mim e para todos que ele não vai aparecer. Danielle tem no rosto aquele semblante de pena que odeio, e levanto os ombros na direção dela como quem diz "o que posso fazer?"

— Sabe, é para ser divertido fazer dezoito anos — meu pai murmura. Eu suspiro tristemente.

Pego as chaves do carro de cima do balcão. Bella percebe meus movimentos e me segue. Sorte a dela que eu não estava mesmo afim de ir sozinha.

— Vão sair, criança? — Charlie pergunta.

— Sim, mas voltamos logo.

— Levem River e Brianna com vocês então.

EVERMORE 𑁋 EDWARD CULLEN.Onde histórias criam vida. Descubra agora