school life

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Uma semana depois, acordei duas horas antes do despertador, terminei de me arrumar e fui para a cozinha.

Bella e Charlie ainda não haviam descido, então resolvi fazer o café da manhã como uma forma de agradecimento por tudo o que eles tem feito por mim desde que minha mãe morreu.

Comecei ligando a cafeteira e colocando meu CD preferido do Oasis para tocar baixinho no rádio.

— Someday you will find me caught beneath the landslide in a Champagne Supernova in the sky... — Cantarolei.

Tomei minha primeira xícara de café. Eu precisaria de uma quantidade absurda de cafeína para aturar tantos adolescentes.

A comida estava quase pronta quando Charlie apareceu, já com seu uniforme.

— Ovos mexidos? Não sabia que cozinhava! Cheiram muito bem. — Disse se sentando em uma das pequenas banquetas da ilha.

— Obrigada. — Coloquei nos ombros o pano de prato que estava usando. — Posso pôr um prato para você?

— Seria ótimo. Vai precisar de uma carona para a escola?

— Eu queria falar sobre isso com você, na verdade. — Falei enquanto assistia Charlie servir café em sua caneca. — Tirei minha carteira de motorista a pouco tempo, por isso minha mãe abriu uma poupança para eu comprar um carro.

Ele murmurou um "uhmmm" prolongado antes mesmo que eu terminasse, passando a mão em seu bigode.

— Podemos passar em uma concessionária assim que quiser, criança. Agora termine de ajeitar suas coisas, Bella vai te dar uma carona.

Passei por ele e apertei seu ombro carinhosamente.

— Obrigada, tio Charlie.

Sem jeito, ele piscou um olho para mim.

— Sim, sim, vá.

Subi correndo as escadas, rindo baixinho quando ele me pediu para tomar cuidado para não me machucar nos degraus.

Esbarrei em Bella no corredor.

— Bom dia!

— É, bom dia.

Garota estranha.

Ignorei seu mau humor matinal e fui terminar de arrumar minha mochila, acrescentando o que faltava — meu livro favorito, fones de ouvido, chicletes — e calçando meus tênis.

A carona com Bella foi relativamente normal. Seu mau humor foi melhorando com o passar do tempo.

— Quero que conheça uma pessoa. Talvez vocês se dêem bem e ele esqueça um pouco de mim.

— Quem seria essa pessoa que você gosta tanto?

Ela riu, batucando os dedos no volante.

— Eu definitivamente adoro Jacob, mas não estou interessada nele romanticamente, se quer saber.

— E está interessada por alguém, senhorita? — Perguntei ficando satisfeita quando percebi o vermelho se alastrando por suas bochechas pálidas.

— Chegamos!

Bella estacionou a picape e fomos juntas até o minúsculo prédio da escola. Era ainda menor do que eu esperava, com apenas um andar.

Notei que, estranhamente — ou felizmente — ninguém havia prestado atenção em mim.

Bella pegou minha folha de horários de dentro da minha mochila e circulou uma das matérias com um marca texto cor de rosa.

— Nos vemos nessa aula. — Me devolveu o papel. — Tenho que ir agora, mas acho que você vai se sair bem. — Piscou e foi embora.

EVERMORE 𑁋 EDWARD CULLEN.Onde histórias criam vida. Descubra agora