Olá, Tom

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Lavínia se dirigiu ao seu dormitório. Adentrou o mesmo sendo observada por sua amiga Lena, que estava ocupada demais para perguntar o por que dos olhos dela estarem vermelhos e seus cílios estarem molhados, além de suas bochechas que antes eram pálidas, estarem vermelhas.

Assim que a ruiva terminou de se vestir para deitar-se, se aconchegou em sua cama ao lado do diário e de sua pena. Observou a capa pela milésima vez em busca de outra pista de quem seria o caderno. Por fim, o abriu.

-- Nada escrito? - Questionou a sí mesma enquanto folhava as páginas em branco do diário.

Mas e se estivesse enfeitiçado? Perguntou-se mentalmente. Então, pegou um pouco da tinta e a pingou sobre a primeira folha velha e suja.

Por alguns segundos a gota ficou lá, apenas parada. Então sumiu, o que lhe causou espanto. Estava realmente enfeitiçado.

-- Bom, vamos ver até onde posso chegar... - Deu início a escrita.

Bem, vejamos como posso começar... - A frase desapareceu, e logo em seguida no lugar da tal, outra apareceu.

Por que não começa pelo seu dia? Não é isso o que as pessoas escrevem em seus diários? Como foi o seu dia? - Perguntou.

O que exatamente é você?

Eu sou o dono do diário. Você pode conversar comigo, se quiser. Me sinto solitário aqui... após tantos anos...

Oh, por favor me perdoe pela audácia de pegar o seu diário. Eu apenas o encontrei. Quero dizer, ele me encontrou...

Antes de qualquer coisa, eu gostaria de saber o seu nome. Bem, você ja sabe o meu, não é?

Certo, bom...eu me chamo Lavínia Smell...

Um belo nome para uma bela moça!

Como sabe que sou bonita? Você pode me ver?

Ainda não, mas eu posso deduzir pela sua bela caligrafia...

É surreal o que estou fazendo agora. Conversar com um livro...Você é real?

Eu posso ser. Isso se você me permitir...Sente-se sozinha, senhorita Smell?

Oh, por favor me chame de Lavínia, e... por que eu me sentiria sozinha?  Sabe, eu tenho minha amiga Lena...

Então...por que é surreal chegar ao nível de conversar com um diário?

Bem, talvez porque isso não seja tão normal. O que acha, senhor Riddle?

Acho que talvez possa estar certa. Entretanto, no mundo da magia nada pode ser considerado normal, o que me diz?

É... você está certo...

Após então, ficaram em silêncio. Nada mais fora escrito. Lavínia escutou o som da porta do dormitório se abrir, era Lena, voltando da cozinha após um lanche noturno. Até então, seus olhos se voltam para o diário.

Não conte a ninguém sobre esta conversa... - A frase desapareceu, enquanto a mesma fechou o diario com agressividade.

A outra corvina a observa desconfiada e curiosa. Pula em sua cama e tenta tomar o livro de sua mão, falhando terrivelmente.

-- O que está vendo ai? De quem é este diário? E por que o fechou tão rapidamente? - Questionava-a curiosa.

-- Cuidado, Lena a curiosidade matou o gato! - Ambas as duas gargalhavam.

O plano de Lorde Voldemort estava dando certo. A partir do momento em que a ruiva tocou uma gota de tinta no diário, seu corpo físico se formava com a energia dela. A energia que ela emanava de si mesma enquanto escrevia as palavras com euforia. Agora, ele já podia visualizar a bela imagem da garota que o ajudaria inconscientemente a voltar para o pódio.

Fitava-as enquanto as mesmas gargalhavam enquanto brincavam de guerra de travesseiro. A garota interessou a ele. O seu jeito e doçura com as palavras, e até mesmo sua letra...

Horas mais tarde, ambas ja estavam em profundos sonhos quando o lorde adentrou a cabeça da ruiva, observando seus pensamentos enquanto a mesma se contorcia na cama sendo coberta por gotas de suor.

-- Olá, Lavínia... - O som da voz grossa do homem lhe acordou.

A mesma pegou o diario e o iluminou com a sua varinha pronunciando o feitiço lumos. Observou a frase no caderno ainda se perguntando como conseguirá ouvi-lo chama-lá.  

Olá, Tom...

Como a noite está linda, não?

Os olhos da mesma se voltaram para a janela, sendo arregalados com o que pensou ser outra figura até limpar os seus olhos e contemplar a bela imagem de um céu negro estrelado belíssimo.

Sim...ela sempre está...

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Amor Corrosivo - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora