Passado

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-- Como tem coragem? - Questiona incrédula,  observando ninguém mais, ninguém menos que Melina, a amante de seu ex-noivo.

A mesma está trajada com um vestido braco e carregando sua postura de soberba, como sempre, apenas mais audaciosa do que parece cotidianamente.

-- Olhe só, Lavínia eu sei que tudo o que eu disse fora demais para você. Também sei que o que viu nao foi legal. Eu particularmente se encontrasse outra mulher transando em cima de um criado mudo com meu marido, ficaria muito chateada. - Observou suas unhas. -- Mas enfim, não é por isso que estou aqui. Eu queria comunica-la e lhe informar ao certo o que estava acontecendo entre Malfoy e eu. É como você disse, ele apenas me usa para satisfazer os desejos que tem por você. Não faço ideia de quantas vezes tentei persuadi-lo para que releve você da vida dele. Contudo, ele é muito teimoso, a ama tanto que mal posso se quer mencionar seu nome em uma de nossas conversas sem que seus olhos brilhem e... - Foi interrompida pela ruiva que a fitava com desdém.

-- Se ele realmente me amasse, não teria me traído diversas vezes. Malfoy é infiel, e nao estou disposta a voltar para aquele relacionamento. Se ele quiser conversar comigo, que venha... - O louro interrompeu a fala dela fazendo sua aparição atrás de Melina.

-- Meu amor... - Tentou se aproximar. -- Me desculpe, por favor, me desculpe! - Suplicou melancólico.

Catlus passará a noite toda molhando seu travesseiro com lágrimas. Apesar de ter sido infiel, ele ama Smell e não pode mudar isso. Mas se amasse tão profundamente quanto diz que ama, teria paciência e esperaria o tempo dela para que realmente tivesse a chance de se apaixonar por ele e esquecer sua antiga paixão, uma pela qual não sabia que existia até a noite anterior.

-- Por favor, Lavínia... Não desista de meu coração. Eu a amo tanto! - Agarrou-a abraçando-a.

Malfoy parecia bêbado. Na verdade, ele tinha cheiro de alcool, o que nao é uma surpresa para ninguem. Por mais que tentasse esquece-la se afogando em rumo, jamais a esqueceria, pois ele alucinava tendo a figura principal como Lavínia. A mesma estava perplexa com tudo. Ela se quer se afastou do homem. Apenas não o abraçou, ficou parada, sem reação.

-- Ora, vamos! O aceite de volta. Olhe para ele, está bêbado demais para contar até cinco! - Ordenou Melina, indignada com a postura da ruiva após presenciar seu amante cair aos pés dela e suplicar de joelhos para que ela voltasse para ele.

No momento exato que o mesmo desabou, ela se agachou ao lado dele, segurando o belo e palido rosto coberto por melancolia de Malfoy com carinho e sutileza. Seus olhos se encontraram na mais profunda sincronia e amizade. Como ela odiava o ver daquele jeito. Apesar de nunca te-lo amado como ama a Tom, ela o amou, só que de forma amigável.

O jeito que Catlus olhava para ela, é como se suplicasse, implorasse para que ela o perdoasse e voltassem a ser "o casal mais perfeito e feliz de todos "

-- Malfoy...- Foi interrompida por ele e sua voz manhosa de choro.

-- Catlus, Catlus... - Corrigiu seu nome para que ela o chamasse assim, como quando ainda não fazia ideia de sua infidelidade.

-- Catlus... - Corrigiu-se gentilmente. -- Eu não posso fazer isso. Não posso continuar iludindo-o com essa fantasia de que possamos nos amar algum dia. - Ele abaixou a cabeça, aumentando o nível de sua melancolia. -- Eu não o amo dessa forma. Nós sempre fomos verdadeiramente só amigos. Nada ultrapassou isso, apesar de nossa forma carinhosa e iludida de referirmos um ao outro de: amor, noiva, entre mais algumas...  Eu amo outra pessoa dessa forma. - Levantou seus olhos para ela, parecendo ainda mais triste.

-- Você não pode amar outra pessoa. - Sussurou, sua voz já fraca. -- Você tem que me amar! - Aumentou seu tom. -- Lavínia, eu a amo e não consigo viver sem você, meu amor... - Se inclinou na direção dela. -- S-Seu coração é tão bom e lindo... que... que me vitaliza... - Tentou beija-la, falhando pela inclinação dela contra a sua pessoa.

-- Malfoy, pare! - Mandou se levantando. -- Eu não vou ama-lo nunca! Vá viver sua vida e me deixe em paz. Não foi eu quem mandou se agarrar com outra na festa de nosso noivado! - A expressão de Melina ficou feia, enquanto Malfoy se levantou ao encontro de Smell.

-- Pode ser, mas eu não fui o único a me agarrar com outra pessoa, não é? - Sua pergunta trouxe confusão ao ar. -- Não é, Lavínia?! - Questionou-a indignado com o silêncio dela.

-- Não, você não foi o único. - O lorde se aproximou da ruiva na porta, trazendo ainda mais silêncio para o momento.

Melina abaixou sua cabeça, enquanto Malfoy voltava sua feição odiosa para sua amada. Agora, ele também se sentia traído.

-- Você ainda é pura?! - Se aproximou com agressividade.

-- Está duvidando da Lavínia? Ela não é igual ao seu ser asqueroso e repugnante! Se quer me tocou! Lavínia manteve fidelidade a você de forma pura, apenas permitindo que eu a beijasse e dormisse ao seu lado de forma inocente e majestosa! Não igual ao senhor, que transou com uma ha cada mês! - Explicou o lorde, incrédulo com a postura nojenta de Malfoy.

-- Ela permitiu que dormisse ao seu lado? - Seu tom fraquejou. -- Ela jamais permitirá isso a mim antes do casamento... - Fitou o chão decepcionado.

-- Acontece, senhor Catlus, que ela me ama de forma apaixonada. Se deitar com você antes do casamento, seria como não mantêr fidelidade a mim, que prometi voltar antes mesmo que voce pudesse te-la em compromisso matrimonial. Agora, peça desculpas se ainda tiver um só resquício de amor por ela! - Ordenou observando a expressão do louro mudar para ódio de novo.

-- Eu a amo muito mais do que você jamais conseguirá ama-la! - Apontou sua varinha para o lorde, que somente o observou de forma fria, o desafiando a ataca-lo.

-- Malfoy... não seja tolo! Ataca-lo seria burrice! - Alertou Melina, tentando se aproximar do louro alterado.

-- Saia daqui, Melina! Você não tem poder sobre mim. Só está aqui para satisfazer os desejos que tenho por Lavinia! - Exclamou empurrando-a contra o chão.

Aquilo, vindo da boca do amante que gostava tanto, foi como sentir facas adentrando seu coração. Ela não acreditava nisso vindo da boca de outros. Para ela, é como se fulano tivesse inveja ou algo do tipo.

-- Vamos la, Malfoy, me ataque! Por que não faz isso? - O lorde tentava persuadi-lo para que o atacasse primeiro, mesmo não mantendo varinha em mãos.

-- T-Tom, não faça isso... - Lavínia segurou o ombro de seu amado, tentando fazer com que se voltasse para ela, fracassado pois só com sua magia mental, ele afastou-a sutilmente para dentro do quarto, por fim trancando-a lá.

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Amor Corrosivo - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora