Nossa vida

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Com os dias se passando, a lua de mel foi chegando ao fim. Desde então, há apenas duas semana em que eles chegaram a mansão do lorde.

Há dias, nem um dos dois menciona Elonka. Tom, embora tivesse acreditado em sua esposa, ainda se sentia incerto desta decisão, afinal ele contemplou o rosto de Lavínia durante até situação.

— Ela está tão diferente. - Murmurou ao seu melhor amigo. — Sua alma doce... - Ele não terminou a frase. — Eu a amo, realmente a amo e farei de tudo para tê-la comigo eternamente. - Disse conforme seus olhos brilhavam.

James Donnes, apenas o observava entendendo o lado dele, embora não fosse tão a favor deste relacionamento. Tom e Donnes se conhecem há pelo menos vinte anos, quando Riddle procurava aprender mais sobre o tipo de magia que o fez ser o que é hoje.

A amizade dos dois se deu após Riddle visitar seu país natal. Eles se encontraram e logo criou-se algum tipo de relação entre ambos.

— Lavínia não é exatamente a pessoa com quem eu achei que se casaria. - Ambos sorriram. — Ela é tão... Gentil, e você é... Bom, você é Lorde Voldemort. - Bebeu um gole de sua xícara de chá. — Sinto por ainda não tê-la conhecido. Estive ocupado demais estes últimos meses. - Depositou a xícara sobre o pirex.

James era suficientemente ocupado para que eles pudessem se encontrar sempre, além da localização dele, que se data em outro continente.

— James, você sabe que eu odeio pedir a você, mas será que haveria algum jeito? - Ele se aproximou. — Exceto o que nós conhecemos? - Indagou cruzando seus dedos.

— Não. Não que eu conheça. - Suspirou. — Eu sei o quanto a ama, mas não é certo. - Disse de forma séria. — Ela vai apodrecer, Lavínia necessita do ciclo da vida. - Tom balançou a cabeça negativamente.

— Eu não vou permitir que a morte a leve de mim. - Seu semblante era sério. — Este é a única coisa com a qual já me importei em toda a face da terra. - Ele praticamente cuspia as palavras. — Lavínia é somente minha e permanecerá ao meu lado, viva, bem e contente. - Colocou-se de pé.

O lorde temia a perda de sua esposa mais do que a do próprio império. Ela era dele, e deveria continuar aonde estava. James soube naquele momento, que Tom faria todo o possível e o impossível para que Lavínia viva, e isto o aterrorizou de certa forma.

Já haviam semanas do tratamento, Lavínia parecia mais doente conforme estás semanas se prolongavam. Ela estava em paz.

Seus desejos se resumiam a família e a companhia deles ao seu lado. Viver o resto de seus dias da forma mais feliz, sem se importar com quanto tempo lhe resta.

Embora Lavínia não soubesse, o mundo bruxo estava um caos. É fato de que Tom havia colocado todos que estivessem ao seu alcance para encontrar uma cura para a doença.

Ele escondia tudo o que pudesse dela, tentando prolongar a visita de Elonka mais uma vez. Mas mesmo assim, com milhares de bruxos procurando, produzindo ou estudando, nada.

— Então está é a sua cidade. - Murmurou a mulher, retirando os óculos. — Eu sou sua última opção, não é? - Sentou-se à mesa. — Espere, a penúltima. - Sorriu ao observar o espaço.

— Elonka, trate-me com respeito. Embora eu não deseja vê-la, você ainda responde aos meus comandos. - Ele suspirou de forma seria.

Eles se fitaram em silêncio por alguns segundos. O clima chuvoso e social afetava o momento.

— Sejamos breves. - Disse ele, de uma vez por todas, colocando uma maleta sobre a mesa. — Eu quero a cura. - Ele fitou as pupilas dela dilatarem.

Elonka estava enganada. Ela era realmente a última opção dele. O lorde já conviveu tempo suficiente com ela para saber sobre seus preços, eles realmente não eram legais de se negociar.

— Tom... - Ela suspirou tocando a mão dele. — Minha cabeça está no mercado. - Ela disse de forma rápida. — Não tenho para onde ir, estou fugindo é preciso de sua ajuda. - Ele sorriu encostando-se na cadeira.

— Então sua vida depende da minha decisão? - Ele disse as palavras de forma calma.

— Não. - Ela cruzou seus braços. — E essa é a melhor parte, sabe por que? - Indagou com outro tipo de tom. — Porque a vida de Lavínia está no meio disso tudo, afinal não é a sua opinião que necessita de uma cura, não? - Ela sorriu de forma fraca.

Houve novamente silêncio entre eles. Tom até poderia ameaçar a vida dela, afinal haviam muitos de seus servos apenas observando a cena.

Contudo, ela é a única que conhece a cura. Tom se encontra diante de duas estradas, com questionamentos que parecem infinitos.

— Vamos lá... - Ela suspirou. — Todos sabem o quanto você a ama. Está nítido em seu rosto. Desde o jeito que você fala dela até quando a olha. - Eles se mantiveram em silêncio outra vez.

Na verdade, o lorde não sabia o que dizer. Se ele fornecesse sua proteção a ela, negócios nacionais, que tomaram muito de seu tempo poderiam cair.

— É lindo isso. - Esta pergunta o traz de volta. — Como você a ama. - Ela sorriu. — Eu gostaria de alguém que amasse a mim como você a ama. - Suspirou. — E talvez haja. - Tom suspirou.

Ele já sabia aonde Elonka queria chegar. Usaria seu amor por Lavínia como chantagem, ou algo do tipo.

— Eu tenho alguém que espera por mim. - Ele apenas a observou. — E você também espera por Lavínia. Mas o que acontece se uma de nós deixar a vida? - Haviam lágrimas em seus olhos. — Pense bem. - Disse de forma séria, limpando uma delas. — Se eu morro, Lavínia morre, mas se Lavínia morre... - Seu argumento chegou ao fim.

Não havia mais com que tentar convencê-lo este era seu principal argumento, a vida de Lavínia, mesmo que estivesse assim tão óbvio.

— Vou protegê-la, Elonka. - Suas palavras eram frias e sérias.

Ele sabia que aquela decisão poderia levar tudo a estaca zero, que poderia acabar com tudo o que já lhe foi conquistado.

Afinal, se Elonka não estivesse tão encrencada seriamente, jamais permitiria a caída de uma só lágrima.

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Fiquem de olhos bem abertos 👀

Amor Corrosivo - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora