Novas questões

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— Senhora Riddle, a senhora está grávida. - Diz o medibruxo, com um lindo sorriso no rosto.

Ele a observou, analisando sua expressão não mudar de jeito algum, o que estabeleceu um silêncio constrangedor entre eles.

— Sim, senhor. - Ela encarava o vazio. — Muito obrigada pelo seu trabalho, pode se retirar. - Disse de forma fria e ríspida. — Ah, não conte a ninguém sobre isso. - Ela não disse em tom sugestivo.

Uma lágrima desceu pelo seu rosto conforme o homem arrumava sua maleta de trabalho. O senhor a encarou, mas não ousou abrir a boca nem por uma palavra de consolo.

Ela se deita sobre sua cama quando ele a deixa sozinha, voltando-se para o outro lado e sorrindo tristemente, conforme permite que mais lágrimas sejam liberadas.

— Eu vou ser mãe... - Sussurrou em meio a soluções de choro. — Tom, como eu gostaria que estivéssemos em outras circunstâncias. - Suspirou, imaginado a reação de seu marido.

Aquela nova descoberta havia trago outro rumo a vida de Lavínia. O que ela faria agora? Para ela tudo bem sua depressão afetar sua vida, mas agora a possível vida de seu filho, não.

Não lhe sobrou outra opção se não permanecer ao lado de quem ama, não sabendo disso, ou melhor, não lembrando. Agora ela trocaria suas memórias pela vida de seu filho.

— Grávida?! - Tom a encarava surpreso, com o rosto tão pálido quanto o dela. — Meu amor... - Sussurrou abraçando-a.

Eles permaneceram abraçados em silêncio. A mão de Tom acariciava a cintura de Lavínia, despertando sentimentos a ela.

— Você sabe o que isso significa, não? -Ela o questionou, afastando-se. — Eu vou... - Ela chorou outra vez, sem aviso prévio. — Eu vou esquecê-lo. - Abraçou-o novamente.

— Perfeição... - Ela o analisou, sentindo-se nostálgica. — Eu ainda lembrarei, vou ajudá-la a se lembrar. - Acaricia o rosto dela. — Você é a minha garota, sabe disso. - Sela seus lábios de forma apaixonada. — Nem sua memória mudaria isso. - Ele arrancou um sorriso dos lábios dela.

— Eu gostaria tanto de poder criar nosso filho lembrando de tudo o que vivemos... De todos os meus sentimentos quando sentia o seu toque, de toda a nossa conversa... - Ele limpou uma lágrima dela. — Me perdoe, Tom. - Ela recusou contato visual.

O lorde apenas ignorou a última fala dela, agarrando-a ao seu corpo como se fossem um só, e era o que eles eram, suas almas gêmeas.

— Não há o que perdoar. - Sorriu. — Vamos ter um filho, isso é motivo de comemoração. - Limpou novamente outra lágrima dela. — Não quero mais vê-la chorando. Logo estaremos com nosso bebê, abraçados os três. - Ela sorriu.

Embora escondesse dela, Tom sabia que momentos muito difíceis estavam por vir, afinal, fazê-la lembrar de tudo o que viveram seria tão difícil quanto conquistar o mundo com suas façanhas, principalmente para Tom, o Lorde Voldemort.

A partir daquele momento ele passou a se questionar como a faria amá-lo outra vez. Como que alguém tão bom e justo como Lavínia poderia amar o tão mau e cruel Lorde Voldemort?

Ele queria que não fosse preciso, por isso quis torná-la imortal antes, para que não precisassem sofrer o presente, mas a alma de sua companheira é tão boa, que ela prefere morrer ao trocar sua vida por outra.

— É necessário que aconteça logo, milorde. - Disse o medibruxo, preocupado. — O corpo da senhora Riddle está fraco, e para que ele consiga gerar um bebê forte e saudável, também necessita de saúde. - Eles se encaram. — Por isso seria crucial cura-lá o mais rápido que conseguirmos. - Diz estabelecendo um clima tenso na sala.

— Em quanto tempo o senhor acredita que possamos  adiar a cura dela? - Tom sente está pergunta arranjar sua garganta. — Não me entenda mal, apenas preciso saber quanto tempo ainda resta para as memórias dela. - O outro assente.

— Acredito que não mais de um mês. - Há cada palavra sua o homem faz o clima mais estranho do que já era. — O bebê cresce rapidamente, por isso é de extrema importância que sua progenitora esteja forte e saudável. - Ele morde os lábios.

— Doutor, perderei minhas memórias assim que beber a cura? - Ela questiona ansiosamente. — Além do mais, até onde vou perder tudo o que sei? - Ha nervosismo em sua fala.

— Será como acordar de um sono muito profundo. Com base em sua idade, acredito que a cura vai resetar até a metade de seus dezesseis anos. Mas é apenas uma ideia, não sabemos ao certo até onde ela chegará. - Diz com preocupação.

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👀👀
O que será?

Amor Corrosivo - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora