Só você

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Tom analisava sua paixão dormir após uma noite longa e quente. Contudo, pensamentos sobre o possível óbito dela ocupavam seu fascínio.

O lorde sabia o que tinha que fazer. Sabia que era de extrema importância a vida dela. Afinal, Lavínia é a sua serotonina, o seu sorriso e o aquecer de seu coração gélido.

— Bom dia, querida. - Murmurou o homem, ao observá-la se mexer e soltar um suspiro. — Como você dormiu? - Indagou acariciando o rosto sorridente da ruiva.

— Quase nada... - Murmurou finalmente abrindo seus olhos. — Mas, perfeitamente bem. - Selou seus lábios em um beijo demorado.

— Isso é ótimo... E pode apostar que nossas próximas noites serão da mesma maneira. - Sorriu colocando-se sobre ela. — Quando tivermos filhos, eles terão os meus olhos e a cor do seu cabelo. - Acariciou o rosto da esposa.

— Mas... - Inclinou seu corpo para cima. — Podemos pensar sobre, depois, sim? - Indagou segurando o rosto do lorde.

— Claro... - Selou seus lábios. — Quando minha senhora quiser. - Sorriu, sendo acompanhado por ela.

A lua de mel do casal estava indo perfeitamente bem. Não havia dúvidas do amor que há entre eles. Tom, é tão apaixonado quanto Lavínia, o que pode mantê-los juntos por um bom tempo.

Contudo, apesar da vida de recém casados, Riddle ainda tem assuntos para resolver em Londres, os quais não deveriam ser mais adiados. Por este motivo, ele se comunicava a partir de cartas e magia, com o presidente de sua consociação no momento, o que ocupava a sua tarde por inteira.

Nestas horas, tudo o que Lavínia podia fazer, era saciar a sua curiosidade. Ela poderia ficar na ilha, ou sair dela, claro que acompanhada, afinal, Tom jamais permitiria que ela adentrasse um lugar que não conhece, sozinha.

— Olá, senhorita. - Cumprimentou uma senhora, enquanto Lavínia tomava café em uma cafeteria no continente.

— Desculpe, mas eu não falo italiano. - Murmurou sorrindo, lentamente para que ela pudesse entender seu idioma.

— Ah, claro. Mas você não me parece ser americana... - Murmurou sentando-se ao lado dela de forma folgada. — É minha vizinha, certo? - Questionou com intimidade.

— Sim... Britânica. - Ambas sorriram. — Meu nove é Lavínia. - Levantou sua mão.

— Eu já sabia disso. - Gargalhou, aceitando a mão dela. — Sou Elonka Pierr. - Encarou-a enquanto segurava a mão da ruiva.

Quando Smell tentou se desfazer do toque da mulher, a outra segurou sua mão, não tornando possível o gesto da outra. Elas se observaram em silêncio, e com semblantes estranhos.

— Solte minha mão. - Pediu com mais autoridade na voz.

— Acabou de casar... Sinto cheiro masculino, o que quer dizer que ainda desfruta de noites turbulentas com seu recém declarado esposo, provavelmente em uma praia, por conta da areia no fundo de seu anel. - Sorriu de forma maliciosa, finalmente soltando a mão dela.

— O que? - Questionou com susto, observando dois seguranças adentrarem o café, sendo barrados por outros homens de preto. — Como você sabe se tudo isso? - Questionou se colocando de pé.

— Querida, eu sou uma velha amiga de seu esposo. - Observou-a descansar sua cabeça sobre a palma de sua mão. — Tom e eu, somos velhos amigos, e também acredito que possamos nos tornar ótimas amigas, sim? - Indagou bebendo um gole da xícara da ruiva.

Tom, após sua última correspondência, aguarda de forma ansiosa pela sua esposa, esperando-a enquanto observa o mar. Ele relembra a noite anterior.

Então adentra a mansão novamente, abrindo uma taça de vinho e depositando seu conteúdo sobre duas taças, enquanto corta um pedaço da carne.

Já era noite. Seu coração ansioso por Lavínia já estava a suspeitar, quando ele finalmente observa a porta se abrir.

Lavínia atravessa a porta com um semblante sério, e logo em seguida, Elonka, caminhando atrás da ruiva, automaticamente fazendo com que Riddle se colocasse de pé, surpreso.

— Elonka?! - Indaga com surpresa, caminhando até elas. — Meu amor, você demorou... - Segurou o rosto dela, selando seus lábios de forma carinhosa.

— Olá, Tom... - Sorriu jogando sua bolsa sobre o estofado de couro. — Aposto que estava pronto para retirar as roupas de sua esposinha agora mesmo. Contudo, é uma pena que eu esteja aqui. - Apoiou-se sobre a bancada, procurando outra taça.

— Eu o faria da mesma maneira. Só não o faço, em respeito a minha esposa. - Observou o rosto da mesma, que estava quieta até agora. — Aonde você encontrou Elonka? - Indagou acariciando o rosto dela.

— Ela não me encontrou. Eu a encontrei. - Depositou vinho sobre sua taça. — E sinceramente, querido, se você acha que aqueles inúteis de preto assustam alguém, está muito bem enganado. Até porque, eu consegui segura-lós numa boa. - Bebeu um gole da taça.

Afinal de contas, quem era Elonka?

Uma das milhares de perguntas que se passavam pela mente de Lavínia, que ainda mantinha um rosto confuso enquanto fazia contato visual com Tom.

— Eu preciso conversar com você, e obviamente a maneira mais fácil de chegar até você, é pela sua esposinha. - Sorriu bebendo o último gole da taça.

— O que você quer, Elonka? - Indagou de forma séria, afastando-se de Smell.

Os dois caminharam até o escritório do lorde, deixando Lavínia sozinha na sala. Ela queria explicações, mas Tom não mencionou nada sobre Pierr, nunca. Deste modo, foi aí que ela percebeu que ainda não conhecia seu esposo da maneira correta.

— Bem fraquinha sua mulher, não? - Indagou ela, bisbilhotando os livros do escritório.

— Cale-se. - Ele a observou de forma séria. — Eu só não vou matá-la aqui, e agora, por contas das dúvidas de minha esposa. - Ela sorriu. — Diga logo o que quer. - Suspirou sentando-se sobre o assento que ocupou a maior parte do dia.

— Relaxe, querido. Não estou aqui para estragar seu matrimônio, até porque, mesmo que eu o quisesse, está tão cego de amor por aquela mulher, que eu jamais alcançaria tal almejo. - Caminhou até ele. — Deve se perguntar por que voltei depois de tanto tempo. - Sentou-se na cadeira em frente a mesa do homem. — Na verdade, voltei pois estou muito encrencada. - Ele gargalhou, revirando os olhos.

— E você acredita que eu vou tirá-la desta encrenca? - Indagou com um semblante divertido. — Gastou seu tempo a toa. - Ela suspirou com tédio. — Por quais motivos eu deveria ajudá-la? - Indagou ao se inclinar na direção dela.

— Sei o que pensou quando descobriu sobre a doença de sua paixão. - O ambiente de repente se tornou sério. — Quer torná-la uma de nós. - Sorriu de forma maliciosa. — Mas ela é tão boazinha. O que faz com alguém como você? - Ele suspirou. — Não dará certo. - O homem colocou sua varinha sobre a mesa.

— É mesmo? - Indagou fitando-a com o semblante mais assustador que ela já contemplará. — E o que quaisquer assuntos sobre minha esposa, tem a ver com você? - Questionou cruzando seus braços.

— Bem... Eu tenho algo que você quer. - Ele observou-a em silêncio por alguns segundos. — Eu tenho a cura, para a doença de sua amada.

Amor Corrosivo - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora