Amor Corrosivo - Tom Riddle

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Uma semana após a confissão da cura a Lavínia, e nada havia mudado. Ela agia normalmente, ainda bebendo somente água em seu jantar.

Tom se mantinha muito irritado é claro. Ele não conseguia manter sua rotina sabendo que sua esposa definhava há cada dia mesmo tendo duas opções de cura.

— Milorde... - Chama um de seus empregados, com certo temor.

Tom levanta a cabeça, percebendo que todos os homens a mesa de reunião o fitavam esperando uma resposta. Ele não conseguia pensar em outra coisa que o bem-estar de sua amada.

— Eu preciso de um tempo. - Ele disse, levantando-se de sua cadeira e caminhando até a porta. — Retomaremos amanhã, tenho alguns assuntos pendentes para dedicar minha atenção hoje. - Ele fita os homens se levantarem com respeito, curvando a cabeça.

O lorde só conseguia pensar sobre ela, Lavínia. Ele já havia percebido que ela aceitou a morte, o que mais o incomodava. Como ela pode ser tão egoista com todas as pessoas que a amam?

Lavínia, por outro lado, dedicou certa atenção a magia misteriosa da qual fora comentada por seu esposo. Seu bom coração se assuntou com as palavras lidas, o que também a intrigou sobre como Tom sabia sobre aquela magia.

Vender suas memórias em troca de saúde é certo? Mas o que faz a vida ser o que é?

Memórias. Sejam elas boas ou ruins, é isso o que nos torna quem somos, é a peça chave para modelar o caráter e a personalidade, elas são essenciais, sem elas do que serviria Lavínia?

E isso é semelhante a sua segunda opção, que teoricamente destruiria a sua alma. Ou seja, as duas opções são de forma sucinta,  a escolha entre as memórias ou a alma.

— Querida... - Tom acaricia o rosto dela. — Quanto mais tempo você demorar, mais fraca ficará e poderá ser tarde demais! - Diz em tom de preocupação.

— Tom, eu já me decidi. - Ela suspirou, fitando os lindos olhos azuis que a observaram com esperança. — Eu tenho plena consciência de minhas escolhas, por isso prefiro escolher nenhuma delas. - Eles se observam em silêncio.

Ele se afasta, suspirando antes de bater contra a porta. Lavínia se assusta, fitando-o com as sobrancelhas arqueadas. Ele parecia alterado.

— Meu amor... - Diz quase que em um sussurro, ainda sem voltar seus olhos para ela. — Não faça isso, escolha uma das duas opções que eu lhe forneci. Não podemos mais esperar. - Finalmente se volta para ela.

O acordo feito com Elonka tornou-se de certa forma perigoso para Tom, e o irritou bastante quando o mesmo descobriu o por que da mesma ter se dirigido a ele para pedir segurança.

Ela havia se envolvido com uma família muito poderosa e influente da França, tal que possuía poderes extremamente superiores aos seus, o que de certa forma a assustou.

— Não há o que fazer... - Suspira, derramando uma lágrima. — E eu também não posso matar meu corpo. E se esperássemos? - Questiona esperançosa. — E se a doença sumir apenas com a fisioterapia? - Indaga outra vez, observando seu marido.

Tom solta uma gargalhada. Ele ainda parecia muito irritado com a situação. O lorde não conseguia acreditar que ela não obtém o desejo da vida. Talvez Lavinia precisasse de acompanhamento psicológico.

— Você espera que um milagre aconteça? - Questiona em um tom alto. — Lavínia, não seja idiota, nós somos bruxos, bruxos poderosos que não esperam milagres. - Disse se aproximando.

— Se você é tão poderoso como diz, por que não consegue curar a minha doença?! - Ela questiona em um tom ainda mais alto, aproximando-se dele.

O homem se calou com uma expressão muito forte de desgosto em seu rosto. Ele nada podia fazer ou falar, afinal não queria que aquele momento terminasse de outra forma.

Então ele apenas suspirou, balançando a cabeça positivamente enquanto acariciava sua própria nuca com a mão direita. Ele segurava todo o ódio e fúria que sentia, e para que não revelasse isso a ela, caminhou de forma apressada em passos pesados até a porta, batendo-a com força após deixar o ambiente.

Smell assustou-se com o barulho, liberando mais algumas lágrimas em um grito de raiva, até então, toda a casa já sabia o que houve entre eles, mas o que ela poderia fazer?

Mais tarde, após Smell colocar seu café da manhã para fora, Lavínia observa ao seu reflexo no espelho. Muitos pensamentos, muitos questionamentos e possibilidades, mas tudo parece tomar outro rumo quando um pensamento esquisito e quase impossível para ela adentra a sua mente.

Ela retira sua blusa, analisando seu corpo. Lavinia estava muito magra, e embora a tendência fosse continuar emagrecendo, já era de muita alegria para ela ter ganho alguns quilos em poucas semanas.

Sua barriga em especial demonstrava uma certa curva, o que fez com que seu coração acelerasse. A partir desse momento seu corpo começou a tremer sem parar.

Lavínia estaria grávida?

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O que vocês acham??

Alguém quer dividir uma possibilidade para o próximo capítulo? 👀