Segredos

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Seis meses ja haviam se passado. Enquanto Tom e Lavínia conversavam, ele sugava um pouco da energia dela. O que começou a lhe prejudicar.

Assim, ela não teria mais força para estudar e fazer as coisas de seu cotidiano. Entretanto, para o lorde, é realmente muito cativante conversar com ela. Ele acabara se encantando pela garota. Enquanto Smell acabara se interessando pela figura que lhe escrevia todos os dias. Isso se tornou um vício para ela.

Ele escreve tão bem... oh, e como. Não é atoa que foi o melhor aluno de hogwarts em sua época. Só que as palavras causam efeito em Lavínia. Agora, o homem não queria mais mata-la, o que seria um problema para ele, pois sem a vida dela, ele nao poderia retornar a sua forma humana e continuaria como espectro.

Entretanto, isso não o impede de lhe escrever poemas de tirar o fôlego. A esta altura, a corvina se encantou tão profundamente que nem ligava mais para o caçoar de Catlus Malfoy. Enquanto o lorde, se extasiava cada vez mais com a doçura e ingenuidade da criança que lhe escrevia.

Lavínia... - Chama a grossa voz do homem.

A mesma abre sua mochila e retira o diário de Tom Marvolo Riddle, repara na letra mais limpa e organizada que já vira, então empunha a sua pena, perdendo a atenção em Snape.

Sim, Tom? - Lhe responde um tanto fria.

Esta ocupada agora? Eu realmente queria muito ver  sua letra...é tão bela, assim como a quem  pertence... - Seus lábios abrem um enorme sorriso, trazendo a atenção do professor para ela.

-- Lavínia... - O homem se aproxima de sua carteira lentamente. -- Por que sorri?  Por algum acaso tenho cara de palhaço? - Balançou a cabeça negativamente.

-- Não, jamais senhor! - Abaixa sua cabeça um tanto desanimada.

-- Por que não estava prestando a atenção? - A questiona severamente, de braços cruzados.

-- Eu estava...só me permitir deslumbrar a imagem do sol desta manhã... - O homem observou o livro negro aberto sobre a mesa organizada da corvina.

Segurou-o na mão e o fechou, observando ao seu redor e se deparando com o nome do que o possa. Deu um passo para trás e colocou o livro em cima da mesa, ja sabendo do que se tratava.

-- Bem, senhorita, o sol realmente está radiante esta manhã! - Todos se chocam com a resposta do homem, inclusive a ruiva. -- Agora! - Estalou os dedos, se voltando para o quadro. -- Continuemos! - Caminhou ate sua mesa.

Tom, eu acho que agora não podemos conversar, por mais que eu adore contemplar a imagem de sua bela caligrafia...

Certo, doce corvina. Até mais tarde...

Por fim Smell fecha o diário, voltando sua atenção para o professor de cabelos sebosos que a observava atentamente, captando cada movimento que a mesma fazia. Então começou a copiar a matéria.

Meia hora mais tarde, a mesma se dirigia em direção ao grande salão. Hora do almoço. Seu corpo e livros são derrubados no chão pelo louro que a importunava todo as manhãs, tardes e noites.

-- Por que fez isso?! - O questiona irritada, fatando o louro com desdém.

-- Estava no meu caminho. Da próxima vez, pare de "deslumbrar o sol desta manha" - Imita a doce e gentil voz dela ao gargalhar, sendo acompanhado por seus amigos.

A mesma se agacha para pegar os livros rapidamente, conferindo um em específico, o diário. Logo, se levanta e sente seu braço ser segurado por alguem.

-- Lena! Você me assustou... - Resmungou a voz da corvina.

-- Desculpe, não achei que isso fosse acontecer. Esta tudo bem? Eu vi o que houve, só não pude ajudar porque estava guardando meus materiais, sinto muito... - Abraçava a amiga.

-- Tudo bem... eu só acho que machuquei meu joelho. Se importa de me esperar um pouco? Vou até o banheiro dar uma olhada. - A outra corvina assente observando-a se afastar.

Logo mais a ruiva alcança o banheiro do segundo andar feminino a procura de sua amiga Myrtle, entretanto não a encontra. Apoia seu pé sobre a pia, descendo um pouco da meia calça e afastando sua saia, observando o pequeno ralado que o louro lhe causou.

Conforme o sonserino sugava a energia dela, Lavinia ficava cada vez mais fraca, portanto o seu sistema imunológico tambem.

Molha um pouco de papel higiênico e o prensa sobre o ferimento por alguns segundos. Gemeu de dor pela ardência.

-- Por Rowena, vou ter que ir a enfermeira para cuidar disso? - Perguntou analisando o ralado com uma careta.

-- Talvez, eu pudesse tentar no seu lugar... - Sussurou uma voz atrás de sí. -- Não se vire! - Ordenou assustando-a.

A mesma se manteve fixa na posição em que estava, não ousou nem por um segundo se voltar para o espelho a sua frente. Enquanto o lorde afastou o enorme e volumoso cabelo ruivo dela para outro lado do pescoço, sentiu o seu cheiro e então, aproximou sua mão sobre o ferimento dela, sem tocar.

Suas faces estavam tão próximas, que ela podia sentir a pessoa a suas costas. Entretanto não ousava nem sequer desviar seus olhos do ferimento. A corvina queria se virar, seu corpo pedia isso, mas não, ela não podia. Sabia exatamente quem era. A sua voz soava tão familiar quanto o seu próprio lar.

O toque das mãos geladas do homem em sua pele a fizeram enrijecer seu corpo. Smell engoliu um seco pelos segundos em que o sentiu as suas costas. Sua respiração ficará pesada.Ela estava um tanto aterrorizada.

-- Pronto... - A mão do lorde saiu de cima do joelho dela, revelando uma nova pele. Onde está o machucado? Se questionou. -- Não o deixe trata-la assim, querida... - Sentiu ele ajeitar o seu cabelo para baixo, levando todas as mechas para um só lugar. -- Espero ve-la de novo em breve. - Selou seus labios contra a bochecha dela.

Lavínia estava prestes a virar-se para trás e então ele sumiu. Será que tudo foi parte de sua imaginação?  Se questionou. Entretanto, a voz ecoou em sua cabeça novamente. Se apressou e puxou o diário do homem, abrindo na página em que ele escreverá.

Aparentemente, sua caligrafia não é a única coisa que me agrada...Você foi uma boa garota!

Eu não estou tendo alucinações?

Haha, eu sou alucinante para você? 

É... bem, talvez... Como fez isso? Eu achei que só poderíamos manter contato por letras. - Escreveu eufórica, enquanto o lorde a observava do canto do banheiro, sentindo-se mais forte ha cada letra escrita.

Você me dá forças para que eu possa fazer uma pequena " apariçãozinha "...

Invrivel! Faça de novo e me deixe vê-lo. É justo, você sabe quem sou, e também já sabe minha aparência física.

Por que eu deixaria que tenha noção de minha aparência?

E por que não deixaria?

Boa resposta. Mas ainda não estou 100% forte para poder fazer o que eu quero...Isso só vai acontecer quando você me passar mais energia...

E... Como faz isso? É algum feitiço?

Não. Na verdade, você só precisa conversar comigo. E quanto mais feliz estiver, mais força eu vou ganhar. Assim, poderei retornar a minha forma física para encontra-la. Você quer isso, pequena corvina?

Quero...

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Amor Corrosivo - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora