Capítulo 6

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Se o assunto não era o relacionamento deles, eu só imagino mais alguns poucos motivos que fariam a Lissa vir até Montana para falar comigo em pleno dia de semana. Seriam eles: a minha mãe e o acidente. Como eu não tinha falado sobre o acidente, eu nem ao menos podia imaginar como ela teria descoberto sobre. Mas eu não acho que poderia excluir esse motivo por hora. Também acho pouco provável ser sobre a minha mãe. A não ser que algo tivesse acontecido e Janine estava desesperada tentando me contatar. Ambos os assuntos eram péssimos em minha opinião. Bem, se não for nada disso... Eu não sei. Quem saiba ela esteja grávida e surtando. Não, eu duvido que a Lissa surtaria por esse motivo. Talvez os hormônios...

A Celeste me deixou sair dois minutos mais cedo. O que era um verdadeiro milagre e eu não hesitei um segundo em pegar meu casaco de inverno, minhas coisas e partir. Engoli a lágrima que quis escorrer quando eu fiz o malabarismo de colocar o casaco e o quanto aumentou ainda mais a pressão nas minhas costelas. Ao menos, restringiu um pouco da movimentação durante a respiração. Quem imaginaria que quebrar duas costelas fosse tão dolorido. Bem, considerando que eu não tinha um raio-X para confirmar isso, nada mais explicaria o tamanho da minha dor se não várias delas machucadas.

No meu caminho até a saída do café, digitei uma mensagem rápida para o Mason perguntando se tudo bem eu levar dois amigos para casa em plena segunda-feira. Eles se conheciam, mas não é como se a Lissa e o Christian fossem amigos dele, o dono do apartamento. Tinha uma diferença da amizade que ele havia desenvolvido com a Vika e o Adrian, mas ainda assim, ele nem ao menos pareceu querer me privar de receber as minhas próprias visitas. Isso também resultou em um Mason repetindo pela enésima vez de que a casa também era minha, ao menos, por hora. E seria minha durante o tempo que eu quisesse e precisasse. Eu, realmente, não sabia o que ele viu em mim, mas eu definitivamente, não merecia.

— Hey! – Eu me apressei em fechar a porta do carro. Que porra de frio insuportável estava lá fora.

— Hey, Hathaway! – Chris me cumprimentou já que eu já tinha falado com a Lissa. — Pronta para ir?

— É, acho que sim. – Eu me acomodei e engoli qualquer palavrão pela minha dor que não estava mais aliviando nem com aquela surra de analgésicos. Eu precisava mesmo era de um repouso.

O silêncio no carro foi assustador. Não fazia muito mais que duas semanas desde que nos vimos, mas ainda assim, imaginei que teríamos assunto para conversar desde o primeiro segundo que estivéssemos juntos. O clima denso no carro me deixou ainda mais preocupada, porque eu não sabia se aquilo era por minha causa ou se eles tinham brigado a caminho daqui. Qualquer que fosse as duas opções, eu não devia me meter porque não seria bom para mim mesma. Ao mesmo tempo em que eu estava desconfortável como o inferno por causa daquele silêncio. Até uma piadinha irônica do Christian seria bom agora. Qualquer coisa que afastasse aquela aura negra, estranha, do carro.

A minha sorte foi que o meu celular me distraiu com um Mason me dizendo que ia aproveitar essa noite, que eu não estaria sozinha, para ir ao mercado já que eu mesma estava impossibilitada de carregar peso. Sorri para a tela. Ele estava fazendo tanto por mim... Eu tinha trazido mais trabalho e gastos para sua casa e ele estava tentando fazer de tudo para me ajudar. Mesmo que eu dissesse que ele não deveria se preocupar. Sem a minha bike e toda arrebentada ficava difícil de fazer alguma coisa, mas eu, definitivamente, não queria pedir ou dar ainda mais trabalho para ele quem já tinha a vida bastante corrida. Eu mal tinha pensado no que responder quando ele me enviou outra mensagem dizendo que, se eu não fosse comprar pizza para dividir com o Christian e a Lissa, era para eu avisar e ele traria alguma lasanha congelada do mercado para mim. Agradeci, embora eu não soubesse ainda o que aconteceria. Acho que eu deveria era pedir um calmante, porque não parecia que seria uma conversa agradável. E bem... Ajudaria-me a dormir sem dor mais tarde.

Per te, mi amoreOnde histórias criam vida. Descubra agora