Assim que entrou a ala de unidade intensiva uma enfermeira que já o conhecia rapidamente largou o que estava fazendo para ir até Jungwon que estranhou a expressão que a mesma tinha.
-Pode me acompanhar antes de entrar? Vai ser rápido e depois pode continuar.
A enfermeira seguiu por vários corredores onde as pessoas lutavam por suas vidas incansavelmente enquanto os médicos davam o seu melhor para salvarem todos. Para a maioria dos profissionais os pacientes não eram apenas mais um como alguns dizem.
Era uma vida importante que provavelmente tinha uma família esperando para que pudesse estar unida outra vez, amigos que queriam sair mais uma vez, filhos que querem a volta do pai ou mãe para o lar ou então vice versa.
Eram histórias que estavam sendo decididas naqueles leitos e isso era um fator muito importante. Querendo ou não uma decisão errada, algo medicado da maneira errada, algo feito muito tarde pode acabar com uma história toda bem antes do tempo.
-Converse com ela antes de continuar. Pode seguir normalmente depois.-a enfermeira bateu em uma porta toda branca onde uma voz autorizou a entrada, mas a essa altura Jungwon já estava sozinho outra vez.
-Você é o meu paciente do dia, certo? Sente-se, querido. Apenas vamos começar quando estiver pronto.-a mulher disse suavemente apontando para a cadeira reclinável que estava na frente da sua mesa enquanto arrumava alguns papéis.
-Ele é muito próximo?-ela perguntou de repente quebrando o silêncio desconfortável que tinha surgido na sala.
-Acho que gosto dele, mas é difícil saber quando nunca se teve uma experiência romântica antes. Posso perguntar quem é você?
Jungwon estava confuso com a mulher de idade na sua frente e principalmente por ela ter rido suavemente enquanto levava parte dos fios grisalhos para trás da orelha. Ela então pegou um panfleto e entregou ao garoto que agradeceu com um sorriso fraquinho.
Ela era uma psicóloga especializada em tratamento para adolescentes mantendo o foco apenas nisso. Jungwom ainda se enquadrava como um então era por isso que estava ali e ela com toda certeza já sabia de tudo o que andava acontecendo, mas ele não tinha certeza se queria continuar.
Tudo era tão confuso para ele e ainda mais com a mente tão distante. Ele não parava de pensar um segundo que fosse na rápida imagem que teve de Jay desacordado e da máquina mostrando aquela linha completamente estável quando não deveria estar assim.
Ele tinha chorado a noite toda enquanto pedia baixinho para que Jay ficasse bem. O mais velho não usava sempre as camisolas hospitalar o que deu uma oportunidade a Jungwon de poder sentir seu perfume mesmo que bem de levinho aumentando ainda mais a saudade que andava sentindo dele.
-Veja, eu não podenro o que é errado ou não, mas sim ajudo você a concertar a parte que está quebrada em você, mas tudo isso apenas se quiser ajuda. Nenhum tratamento é feito se o paciente não aceitar, entende? É uma escolha totalmente sua, querido.- a mulher disse suavemente vendo os olhos do menino na sua frente se encherem de lágrimas, mas ela não disse mais nada apenas ficando por isso.- Vai vê-lo, uh? Entre em contato comigo nesse número se quiser continuar.
Jungwon concordou com a cabeça se levantando para deixar a sala, mas quando estava próximo da saída se virou para a psicóloga que prontamente o olhou esperando que ele fizesse a pergunta que quisesse.
-Como eu faço isso? Tipo, vai doer ou algo assim?-Jungwon disse baixinho quase em um sussurro não confiando na própria voz.
-Tudo na vida dói para acontecer, mas é melhor assim, sabe? O acompanhamento em si vai te ajudar a melhorar muitos pontos e isso vai ser ótimo.
O garoto concordou outra vez com a cabeça devolvendo o papel a mulher que o encarou confusa antes que a voz do mais novo voltasse a preencher a sala.
-Podemos começar, mas antes tenho que ir ver Jay e depois temos todo o tempo que for preciso.
Talvez nesse momento uma nova sementinha tenha sido plantada em Jungwon que estava sentindo uma nova fase o dominando aos poucos, mas de uma maneira muito boa.
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To Build A Home | Jaywon
FanficJay apenas queria que o que seu médico disse fosse apenas uma brincadeira de mau gosto, mas quando viu que não era foi como se todo o seu mundo desabasse. O que ele não esperava era ter que dividir o quarto com um garoto que era seu completo oposto.