Antoinette Topaz Point Of View
Acordei sentindo que minha cabeça ia explodir de dor, me senti enjoada, tudo estava girando, fechei bem os olhos pra ter certeza de que tudo aquilo não era um pesadelo, e infelizmente quando eu abri os olhos eu continuava no meu antigo quarto na minha casa, que é estranho chamar de minha.
Ouvi duas batidinhas fracas na porta, e ignorei completamente, logo minha mãe abriu a porta, e de um sorriso fraco para mim.
- Oi Toni, como está se sentindo? Está com fome minha filha?
Preferi ignorar, estava cedo demais para colocar meus neurônios para funcionar só para falar com ela.
- Se quiser ou precisar de alguma coisa é só chamar a Sandra ou a mim.
Ela deu um leve suspiro desistindo de tentar alguma coisa comigo, fez menção de sair quando eu resolvi falar.
- Por quê? Por que me trouxeram pra cá? Eu estava muito bem longe de vocês, trancafiada lá.
- E-eu não sei Toni, isso é coisa do seu pai.
- Então, a única coisa que eu quero agora é que me deixem em paz.
Ela não disse mais nada, apenas fez uma expressão indecifrável, e saiu fechando a porta atrás de si.
[...]
Passei a tarde toda na cama, nem ao menos consegui dormir, estava totalmente inquieta, o quarto estava tão silencioso que eu conseguia ouvir meu coração batendo junto da minha respiração um tanto quanto pesada.
Ouvi a voz alta e grossa do meu pai la embaixo e estremeci, também consegui ouvir uma outra voz, uma voz diferente.
Duas leves batidas na porta e logo a mesma foi aberta, dessa vez não era a minha mãe, era uma senhora robusta, de cabelos grisalhos, e um sorriso doce, que eu deduzi ser Sandra.
- Com licença, senhorita Topaz, seu pai solicita a sua presença la embaixo, ele pediu para que estivesse apresentável - Sorriu para mim meio sem jeito - Ah e se estiver com fome, sua mãe pediu para eu fazer torta de limão, sua favorita.
- Obrigada, Sandra. Por favor sem formalidades, me chame de Toni - Ela assentiu ao meu pedido - Você sabe me dizer o que ele quer comigo?
- Desculpe, não sei te dizer, ele apenas me passou essas instruções.
- Tudo bem - Respondi dando fim a conversa, e ela se retirou fechando a porta novamente.
Eu não estava nem um pouco a fim de socializar com meu pai, mas a curiosidade estava me matando, queria saber o porquê disso tudo.
Desci da forma que eu estava mesmo, e quando cheguei à sala recebi um olhar de reprovação do meu pai, do qual eu estava bem acostumada.
Ao seu lado sentado ao sofá estava um homem alto, de cabelos cor de caramelo, e com roupas sociais, parecia ser apenas alguns anos mais novo que o meu pai, ao me ver ele abriu um sorriso malicioso e se levantou vindo em minha direção.
- Meu nome é Bernardo Bianchi - Pegou minha mão, se arqueando um pouco para beijá-la, eu a puxei fazendo uma leve careta.
- Olha os modos Antoinette, não foi dessa forma que eu te criei - disse meu pai de forma áspera.
- Eu não dei liberdade para que esse marmanjo encoste em mim, e muito menos que babe na minha mão. Aliás qual é o intuito disso tudo, Jordan?
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Loucuras
FanfictionCheryl é uma médica de 24 anos que trabalha em um hospício, tudo vai certo até que uma garota de 22 anos é transferida para o manicômio que Cheryl trabalha, ambas com muitas dificuldades em suas vidas entram em uma paixão secreta no hospicio, aonde...