Capítulo 13

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Cheryl Blossom Point Of View

- Cheryl que merda esta acontecendo aqui? - Alguem pergunta atrás da gente, me fazendo assustar, e cair no chão toda desajeitada, esse alguem eu ja sabia quem era - Anda Cheryl,me responde!

- Espera, eu posso explicar Verônica - Respondi.

Era impressão minha ou a Toni estava rindo? Ela estava realmente rindo? Depois eu mato ela, mas agora tenho que me preocupar de que a Verônica não me mate.

- Estou esperando - Respondeu ela com cara séria, me encarando com as duas mãos na cintura, ela estava parecendo um pinguim zangado, ri do meu pensamento, fazendo com que eu arrancasse uma carranca ainda maior da cara dela.

- Mas aqui não, vamos la fora - Falei levantando do chão.

Saimos da enfermaria, e fomos para o banheiro, porque é mais seguro, ninguém pode escutar, entramos no banheiro e trancamos a porta, ela parou ao lado do balcão da pia, e se apoiou colocando uma mão em cima, me encarando esperando minha explicação.

- Olha, aquilo que você viu, é apenas o que você viu, um simples beijo - Disse com um sorriso amarelo.

- Não Cheryl, aquilo não foi apenas um simples "beijo" - Disse fazendo aspas com os dedos - Ela é sua paciente, você é medica dela, se alguem descobrir, você perde seu emprego, você pode até ser presa por abuso de uma pessoa mentalmente instável, e se outra pessoa tivesse visto, em Cheryl? O que você ia fazer? Você não tem juízo? - Disparou de uma vez, sua voz exalava preocupação, desespero, medo e irritação.

- Eu sei foi um grande erro, mas não farei de novo, eu juro - Disse ja quase chorando.

- Me diz, o que há entre vocês? - Perguntou calma dessa vez.

- Nada, quer dizer, a gente só se beijou 3 vezes, sei la, algo me atrai para ela, e toda vez que estou perto dela minha sanidade se vai pelos ares, é um desejo que não sei explicar, é algo proibido que você quer experimentar, mesmo sabendo que você esta brincando com fogo e pode se queimar, eu realmente não sei o que está acontecendo! - Falei e de quebra ja comecei a chorar, ela se aproximou de mim, e me abraçou.

- Droga! Mais que merda Cheryl - Disse em um tom sério - Você se apaixonou por ela - Disse me abraçando mais forte ainda - Olha conversaremos sobre isso depois, ta bom? Eu tenho que ir pra Los Angeles, peguei uma licença para visitar minha vó, ela esta doente, e vai fazer uma cirurgia amanhã, mas assim que eu voltar conversaremos, mas não faça nenhuma besteira.

- Ta bom, espero que sua vó fique bem - Disse fungando.

- Eu ja tenho que ir - Disse depositando um beijo em minha cabeça,e depois me soltando do abraço - Se cuida ta, te amo, tchau.

- Tchau, te amo tambem - Ela deu um pequeno sorriso, e saiu.

Eu voltei a enfermaria, precisava falar com Toni, e como a Verônica descobriu, deve estar aflita querendo saber o que aconteceu, assim que adentrei o quarto ela ja me olhou preocupada.

- Eai o que houve? Ela vai contar para alguem? Você vai ser demitida - Perguntou disparada, sem me deixar responder uma pergunta sequer.

- Não...

- Você estava chorando? Você esta bem? Droga, quando meus pais souberem, eu estou ferrada, eles vão... - A cortei.

- POR FAVOR SE ACALME TONI - Gritei, conseguindo sua atenção - Olha, ela não contou, e nem vai contar a ninguém, portanto não vou ser demitida, pelo menos não por ela ter visto, ela me deu uma bronca, ela me alertou sobre certos riscos, e ela esta certa, então temos que parar com isso, o quanto antes - Falei calma dessa vez.

- Parar? Como? Porque como irei parar, se meu mundo para de girar no momento em que seus olhos se encontram com o meus, quando você esta perto eu perco todo o meu ar, e com um simples toque seu, meu corpo inteiro se arrepia, e é como se passasse uma corrente elétrica dentro de mim, como posso me manter longe, quando estou me apaixonando por você? - Disse ela com os olhos marejados.

- O que? - Foi tudo que eu consegui dizer, não estava acreditando no que acabara de ouvir, ela esta realmente se apaixonando por mim?

- Eu não queria que isso estivesse acontecendo, mas esta, mas se você quer parar, iremos parar, por que sempre que algo da certo na minha vida meus pais conseguem estragar mesmo, então do que adianta continuar? - Disse ela deixando lágrimas caírem, cheguei perto dela, e toquei seu rosto, passando os polegares gentilmente em suas bochechas, limpando as lágrimas.

- Desculpe, mas isso nunca daria certo - Falei, e sai rapidamente, fui novamente para o banheiro, entrei em uma das cabines, sentei em cima da tampa do vaso sanitário, e chorei, chorei desesperadamente, como se alguem arrancasse o coração de meu peito, me deixando totalmente sem ar, eu estava sozinha ali, encolhida e chorando, sentia frio, com uma dor terrível, é como se alguem matasse minha alma lentamente e dolorosamente.

LoucurasOnde histórias criam vida. Descubra agora