Sobre.viver ➳ l.s |▸ trans!louis | Concluída.

Capítulo Treze: La Vie En Rose

2 meses depois do parto

14/09/2021

— Des yeux qui font baisser les miens. Un rire qui se perd sur sa bouche. Voilà le portrait sans retouche. De l'homme auquel j'appartiens. — Austin deslizava seus dedos curtos pelo rosto delicado de seu bebê, o pequeno Styles. — Quand il me prend dans ses bras. Qu'il me parle tout bas. Je vois la vie en rose. Il me dit des mots d'amour. Des mots de tous les jours. Et ça me fait quelque chose. — Seu francês não era o melhor do mundo, ainda tinha que aprimorar, mas sabia que Isaac não o julgaria, estava longe disso.

(Os olhos que fazem os meus baixarem. Um riso que se perde em sua boca. Eis o retrato sem retoque. Do homem a quem eu pertenço. Quando ele me toma em seus braços. E fala baixinho, eu vejo a vida em cor-de-rosa. Ele me diz palavras de amor, palavras de todos os dias. E isso mexe comigo.)

— Harry sempre tem os melhores elogios sobre o namorado, mas nunca disse que cantava tão bem. — Os olhos azuis balançaram devagar, saindo do rosto sereno de Isaac até alcançar a figura graciosa. Uma mulher muito bonita, um sorriso simpático e um olhar carinhoso. — Louis, não é? — Um som tímido escapou da garganta trancada pelo nervosismo. — Anne. — Ela se aproximou devagar, alcançando um pouco do álcool gel disponível, era um cuidado necessário para chegar tão perto de um bebê. — Mãe do Harry.

— Uh, é. — Tentou levantar, tensionando ao sentir a mão da mulher em seu ombro, o impedindo de fazer movimentos bruscos com o bebê em seus braços.

— Está tudo bem, querido. Não precisa levantar. — Tranquilizou. — Não sabia que estaria aqui. Harry me disse que sempre vem nas visitas noturnas. — Louis piscou ainda confuso, sua mente estava indo por um caminho mais obscuro, onde Anne evitava as visitas noturnas para não ter que lidar com uma aberração da natureza. — Estava ansiosa para conhecer você, mas Harry me pediu para esperar o momento certo, queria que fosse em um momento confortável, e acho que acabei atropelando as coisas, não? 

Louis balançou a cabeça lentamente, negando ou pelo menos tentando negar. Anne segurou uma risada leve, puxando um banquinho para conseguir sentar. Encostou a mão quente no joelho do rapaz, que estava coberto por um jeans escuro e justo. Eles sorriram, os dentes tímidos não apareceram tanto dessa vez, mas as pequenas e suaves rugas surgiram nos olhos brilhantes, indicando que o clima parecia um pouco mais leve.

Não era a intenção de Anne causar tamanha confusão na mente de Louis, e mesmo que o silêncio estivesse dominando o local, sabia que o som da incerteza estava alto, abalando as estruturas do garoto que insistia em tentar manter um semblante tranquilo e sereno.

— Eu não sabia que o Harry queria me apresentar. — Disse, finalmente conseguindo formular uma boa frase, mesmo que não soasse tão boa assim. — É um passo grande, eu acho.

— O sentimento dele também é grande, Louis. — Trocaram olhares por alguns segundos, até que a mão quente da mulher alcançou os fios de Isaac, na lateral de sua cabeça. — Harry é um bom rapaz, está se mostrando um ótimo pai também, mesmo que esse milagre ainda não tenha ido para casa. Estou feliz com o caminho que as coisas estão seguindo, mas me preocupo em saber se ele também está sendo um bom namorado. — Os olhos azuis suavizaram um pouco, mesmo que a confusão ainda fosse destaque em sua face. — Pelo seu olhar tranquilo, e por esse sorriso que não estava tão relaxado e bonito antes, imagino que sim.

— Ele é um ótimo namorado. — Deslizou a ponta do nariz lentamente pela bochecha macia de seu bebê, sorrindo pela sensação gostosa que lhe atingia toda vez que trocavam carinho, mesmo que Isaac estivesse adormecido, apenas aproveitando o colo que tanto lhe fez falta. — E estou feliz, muito feliz por conhecê-la. — Engasgou pelo nervosismo. — Não pensei que fosse acontecer, não cogitei, parecia distante.