Sobre.viver ➳ l.s |▸ trans!louis | Concluída.

Capítulo Dez: Verde menta

oioi, perdão pela demora. queria pedir que votem ou comentem, isso me incentiva e me tira dessa onda ruim que estou. hoje disseram que sou uma merda escrevendo, mas não queria desistir e vocês me fazem enxergar um bom futuro.

boa leitura, anjos.

23/07/2021

Harry tinha sua mão segurando delicadamente a de Louis, enquanto caminhavam lentamente em direção a porta de seu apartamento. Estava aliviado de saber que sua vizinha de porta não se encontrava, afinal não gostaria de ter a noite estragada com a presença indesejada.

O médico estava muito nervoso, muito. Era a primeira vez que levaria alguém que realmente gosta ao apartamento, e mesmo que aquele lugar ainda não trouxesse um sentimento bom de lar não conseguia evitar o nervosismo, porque Louis iria conhecer sua casa.

Precisou empurrar um pouco, quase que como um incentivo, o corpo de Louis para que entrasse primeiro no apartamento, porque o garoto parecia um pouco travado diante do tapete de boas vindas.

Assim que abriu a porta, o médico indicou que Louis entrasse primeiro, conseguindo ver a ampla sala de seu apartamento. — Ei, doce. — Sussurrou perto do pescoço, assitindo os pelinhos finos e claros se arrepiarem. — Sinta-se a vontade, e bem vindo ao meu apartamento. — Fechou a porta, com um leve toque, girando a chave duas vezes. 

— Oh, uau. — Resmungou um pouco surpreso pela grandiosidade do local. — Isso é, enorme? — Queria ter afirmado, mas estava um pouco abobalhado e por isso acabou perguntando, porque aparentemente era um duplex, não tinha tanta certeza, mas ao fundo uma escada se fazia presente, quase afirmando suas suspeitas.

— É um pouco grande, confesso. Bom, ainda mais porque sou apenas um, não é? Mas queria um apartamento duplex e confortável, tinha planos para ele. — Harry se aproximou novamente de Louis, o abraçando por trás, distribuindo beijos por toda a extensão de seu pescoço delicado e cheiroso. — Quando comprei já tinha essa decoração e móveis, tudo planejado, então não tem muito a minha cara, mas você gostou?

— É muito bonito, Harry. — Os olhinhos azuis estavam brilhando com a visão encantadora do apartamento, mas ele quase não conseguia se locomover no espaço, sentindo medo de encostar em algo de valor, ou quebrar. — Só parece muito fora da minha realidade. 

O apartamento que dividia com Niall não era o mais bem decorado, muito menos tão luxuoso quanto o do médico, mas era bom o suficiente para mantê-los confortáveis, e isso parecia bastar. Em momentos como esse, o garoto não conseguia evitar a comparação, imaginando que seu pequeno Isaac conheceria duas realidades completamente diferentes, e que talvez a realidade de perder a guarda de seu bebê não fosse tão distante assim. 

Estava exagerando, sabia disso. Harry não fazia esse tipo de pai, não parecia ser esse tipo de homem, mas sua cabeça jovem acabava lhe colocando nas situações mais inusitadas possíveis, e essa era uma dessas. Seu coração no entanto estava tranquilo, ignorando os pensamentos atrapalhados de seu cérebro.

— Ei, abelhinha. Você pode tocar no que quiser, não tenho muito apego com bens materiais. — O médico sussurrou, beijando novamente o pescoço de Louis. — Qualquer pessoa consegue sentir a sua curiosidade a quilometros de distância, uh? E pelo pouco que já te conheço, sei que precisa observar de perto cada cantinho desse apartamento, como uma criança curiosa, não é? Espero que Isaac puxe esse seu lado, porque eu adoro.

— Você é tão bobo, Harry. — O corpo do mais novo girou lentamente, até estar frente a frente com os olhos verdes. Ele piscou devagar, batendo os cílios cheios e curvados. — Ei, não me olhe desse jeito, fico tímido.