Capítulo Dezesseis: Verdades não-ditas

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06/10/2021

Descobrir a paternidade abriu os olhos de Harry para um novo mundo, um novo caminho estava diante de seus olhos, tornando tudo ainda mais especial e interessante, mas nada se comprava com as sensações que descobriu ainda não conhecer, nada se comparava com o misto de nervosismo e alívio que seu coração sentiu ao poder assinar a alta de seu pequeno bebê.

Isaac era uma mistura linda e doce de Harry e Louis, estava cada dia mais forte, mais saudável. O médico sabia que esse melhora em grande parte era devida ao contato pele com pele, e a dedicação de Louis em tirar o leite para que o bebê pudesse ser alimentado da melhor maneira possível.

Quase não conseguia acreditar que finalmente estava vivendo aquele momento, ter seu filho em casa, longe de tantas máquinas monitorando seus sinais. Um suspiro aliviado escapa de seus lábios ao estacionar o carro. Estava grato por ter conseguido trocar seus plantões com Hugo, seu cunhado. Poderia passar pelo menos uma semana com Louis, ajudando com a nova rotina.

— Uh, nós chegamos. — Louis cantarolou baixinho, chamando a atenção do namorado que o encarou pelo retrovisor. — Harry. — Chamou, ainda em um tom baixo. — Ele está dormindo, não quero que acorde porque precisamos entrar. — Disse um pouco manhoso, preocupado em acordar seu bebê com algum movimento brusco. Isaac estava no bebê conforto, coberto por duas mantas, estava muito frio e ele ainda era muito frágil.

— Você quer que eu leve o bebê conforto? — Harry perguntou. — Você pode levar a bolsinha dele. Vou tentar não fazer movimentos bruscos.

— Eu prefiro, por favor. — Abriu lentamente a porta do carro, saltando para fora e resmungando por quase torcer o pé. Harry tinha um modelo de carro muito específico, e alto também, não era fácil subir e muito menos descer.

Harry também saiu do carro, evitando bater a porta com força, apenas o suficiente para fecha-la. — Você precisa tomar cuidado ao descer, mocinho. — Disse, deixando um beijo demorado na testa do namorado.

— É tão fácil falar, não é? Seu carro parece ter sido feito para um jogador de basquete, e advinha? Eu não sou um desses, Harry. — Reclamou, puxando a bolsa de Isaac para fora do carro.

— Pequeno ranzinza. — Sussurrou, abrindo a porta do lado em que Isaac estava, segurando o bebê conforto com cuidado. Sorriu ao ver seu bebê dormindo como o pequeno anjo que era. — É só descer devagar, uh? Você não vai machucar se fizer isso. É pra isso que servem os apoios, abelhinha.

— É pra isso que servem os apoios, abelhinha. — Resmungou, atravessando o portão do prédio tão rápido quanto um raio. — O Isaac um dia vai crescer. — Começou em um tom leve de provocação. — E ele pode cair do seu carro para jogadores de basquete.

— Vou ensina-lo a descer com cuidado. — Disse despreocupado. — Meu carro foi uma das primeiras coisas que comprei quando comecei a trabalhar como chefe da UTI. Tenho apego por ele.

— Você deveria ter apego pelos meus calcanhares. — Brincou, ficando na ponta dos pés para alcançar os lábios do namorado. — Luck, vou tentar descer com mais cuidado, uh?

— Eu sei que sim. — Sorriu contente pelo apelido que estava sendo usado com mais frequência, também beijou o nariz de Louis como agradecimento pelo carinho. — Estou feliz por estar vivendo esse momento. Muito feliz, eu poderia pular, mas não posso acordar nosso menino.

— Isso mesmo, papai. — Eles entraram juntos no elevador, depois de passar rapidamente pela hall de entrada do prédio. — Também estou feliz por esse momento, por essa vida. — Louis se aninhou no peito do namorado, observando atentamente o bebê que permanecia relaxado. — Uh, ele vai precisar do oxigênio de noite, você vai me ensinar melhor como usar aquilo, não é?

Sobre.viver ➳ l.s |▸ trans!louis | Concluída.Onde histórias criam vida. Descubra agora