Três dias depois, no apartamento de Louis.
29/07/2021
Harry, durante grande parte de sua vida, jamais imaginou que estaria vivendo sua melhor fase aos trinta anos. Apesar de ser um médico renomado, o melhor cirurgião pediátrico de toda a Londres, nunca teve um ponto alto de felicidade. Não como agora.
Até encontrar seu garoto, Louis. E Isaac, seu garotinho pequeno e delicado.
O casal, que não era exatamente um casal, se encontrava aos beijos no quarto de Louis, enquanto o som da televisão estava baixinho com o filme de romance. As mãos de Harry estavam no rosto delicado, enquanto as mãos pequenas do mais novo estavam no cabelo do sedoso e enrolado.
O momento é atrapalhado pelo toque do celular de Harry, o mais velho se afasta minimamente de Louis, sorrindo ao ver os lábios fininhos inchados pelos beijos intensos.
— Eu preciso ir, doce. — Harry disse baixinho, ao ver que era um chamado do hospital. — Estão me chamando no hospital, uma cirurgia de emergência.
— Uh, Harry! — Exclamou ao que o médico se levantou agitado, vestindo o casaco em uma velocidade até então desconhecida por Louis. — Meu beijo. Não vai embora sem me dar um beijo.
— Claro, não posso sair sem dar o beijinho. — O médico sorriu e puxou a cintura de Louis, logo juntando os lábios. — Preciso ir, doce.
— É algo com algum bebê prematuro? — O coração do garoto estava palpitando forte, sem encontrar um ritmo certo.
— Sim. — Harry foi rápido em colocar seu sapato. — Eles não deram muitos detalhes no chamado, apenas que era uma urgência e que eu deveria ir.
— Ei! Harry! — Tentou-se agarrar no homem, mas o perdeu no corredor, caindo de joelhos no chão antes de conseguir alcança-lo.
Louis choramingou massageando o pé, não conseguindo levantar a tempo de conseguir ir atrás do médico. Ele levou algum tempo para levantar e ir até o quarto, precisava tomar um banho quente para aliviar a dor, e se recuperar emocionalmente do baque.
Horas se passaram, três delas. Louis estava agoniado sem notícias, precisava saber se o bebê que precisava de cuidados especiais era Isaac. Pensava que não, porque Harry não o deixaria no escuro, sem saber o que realmente estava acontecendo. Ou deixaria?
O médico estava em uma cirurgia de emergência, um bebê de sete meses havia apresentado sintomas cardiovasculares e o rapaz foi chamado para auxiliar. Já que como cirurgião pediátrico era uma norma que ele estivesse ali para manter o bebê estável.
Louis não aguentou a tensão, seu coração de mãe estava apertado. Ele acabou indo para o hospital depois de quatro horas, precisava se certificar de que estava estava bem com sua criança, e mesmo que seu cérebro gritasse que nada poderia ter acontecido sem que o hospital ligasse, seu coração pedia por isso, clamava por essa calmaria.
— Uh, ei. — Bateu contra um enfermeiro, sorrindo tímido ao perceber que estava atrapalhando o caminho de um jovem rapaz. — Me desculpe, estou buscando notícias do meu bebê.
— Louis, não é? — Perguntou simpático. — Sou Liam Payne, enfermeiro chefe do Isaac. — O mais alto estendeu a mão. — O Isaac está ótimo, acabei de sair da UTI neonatal, ele estava dormindo feito um anjinho.
— Uh, meu bebê está bem. — Disse aliviado, levando a mão até o coração, sentando em seguida seguida um dos bancos do corredor.
— Você está bem? — Liam se aproximou de Louis, pegando delicadamente o pulso do mais novo. — Seus batimentos estão acelerados, está sentindo alguma coisa?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sobre.viver ➳ l.s |▸ trans!louis | Concluída.
FanficExistir faz com que respirar seja um ato de resistência. Harry é um pediatra com uma rotina complicada, sem espaços para relacionamentos ou para amar. Era isso que ele pensava. Essa era sua única convicção. Até conhecer um jovem tímido, mas de perso...