Capítulo Cinco: Borboletas e Docinhos.

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eei, tudo bem? uau, me perdoem pela demora para atualizar, mas esse capítulo foi um pouco mais complicado de escrever, parecia quase impossível finalizar, uma loucura! enfim, espero que gostem, ok? ficou um pouco mais curto do que eu queria, mas é porque os acontecimentos foram bem planejados e diretos, não tinha porquê ficar enrolando ou enchendo linguíça. eu odeio ficar colocando narração e diálogo onde não precisa pra deixar o capítulo maior, mas enfim. 

boa leitura, anjinhos! não esqueçam de votar e comentar, por favor.

15/07/2021

Existem momentos na vida que deixam questionamentos em aberto, sobre tudo, sobre quem somos ou sobre o que estamos fazendo com nossas vidas. E Harry tem o costume de avaliar sua própria vida, seus desejos e objetivos, principalmente quando sai de uma cirurgia arriscada ou quando tem um caso difícil em mãos, mas dessa vez não era o caso. O médico estava apenas observando seu filho respirar tranquilamente com a ajuda da cânula de oxigênio, envolvido por mais fios do que gostaria.

Estudar medicina trouxe muitos ganhos profissionais e materiais, mas a profissão, por mais honrosa que fosse, por mais gratificante que fosse, nunca o ensinou a lidar com a própria vida.

Quando passou a noite ao lado de Louis no estacionamento daquela boate, tudo pareceu se encaixar. Nunca sequer se imaginou vivendo um momento tão forte e quente como aquele. E agora as coisas pareciam ter se encaixado novamente, como se os meses que passaram não tivessem realmente existido, ou apenas não estivessem seguindo o fluxo certo. Era engraçado perceber todas essas novas sensações, principalmente a que seu filho trouxe em sua pequena bagagem. Observar Isaac, tão pequeno que conseguia medi-lo com a palma de sua mão, o encarando como se pudesse enxergar sua alma, era de longe, a coisa mais intensa que já viveu.

Estava agradecido por estar sozinho diante de seu pequeno milagre, porque Anne decidiu ir embora algum tempo depois, querendo dar ao filho um pouco de privacidade, pois sabia que o outro pai de seu neto subiria logo para vê-lo e não queria de maneira alguma deixá-lo constrangido.

— Doutor Styles, que bom ter lhe encontrado aqui. — Eliza se anunciou, sua voz era carinhosa. O médico se levantou cuidadosamente da poltrona que ficava perto de Isaac. — Eu tomei a liberdade de ajudar o Louis a subir, sim? Ele estava um pouco ansioso para ver o filho, e não sabia se o senhor já havia ido embora.

— Oh, obrigado por isso, Eliza. — O médico sorriu e se aproximou de Louis. — Você está melhor? Nosso pacotinho está acordado.

— Eu estou um pouco cansado ainda. — Confessou com um sorriso tímido no rosto, percebendo que a enfermeira não estava mais ali. — Pacotinho, então? — Os olhos azuis estavam brilhantes, cristalinos como a água da nascente de um belo rio. — Como ele está? Essas primeiras horas são decisivas, não é?

— Exatamente. — Harry sorriu e pegou um par de luvas para Louis, segurando delicadamente as mãos do mais novo e as colocando, cuidadoso como era com seus bebês. — Os resultados dos exames saíram, e ele está bem, o coração é forte. — O médico sorriu e ajudou Louis a se aproximar da incubadora. — O problema respiratório que ele tem é comum em bebês prematuros, mas só saberemos se ele terá sequelas quando for crescendo, por enquanto é muito incerto. Foi surpreendente perceber que estamos lidando com um prematuro tão bem desenvolvido, vi nas anotações do pré-natal que você tomou algumas injeções para amadurecimento dos órgãos, o parto prematuro era um risco?

— Isso é bom, muito bom. — Por alguns segundos o rapaz se viu travado diante do filho, percebendo pela primeira vez o quão pequeno seu garotinho era, tão frágil e sensível. Se aproximou, um passo de cada vez. Louis sentia seu peito apertado e um pouco dolorido, porque não era fácil ver um filho cheio de fios no corpo, e a cânula do oxigênio ainda assustava muito, fazendo com que tudo parecesse incerto. — E sim, o risco de um parto prematuro sempre foi presente, e a médica preferiu se previnir quando comecei a perder líquido. Foi a melhor decisão, porque tive tempo de tomar todos os remédios e injeções.

Sobre.viver ➳ l.s |▸ trans!louis | Concluída.Onde histórias criam vida. Descubra agora