Capítulo 26

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NAMJOON  

Jin está pra lá de bêbado.

Mais do que isso, se recusa a ir para a casa. É uma da manhã, e a festa se mudou do bar para a minha casa, e, por mais que tente, não consigo convencê-lo a encerrar a noite.

É cada vez mais crucial que eu o leve de volta para o alojamento. Minha sala de estar está cheia de jogadores de hóquei e marias-patins, todos no mínimo no número oito da minha escala de bêbados: prestes a jogar a inibição pela janela e cometer erros terríveis.

Taemin acaba de arrastar um Jin risonho para o centro da sala e os dois começam a dançar “Baby, I Like it Raw”, do Ol’ Dirty Bastard, estrondando no volume máximo.

Jin não havia se movido de forma sugestiva quando cantou Lady Gaga antes, mas começou a fazer isso agora. Passou de Miley Cyrus do Disney Channel para Miley em Modo Twerk no último grau, e sinto que preciso dar um fim nisso, antes que ela vá direto para a Miley Vamos Fazer um Vídeo Caseiro de Sexo. Espera — será que Miley fez mesmo um vídeo caseiro de sexo? Merda, quem estou enganando? Claro que fez.

Caminho resoluto até Jin e Taemin e os separo à força, pousando a mão com firmeza no ombro de Jin. 

“Preciso falar com você”, grito por cima da música.

Ele faz beicinho. “Estou dançando!”

“Estamos dançando”, reclama Tae, com a fala arrastada.

Jogo duro com meu colega de time. 

“Vai dançar com outra pessoa”, retruco.

Como se estivesse só esperando a deixa, uma parceira de dança disposta aparece do nada e puxa Taemin para seus braços. Tae esquece Jin, o que me permite arrastá-lo para fora da sala sem mais reclamações.

Passo a mão ao redor do seu braço, levo-o para o segundo andar e só solto quando alcançamos a segurança tranquila do meu quarto.

“A festa acabou”, anuncio.

“Mas estou me divertindo”, reclama.

“Sei que está.” Cruzo os braços. “Você está se divertindo demais.”

“Você é mau.” Com um suspiro exagerado, Jin se joga de costas na cama. “Estou com sono.”

Sorrio. “Vamos, vou levar você de volta para o alojamento.”

“Não quero.” Ele estica braços e pernas como se estivesse fazendo anjos de neve na minha cama. 

“Sua cama é tão grande e confortável.”

Então suas pálpebras se fecham, e ele fica imóvel, com um último suspiro profundo escapando de seus lábios.

Sufoco um gemido quando percebo que está a segundos de pegar no sono, mas então decido que seria melhor deixá-lo dormir aqui e levá-lo para casa de manhã. Porque se eu a levar agora e ele tiver outro surto, não vou estar lá para mantê-lo fora de problemas.

“Tudo bem”, digo, com um aceno de cabeça. 

“Fique aqui e durma, Belo Adormecido.”

Ele bufa. “Isso faz de você o meu príncipe?”

“Pode apostar.”

 Vou até o banheiro e reviro o armário de remédios até encontrar um analgésico. Então sirvo um copo de água, sento na beira da cama e forço Jin a se sentar também. 

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora