"Eu posso te abraçar?"

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— Então eu te desejo boa sorte. - ela começa a rir.

— Eu vou precisar bastante! - digo enquanto visto o casaco.




Gilda balança a cabeça enquanto ri, e eu saio da casa. Quando entro no carro, verifico se chegou alguma mensagem do Zabdiel, mas como não vi nada, então resolvo ir até o bairro onde a Ayla mora. O lugar é um pouco afastado do meu bairro, há diversas barracas de lanches nas calçadas e também tem casas simples. Olho no GPS e verifico se realmente estou no lugar certo, porque às vezes essa tecnologia gosta de nos enganar.

Estaciono o carro próximo a um sobrado pintado de vermelho, desço do carro e travo as portas para que ninguém se atreva a mexer nas minhas coisas. Como não sei o número da casa onde a Ayla mora, então vou precisar de ajuda para encontrá-la. Quando subo os primeiros degraus da escada, vejo mulher loira e me aproximo dela.





— Desculpa, moça. Estou procurando uma mulher que se chama Ayla Monteiro e não sei exatamente onde ela mora. - digo quando ela me encara.

— Você está falando com a pessoa certa! A Ayla é minha amiga e moramos de frente com a outra. Então me acompanhe, por favor. - ela faz um gesto para eu subir à escada.




Acompanho a moça até o primeiro andar e paramos na frente de uma porta número dois. Agora estou percebendo de verdade que cometi um grande erro por demiti-la, porque com certeza o aluguel deve ser muito muito caro em um lugar tão simples.




— É aqui onde ela mora, senhor. - a mesma moça aponta para a porta número dois. Ela fica me olhando por alguns segundos. — Desculpe pela a pergunta, mas quem é você? Parece que te vi em algum lugar, só que não me lembro.

— Meu nome é Christopher Vélez, sou o ex-patrão dela. - estendo a mão. Tento sorrir, mas percebo que não sou bom nisso. Estou tão acostumado ficar com o jeito sério que tenho dificuldade de sorrir na frente de outras pessoas.

— Ah, claro! O prazer é todo meu! Eu me chamo Larissa. — ela aperta a minha mão. — A Ayla já me comentou sobre você.

— E por acaso ela falou mal de mim?

— Bom... na verdade ela me falou algumas coisinhas sobre você... - ela ri.

— Não precisa falar. Eu já sei que ela falou mal de mim e com certeza ainda deve estar com raiva por causa da discussão que tivemos.

— Eu sinto muito pelo o que aconteceu.

— Agora estou disposto a consertar o meu erro.

— Tenha boa sorte, senhor Vélez. - ela toca no meu ombro.




Larissa desce a escada e eu fico parado na porta do apartamento da Ayla. Tento criar a coragem para bater, porque com certeza ela deve estar muito brava comigo pelo o meu comportamento arrogante. Assumo que agi como um idiota por ter dito aquelas coisas absurdas, sendo que ela teve a intenção de tentar ajudar o meu filho. E também sou grato por ela ter criado uma aproximação com a Mimi e que a minha filha voltou a falar por causa dela.

Dou algumas batidas na porta, mas ninguém me atende. Bato mais uma vez e aguardo ela abrir. Em instantes, Ayla abre a porta bem devagar e tenta fechar quando me vê, mas acabo colocando o pé para impedir. Está na cara que ainda continua brava comigo.




— O que você quer, senhor Vélez? - pergunta Ayla em um tom sério.

— Eu não vim aqui para discutir com você, apenas quero entrar em um acordo. - respondo, olhando para ela. — Por favor, não bata a porta na minha cara.

υмα иονα ϲнαиϲє ραяα αмαя | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora