"Você é muito chatinha"

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— Muito obrigada, mas não tô disposta a morrer durante uma operação caça bandidos.

— Por isso que não te conto nada. Você sempre vem com esses comentários sem sentido.

— Eu apenas estou dizendo a verdade. 

— Você é muito chatinha. - mostro a língua para ela.

— Eu vou considerar isso como elogio. - diz ela, jogando os cabelos para trás.




É bizarro colocar apelido em uma pessoa, mas não consegui evitar quando ela começou com os seus comentários sobre o acidente que sofri. Ayla é dona de uma personalidade única, não tem medo de opinar o que pensa e tem muita facilidade de lidar com qualquer tipo de situação. Eu adoraria ter uma pessoa assim na minha vida.

Eu gostaria de ficar mais tempo com ela, mas está quase na hora de eu ir trabalhar e antes tenho que dar uma passada em uma lanchonete para comer algo. Não posso continuar com as investigações com o estômago vazio, isso não vai ajudar na minha concentração do caso. Me despeço da Ayla, peço para ela se manter em repouso e que se cuide. 




— Senhor Christopher Vélez? - reconheço a voz da pessoa. Me parece ser muito familiar. Quando me viro, vejo a amiga da Ayla.

— Sou eu mesmo. - respondo.

— Você está lembrado de mim?

— Sim, lembrei que havia te visto nas escadas quando fui procurar a Ayla naquele sobrado.

— A minha amiga me contou sobre o plano que estava envolvida.

— Eu pressionei ela para participar e olha no que deu. 

— Não se sinta culpado, tá bom? O importante é que ela está sã e salva e que em breve vai estar em casa. 

— As suas palavras me tranquilizam um pouco. 

— Te desejo boa sorte no trabalho e espero que a gente se encontre por aí. 

— Obrigado... - agradeço, olhando para ela, mas esqueço o seu nome. — Qual é o seu nome mesmo? - pergunto, coçando a cabeça.

— Larissa. - responde ela, rindo. 

— Desculpe, Larissa, é que sou péssimo pra decorar nomes. 

— Mas nome de criminosos você decora rapidinho, né? 




Eu ando muito esquecido ultimamente, acho que estou precisando de férias urgentes, porém só vou me tranquilizar quando acabar com a quadrilha que estou procurando. Larissa se despede de mim, e sigo para a vaga de estacionamento onde deixei o carro. Decido ir a uma lanchonete para tomar o café da manhã, dou uma olhada na hora e vejo que ainda falta muito tempo para ir no trabalho. 

Não consigo parar de pensar na Ayla, de como ela estava radiante na festa. Eu nunca havia visto uma mulher tão perfeita como ela. Desde que começou a trabalhar na minha casa, não consigo tirá-la dos meus pensamentos e comecei a ter uma visão diferente da vida por causa dela. Espero que isso não se transforme em um sentimento maior, porque quero evitar uma nova decepção. 

Depois que o garçom deixa os meus pedidos na mesa, corto o pedaço de panqueca e aproveito o momento para observar as outras pessoas andando na calçada pela a janela. Em instantes, percebo que alguém está se aproximando e volto a prestar atenção no meu café da manhã. 




— Bom dia, Chris. - cumprimenta Perrie. — Eu posso sentar aqui? 

— Bom dia. Pode sim. - respondo secamente. 

υмα иονα ϲнαиϲє ραяα αмαя | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora