"Eu vim para saber como ela está"

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— Você vai se arrepender por ter me rejeitado, Christopher. - ela apontou o dedo para mim.

— Desejo que você encontre alguém que possa te amar como merece e espero que entenda que eu não sou essa pessoa que espera. - tento ser mais calmo que possível.

— Idiota! - ela me empurra e sai do quarto.




Fico completamente confuso com o que acaba de acontecer. Perrie está perdendo a noção das coisas em acreditar que vou corresponder o seu amor. Ela praticamente se humilhou e deixou claro que será capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que deseja. 

Decido procurar uma roupa confortável para usar, pois estou muito exausto e necessito de um descanso urgente. Visto uma camisa branca e uma calça moletom de cor cinza, tiro o excesso de água do meu cabelo e decido deixá-lo bagunçado. Sento na ponta da cama, passo a mão no cabelo e baixo a cabeça.

Penso em enviar uma mensagem de texto para Larissa para certificar que Ayla e a criança continuam bem, mas acredito que neste horário deve estar dormindo ou conversando com o namorado. Prefiro fazer isso amanhã cedo, ou melhor, retornar ao hospital para ver a babá dos meus filhos. 





— Papai, posso entrar? - vejo apenas o rosto de Mimi na porta.

— Pode sim, princesa. Vem me dar um abraço bem apertado do jeito que gosto. - abro os braços, e ela vem correndo para me abraçar. — Eu estava morrendo de saudades disso!

— Papai, nós nem ficamos duas horas sem nos ver. - ela me encara.

— Você sabe que às vezes costumo exagerar um pouco. - dou risada. — Cadê o seu irmão? - pego ela no colo e sento na cama.

— Eu estou aqui, pai. - Nathan entra e fecha a porta. — Acabei de ver uma surpresa desagradável descendo as escadas.

— Pelo o visto você viu a Perrie. 

— Eu falei com a tia Perrie. Ela estava tão tristinha que até fiquei com dó. - comenta Mimi.

— Aquela mulher triste? Aposto que fez aquela cena pra chamar atenção. - Nathan faz careta.

— Nathan, tenha mais respeito por ela, por favor. - chamo a sua atenção.

— Eu vou tentar ficar calado, mas a voz da minha consciência sempre vai me dizer que ela não é uma pessoa confiável. - Nathan cruza os braços e senta na cama. 

— Papai, por que você está assim? Aconteceu alguma coisa no seu trabalho? - pergunta Mimi com aqueles olhinhos brilhantes.

— Algo me diz que aconteceu algo com a nossa babá. - Nathan demonstra a tristeza.




A minha expressão muda quando mencionam o nome de Ayla e esta não é a primeira vez que tenho que dar uma má notícia para eles. Ela levou um tiro na perna e quase correu o risco de ser amputado, agora ficou presa em um incêndio e inalou muita fumaça. Os meus filhos estão ficando mais espertos, estão compreendendo as situações e querem saber de tudo o que acontece. 





— Então, crianças... Sim, aconteceu algo com a Ayla... - tento dizer, mas não consigo. É como se algo me impedisse.

— Onde ela está, papai? - Mimi fica desesperada.

— O que exatamente aconteceu com ela? Ela vai ficar bem, não vai? - Nathan me olha. 

— A Ayla está internada no hospital, mas já está fora de perigo. - explico.

— Ela levou outro tiro na perna? - pergunta Mimi.

— Ela estava participando de uma daquelas operações perigosas e acabou sendo o alvo dos bandidos? - Nathan fica agitado.

υмα иονα ϲнαиϲє ραяα αмαя | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora