"Você está perdoada"

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— Tudo bem. Você tem todo o tempo para pensar se deve me perdoar ou não. - retiro as cópias das transferências bancárias de Raúl. — Aqui estão as cópias das transações bancárias do Raúl. Estão as provas de que há pessoas envolvidas no FBI que atrapalham as investigações. 

— Obrigado. - agradece ele de uma maneira fria quando me viro de costas. 

— Espero que tenha ajudado. 

Saio do escritório e sigo diretamente para o camarim. Larissa deixa o tablet na mesa e me abraça. Um abraço é o suficiente para tentar aliviar essa culpa que carrego há meses. Christopher descobriu o meu segredo da pior maneira, tenho certeza de que alguém conhecido enviou o maldito vídeo com a intenção de acabar com o nosso relacionamento. Não resta dúvidas que foi Perrie. Ela é capaz de chegar a esse nível para conseguir o que quer. 


— Ele descobriu tudo, Lari. O nosso namoro já era. - continuo chorando. 

— Ayla, ele disse que precisa de um tempo pra pensar. O que indica que há possibilidade de te perdoar. - Larissa dá uns tapinhas nas minhas costas.

— Eu não quero que isso acabe por minha culpa.

— Cadê aquela mulher poderosa que não se rebaixa por causa de homem? - ela me sacode. —  Ela tem que aparecer neste momento! 

— Estou sofrendo e você vem me dizer isso? - empurro ela e enxugo as lágrimas com a costa da mão.

—  Eu sou realista, querida. Você tem que levantar a cabeça, arrumar a postura e deixar o poder te dominar.

É impossível discordar da minha amiga. Ela é maluca, mas tem os melhores conselhos e me motiva a seguir em frente mesmo que as coisas não estejam bem. Não é errado chorar, só preciso aprender a lidar com isso e não permitir que me afete. Precioso me manter forte por mim e pela Camila.



✿❀✿

— Camila, eu não sei o que vou fazer para resolver a nossa situação. Estou sem emprego, não tenho casa própria e não sei como vai ficar o namoro com o papai Chris. - falo, terminando de vesti-la. — O que você faria se estivesse no meu lugar? Ah, esqueci que você é uma bebê e ainda não aprendeu a andar. 

—  Ayla, você está aí? - ouço a voz do Richard no lado de fora.

— É claro que estou, Richard! - grito de volta. — O que você quer?

— Eu preciso te informar sobre um negócio. - ele bate à porta.

— Só sendo o Richard mesmo com as suas histórias... - resmungo enquanto me levanto.  




Sou forçada a abrir a porta para saber o que Richard tem a me dizer. Qualquer coisa que acontece nesta casa ele vem correndo para me dizer, pelo menos eu me mantenho informada sobre qualquer assunto. 



— Fala, estrupício. O que foi dessa vez? - encaro ele com uma expressão séria.

— Só não te dou mal resposta porque o que tenho a dizer é muito importante. - ele parece estar surpreso com algo que aconteceu.

—  Desembucha logo, caralho! - perco a paciência.

— O senhor Vélez trouxe uma mulher para morar nesta casa. 

— Como? Que mulher? Quais são as características dela?

— Ela é alta, tem cabelos ruivos, tem sardas no rosto e parece ser alguém muito familiar.

— Eu não posso acreditar... - digo em voz baixa.

— O que disse? - ele parece não ter ouvido.

— Nada não. Acho que já sei de quem se trata.

υмα иονα ϲнαиϲє ραяα αмαя | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora