"Sabia que eu gosto de te ver brava?"

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Fiquei o resto da manhã organizando o quadro com todos os horários e as atividades das crianças. Tive que pedir a ajuda da Gilda para anotar as coisas mais importantes e aproveitei para arrumar os quartos enquanto. Quando chegou a hora, acompanho o Richard até a escola, busco as crianças no portão e ajudo a colocar o cinto de segurança. Mimi começa a me contar várias coisas que fez na escola, enquanto Nathan permanece mexendo no tablet. Também preciso conversar com o senhor Vélez sobre a respeito do uso de aparelhos eletrônicos.

Levo eles para os seus quartos, peço que tomem um banho e acompanho eles até a cozinha. Aproveito os poucos minutos livres para tomar um banho para relaxar o corpo, entro em um dos quartos dos funcionários, pego uma toalha e entro no banheiro. Resolvo tirar a roupa, deixo em cima da pia e no momento que abro o box, acabo encontrando um monte de baratas no chão e começo a gritar de desespero.






— Ayla, o que aconteceu? - senhor Vélez entra no banheiro e acaba me vendo sem roupa. — Desculpa. Eu não tive a intenção... - ele fica todo sem graça e sai rapidamente do banheiro.

— Ai, meu Deus! Era só o que me faltava! -  pego uma toalha para me enrolar e saio correndo do banheiro porque não quero ser atacada por um bando de baratas! Confesso que estou morrendo de vergonha pela a cena e nem sei como vou olhar para ele. 

— Ainda bem que você resolveu se cobrir. - ele suspira aliviado. — Por que você fez todo aquele escândalo? Deu pra ouvir na cozinha! - ele cruza os braços enquanto me observa. Sinto o meu rosto arder e tento me acalmar por causa do susto. 

— Eu vi um monte de baratas no box do banheiro! - respondo, apontando para a porta do banheiro. 

— Como assim o banheiro está cheio de baratas? Eu mandei fazer a dedetização na semana passada! 

— Eu não sei como explicar, simplesmente tem um monte de baratas e só vou entrar no banheiro quando elas sumirem.

— Eu vou ver o que posso fazer. - ele revira os olhos. Confesso que senti vontade de meter uma voadora nele, mas tentei me controlar.






Ele entra no banheiro como se fosse capturar um bandido e ouço as suas gargalhadas. Eu fico confusa e resolvo saber qual é a piada que contaram para ele. O senhor Vélez aparece com uma barata na mão e fica parado na porta. Peraí... Então as baratas são de mentira





— Você é muito bobinha! As baratas não são de verdade! - ele continua rindo feito um idiota, e dou um empurrão nele. 

— Elas são de mentira? - pergunto para ter a certeza, porque não consigo confiar.

— Se não acredita em mim, então verifique com os seus próprios olhos. - ele joga a bendita barata em cima de mim e acabo soltando a toalha. Mais uma vez ele me vê completamente nua.






Dessa vez ele não vira de costas, simplesmente fica me observando e morde o lábio inferior. Por que sou tão azarada? Esse tipo de coisa sempre acontece comigo! Eu pego a toalha e me enrolo o mais rápido do que possível, porque já basta eu estar passando vergonha pela a terceira vez na frente do meu patrão. Agora sim sinto vontade de enfiar o rosto em algum lugar!  






— Seu idiota! Como você teve a coragem de fazer isso comigo? - fico brava e aponto para a barata que está no chão. 

— Sabia que eu gosto de te ver brava? - ele continua me olhando de um jeito malicioso. 

υмα иονα ϲнαиϲє ραяα αмαя | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora