"Eu sei que sou péssimo em demonstrar os meus sentimentos"

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Richard e eu decidimos entrar no sobrado em chamas, sem nos preocuparmos com o perigo. Nós temos uma missão de salvar duas vidas inocentes que estão em jogo e precisamos fazer isso enquanto há tempo antes que seja tarde demais. Ayla é a mulher da minha vida, tenho muito medo de perdê-la para sempre. Se algo acontecer com ela, eu não vou me perdoar. Não quero passar pela a mesma dor, pelo o mesmo sofrimento desde a morte de Isadora. 

Mesmo ouvindo gritos das pessoas, os bombeiros tentando me impedir de entrar, eu enfrentei o fogo e estou disposto a fazer o que for possível para salvar as duas vidas. Eu enfrentei muitas situações perigosas para capturar os criminosos, quase perdi a vida após ter levado um tiro nas costas, fui ameaçado de morte diversas vezes pelos os bandidos e permaneço aqui, firme e disposto a enfrentar qualquer tipo de situação.

Richard e eu derrubamos a porta do apartamento de Ayla e ficamos pasmos com a quantidade de fogo que se instalou no ambiente. Nos entreolhamos e decidimos enfrentar as chamas, sem nos preocuparmos com as possíveis queimaduras que podemos sofrer. Sigo ele até o quarto, que também encontra-se trancada e derrubo a porta para ter acesso o local. Ouço choro de uma criança pequena e encontro Ayla desacordada no chão, perto da cama. A criança encontra-se no berço, enquanto tentava se equilibrar em pé nas grades.




— Christopher, você pega a Ayla, enquanto eu pego a criança! Também temos que pegar os cobertores para cobri-las e sair daqui o mais rápido que possível, caso corra o risco de explosão! - Richard grita.

— Tudo bem! - grito de volta. 



Eu me abaixo para pegar Ayla e por sorte encontro um cobertor e cubro o seu corpo para evitar que tenha exposição com o fogo. Richard faz o mesmo com a criança e gesticula para sairmos do local. Conseguimos fazer tudo a tempo antes que o fogo atingisse o lugar onde elas foram encontradas. Saímos imediatamente do sobrado com duas vítimas capturadas e as pessoas comemoraram. Levamos elas até as ambulâncias, colocamos nas macas e permitimos que os paramédicos fizessem os procedimentos necessários para saber se elas não sofreram nenhum dano. 

Eu me sinto aliviado em saber que tiramos duas pessoas inocentes de um incêndio, porém estou preocupado com a situação delas, pois há possibilidade de terem inalado a fumaça. Enquanto isso, os bombeiros realizam o trabalho para tentar controlar o fogo, que está aumentando a cada segundo. 




— Vocês são os familiares das vítimas? - pergunta um dos paramédicos.

— Eu sou o padrinho da criança e amigo próximo da mulher. - responde Richard.

— Eu também sou um amigo próximo. - respondo com a voz ofegante e começo a ter uma crise de tosse. 

— Vocês também precisam ser atendidos por terem inalado fumaça ao entrar no local. - fala outra paramédica. 




Há possibilidade de eu ter ingerido fumaça, porém não me arrependo de ter enfrentado o fogo para salvar a vida de Ayla. Richard e eu fomos examinados por outros paramédicos, recebemos inalação e fomos levados para o hospital junto com Ayla e a criança. As duas últimas foram levadas para os quartos para os médicos examinarem o estado de saúde de ambas. O que me preocupou é que Ayla continua inconsciente, mas estou otimista de que ela poderá acordar em qualquer momento. 




— Chris! Que bom te ver! - Perrie entra no quarto com Emeraude e Zabdiel e aproxima-se da maca. 

— Ficamos preocupados quando nos informaram que houve um incêndio no bairro onde a Ayla mora. - diz Emeraude.

— Como você está, parceiro? - pergunta Zabdiel, fechando a porta.

— Eu estou bem, pessoal. Só inalei um pouco de fumaça, mas estou bem melhor. - respondo com dificuldade para respirar. — A minha única prioridade é saber como estão a Ayla e a criança.

υмα иονα ϲнαиϲє ραяα αмαя | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora