υмα иονα ϲнαиϲє ραяα αмαя | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢ

"Preciso que esteja perto de mim"

— Isso não importa. A boa notícia é que consegui um advogado para Emeraude e vamos ajudá-lo a encontrar provas que comprove que ela foi vítima de uma injustiça. - diz Zabdiel.

— Isso é um bom sinal! Se quiser eu posso contribuir nessa investigação para tentar encontrar algo. - fico alegre e mudo de humor rapidamente ao olhar para Christopher, que permanece me observando. 

— Ayla, eu prefiro que fique aqui descansando e cuidando da sua filha. Você passou por dois momentos desde que se envolveu na investigação do FBI e não quero que algo de ruim aconteça. - diz Christopher.

— Pela a primeira vez tenho que concordar com o Chris. É muito arriscado você continuar nessa investigação, agora que estamos suspeitando que o tiroteio na festa e o incêndio na sua casa foram planejados pelas as pessoas envolvidas na máfia. - explica Zabdiel. — Por favor, faça isso pela a sua filha que precisa tanto de você por perto.

Eles estão certos. Não posso continuar me envolvendo nesse caso após o ocorrido, mas mesmo assim tenho a necessidade de estar por dentro de cada passo dessa investigação. Quero saber se Josh realmente faz parte da máfia, já que ninguém se atreveu a comentar sobre a gravação que Larissa fez na boate.

Camila precisa de mim, que eu esteja o tempo todo perto dela para que se sinta segura. Sinto que estamos em perigo, que precisamos nos proteger para que nada de mal aconteça. Se Joel descobrir que estou viva, ele será capaz de cometer outra loucura para tirar a minha vida por causa dos seus ciúmes doentio. Até agora me pergunto onde eu errei por ter me envolvido com uma pessoa tão perversa como ele.

— Tia Ayla, você não vai brincar comigo?! - ouço Mimi me chamar pela a sala, interrompendo os meus pensamentos.

— Já vou, Mimi! - grito.

— Vocês também vão brincar de restaurante comigo! - Mimi aponta para Christopher e Zabdiel.

— Mimi, no momento eu estou sem tempo para brincar e ainda tenho que resolver alguns assuntos do trabalho... - Christopher tenta procurar uma desculpa enquanto passa a mão no cabelo.

— Que isso, Chris! Você vai negar brincar de restaurante com a sua própria filha? - Zabdiel empurra o amigo para a frente. 

— Que péssimo exemplo de pai que você é. - digo em um tom de brincadeira e antes de ele responder, eu saio correndo em direção a saída da casa. 

E foi assim que dois agentes do FBI foram forçados a brincar de restaurante com Mimi. Eles reclamaram dos preços das comidas e das bebidas, que realmente estão um absurdo. Mimi exagerou muito nos preços na hora de abrir o famoso restaurante. Ela também chamou Richard e Carolina para participarem da brincadeira, porém eles tiveram outras tarefas para fazer e prometeram que na próxima vez vão participar. 

Enquanto isso, estou tomando o meu chá de mentira tranquilamente enquanto observo Camila brincar com um telefone de brinquedo. Segundo Mimi, ela é a atendente do restaurante e quem reserva as mesas dos clientes. Isso me fez lembrar dos tempos que eu morava no orfanato, onde eu brincava com as outras crianças que tinham o mesmo sonho: encontrar uma família, receber amor, carinho e atenção que não tiveram dos pais biológicos. 

Eu sempre tive a curiosidade de saber quem é meu pai. As freiras não revelaram muitas coisas sobre ele, apenas que ele me rejeitou ao saber que a minha mãe estava grávida. Também não sei quase nada da minha mãe biológica. Eu não consigo acreditar que ela faleceu após o parto, essa história está muito mal contada. Se ela morreu no parto, então quem me levou até a porta do orfanato? Quero esclarecer as minhas dúvidas, conhecer o meu passado e só vou me tranquilizar quando souber de tudo.