Eu não sei se consigo manter a positividade diante dessa situação. Há uma ameaça de bomba na área, o que em qualquer momento pode explodir e tirar a vida de Ayla. Eu quero vê-la viva, não o seu corpo carbonizado dentro daquele maldito lugar.
Tomo uma decisão que não vai agradar os meus amigos nem os policiais, mas não posso ficar com os braços cruzados enquanto a mulher da minha vida está presa no galpão. Ouço as vozes dos meus amigos, implorando que eu não cometa a loucura de arriscar a minha própria vida, mas é tarde demais porque consigo derrubar a porta.
Ao entrar no local, ouço uma voz masculina ecoando pelo o ambiente que não consigo identificar e a outra é de Ayla. O meu coração acelera ao ouvir os seus gritos de desespero, querendo se livrar do local que pode explodir em qualquer momento. Mas o lugar é tão escuro, entra pouca luz e fica difícil de localizar onde ela está.
— Ayla! - grito o mais alto que posso enquanto ando em passos lentos.
— Christopher! - ouço Ayla gritar desesperadamente.
— Onde você está? - grito novamente.
Ando mais dois passos e acabo ouvindo um forte barulho e sinto o meu corpo sendo arremessado para longe. Ao tentar mexer o meu corpo, sinto pedaços de concreto em cima de mim e uma dor percorre pelos os meus músculos, principalmente a cabeça.
Tento girar a cabeça para o lado e só então consigo processar o que acaba de acontecer: realmente houve uma explosão. O alerta sobre a bomba era verdadeiro. O que mais me preocupa é Ayla. Sinto um forte aperto no peito ao imaginar que algo de grave aconteceu com ela.
— Ayla... - tento fazer um esforço para falar, mas a minha voz sai como um sussurro. Começo a ter crise de tosse devido ao forte cheiro de poeira.
— Christopher! - ouço a sua voz após alguns minutos.
— Você esta viva... - abro um sorriso ao olhar para o teto quase desabado.
Tento me mexer novamente, mas a dor permanece e acabo soltando um gemido. Ouço barulho de pedras caindo no chão e de alguém se arrastando. Consigo ouvir uma respiração ofegante enquanto se esforça para se aproximar de mim.
— Você está vivo, seu danadinho. - vejo o seu rosto cobrir a minha visão. Os seus olhos estão brilhando e consigo decifrar a sua emoção.
— E você está perto de mim outra vez... - não consigo controlar as lágrimas.
— Eu te amo, Chris. - ela também começa a chorar.
— Eu também te amo, Ayla.
— Christopher! Ayla! - reconheço os gritos de Emeraude.
A equipe de bombeiros e dois paramédicos se aproximam e começam a realizar o procedimento de primeiros socorros, me colocam na maca e me levam para a ambulância. Antes disso, pude observá-los fazerem o mesmo com Ayla e sussurrei um Vai ficar tudo bem para que ela ficasse tranquila.
Ao chegar no hospital, realizo vários exames de raio-X, tomografia e os médicos me analisam para ter certeza se não sofri nenhuma trauma ou fratura devido ao impacto que sofri no momento da queda.
Após uma série de exames, finalmente me deixam sozinho no quarto enquanto aguardo o doutor aparecer para anunciar que estou de alta. Estou rezando para que isso aconteça o mais rápido que possível para estar em casa com as crianças, brincando e conversando com elas. Odeio hospital. Isso me lembra o tempo que estive internado na época que recebi um tiro nas costas durante uma investigação fora da cidade.
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υмα иονα ϲнαиϲє ραяα αмαя | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢ
FanfictionAyla é mãe solteira, sempre trabalhou para dar uma vida melhor para a sua filha, mas acaba se tornando uma dançarina de boate por causa de uma dívida. Insatisfeita com o salário, ela decide trabalhar na casa do Christopher Vélez, um homem arrogante...