"Eu sei que você sente algo por mim"

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— Boa estratégia, Ayla! Só que o problema é que ela pode correr riscos por estar participando do nosso plano, caso o Raúl descubra a nossa investigação. 

— Ela me disse que está disposta a se arriscar pra acabar com ele, porque a coitada não aguenta mais sentir o cheiro de cigarro que fica impregnado na roupa dele. 

— Parece que vocês duas dividem o mesmo neurônio, se é que possuem. - ele tenta segurar a risada.

— Quanta consideração que tem pela a sua cúmplice de investigação. - reviro os olhos e volto a olhar para o vidro da janela. — E aí? Você quer ou não quer que ela participe?

— Quero. Mas antes preciso conversar com ela.

— Se quiser eu posso passar o número dela agora mesmo, caso vocês queiram entrar em um acordo. - abro a bolsa, mas Christopher pega no meu punho.

— Não precisa. Seria ideal se a gente fizesse uma reunião com a Emeraude, a Larissa e o Zabdiel. Assim ficaria mais fácil de explicar a nossa estratégia para descobrir alguma informação importante que prove que ele participa da quadrilha. - ele me convence.

— Tudo bem. Agora podemos ir? Eu estou louca para dançar.

— Você está muito animadinha. É por que vai ter o privilégio de dançar comigo? 

— Você é muito bobo em acreditar que estou animada por sua causa.

— Vou fingir que acredito nessa justificativa. 

— Liga essa merda do carro antes que eu desista. - aponto para a chave que está no contato.

— Relaxa, chatinha. Nós temos o resto da noite para aproveitar a companhia um do outro. - ele pisca o olho.



Christopher liga o carro, mexe na marcha e pisa no acelerador para sair da frente do sobrado. O clube não fica tão longe do meu bairro, mas um trajeto de carro chega mais rápido. Estou com muita vontade de dançar e sinto que hoje vai ser a melhor noite. Pelo menos vou contar com a companhia do Christopher, estamos tão próximos que podemos nos considerar amigos íntimos. Às vezes perdemos o controle, só que isso não abalou a nossa amizade.

Ao estacionar o carro perto do local, ele dá uma olhada rápida no celular e sai do carro para abrir a porta para mim. Dá para ouvir o barulho abafado do local, já consigo me imaginar dançando no meio da pista e isso me traz uma sensação muito boa. Eu costumava vir com Larissa e Josh, sempre andávamos em trio. Agora minha amiga está tão concentrada no namoro com Erick que nem quer saber de frequentar festas. 



— O que estamos esperando para entrar? - pergunto, tentando ver as mensagens que trocava no celular. — Posso saber o que você anda aprontando nesse celular? 

— Você não se cansa de ser curiosa? - ele bloqueia a tela e guarda o celular no bolso da calça. 

— Não adianta fugir do assunto, agente Vélez. 

— Ok. Você ganhou dessa vez, senhorita Monteiro.

— Diga logo o motivo de não entrar comigo.

— É que estou esperando os meus amigos. A Emeraude, a Perrie e o Zabdiel combinaram de vir pra cá.

— Ah, não! A chata da Perrie vai vir pra cá? - fico indignada.

— Parece que você realmente não gosta dela. - ele me encara.

— E não gosto mesmo! - cruzo os braços.

— Diz isso por que se incomoda em vê-la perto de mim? - ele ergue a sobrancelha.



υмα иονα ϲнαиϲє ραяα αмαя | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora