Cold

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Frio...

“Meus nervos estavam tão à flor da pele e meu coração cansou.”

(SexLife)


A semana passou corrida, porque eu tinha dois ótimos projetos para fazer e um deles era em outra cidade. Eu já estava combinando os dias com a babá ainda não avisei Eunwoo, na verdade, tudo está meio merda desde a nossa última transa e às vezes me pego pensando que ele, na verdade, não quer tentar melhorar o relacionamento, às vezes ele só quer me manter perto o suficiente para voltar a sua antiga rotina que magoava todas as pessoas dessa casa.

Mas eu estava começando a cansar, eu não sou o marido perfeito e não quero mais tentar ser, alfa nenhum faria isso comigo há anos atrás e até agora eu queria entender o que aconteceu comigo no decorrer desses anos.

Comecei a chegar um pouco mais tarde do trabalho para adiantar tudo e viajar, combinei com Junwoo que quando voltasse de viagem teríamos um final de semana para matar toda a saudade acumulada, assim poupando de fazer o mesmo que eu marido.

Quando consegui reservar tudo inclusive às passagens, fiquei esperando Eunwoo chegar para dar-lhe a notícia, eu sabia que seu dom de persuasão funcionava muito bem comigo e ele iria querer me impedir mesmo que seja trabalho. Esses dias ele tem ficado irreconhecível e isso tem me cansado tanto.

Ele demorou tanto para chegar que eu quase desisti, havia avisado que queria conversar com ele, mas mesmo assim o dito cujo chegou tarde como sempre.

— Onde estava? — perguntei sentando na poltrona no canto da sala, com as luzes apagadas e um copo de uísque na mão. Meu tom era sério, porque eu já não queria ser o marido afável que ele enrolava.

— Sai para beber depois do trabalho com meus amigos. — respondeu acendendo a luz. — está aí há muito tempo? — perguntou.

— tempo o suficiente para terminar meia garrafa, você não viu minha mensagem dizendo que eu queria conversar com você? — cerrei meus olhos.

— está com cara de quem quer brigar, vou dormir, pare de beber isso faz mal. — avisou tirando seu casaco, mas falei antes dele chegar ao pé da escada.

— Não é hipocrisia da sua parte Cha Eunwoo? Tendo em vista que você acabou de voltar da porra do bar. — ele volta pronto para contrapor, mas desistiu no meio do caminho.

— Jimin eu tô cansado e...

— Eu também, sabe por que eu tô cansado Eunwoo? Porque tenho que cuidar de duas crianças, da casa e do meu trabalho para você ficar com seus amigos até o caralho da madrugada. — me levanto. — Viajarei por três dias, a trabalho em Busan. Boa sorte para ser pai. — passo por ele na intenção de ir até à cozinha, todavia o mesmo me segura.

— Tenho uma conferência para ir Jimin. Não posso ficar com as crianças essa semana. — argumentou.

— Então desmarque. O que faço é tão importante quanto o que você faz, então para de falar como se meu emprego fosse menos importante que o seu. — me retirei indo para a cozinha e colocar o copo na pia.

— o que tá acontecendo e, porque está tão frio? — segurou meu pulso após me seguir.

— Porque você não é a pessoa por quem eu me casei, você me usou para calar a minha boca e voltar a seguir sua rotina de merda. — cuspo as palavras. — Estou que nem um doido tentando reacender esse casamento e você, nem aí. Acha isso certo? Justo? Eu não sou pai sozinho, eu não sou marido sozinho, então faça algo antes que seja tarde. — bato em seu peito. — a partir de hoje, você dormirá no quarto de hóspedes até segunda ordem e eu estou em greve. Quer fazer alguém de otário então procure alguém, na rua para ver se chegará aos meus pés. Eu tô cansado. — falo olhando em seus olhos, dando ainda mais firmeza as minhas palavras. — Eu te amo, mas mereço ser tratado da mesma forma que era antes de nos casarmos. Nossos filhos merecem mais do que essa pessoa egoísta que você se tornou. — saio de perto dele. — viajo amanhã a noite, da seu jeito, se eu ouvir uma reclamação de jun, você verá só.

— NÃO SE ESQUEÇA DE QUE SOU O ALFA AQUI JIMIN. — elevou o tom de voz, deixando claro sua voz de alfa que causava uma leve dor em meus ouvidos. Não tão aguda porque eu era um lúpus e eu espero muito que ele tenha se lembrado disso e não tenha feito na intenção de me machucar.

— honre a porra da sua classe a haja como um então. — respondi na ponta da escada no andar de cima, antes de entrar para o meu quarto e fechar a porta.

É exatamente nessas horas que eu me sinto aliviado de não ter sua marca em meu pescoço, porque eu não iria conseguir expressar toda a merda que eu estava sentindo sendo ainda mais submisso a ele, eu não aguentaria por muito tempo todo esse egoísmo e prepotência, me mataria gradualmente. Ele é realmente como uma droga, tem efeitos bons, mas depois que passa você vê que não era tão bom quanto você pensava.

Eu o amo, e posso dizer isso com toda a certeza do mundo, daria minha vida ele e desejo que tudo melhore para vivermos mais cem anos. Contudo, não posso ficar de olhos fechados e acomodado em algo que está me incomodando com medo de magoa-lo.

Quero me sentir leve e feliz como me senti naquele almoço; quero sentir a mesma coisa o vendo cuidar de Lina do mesmo jeito que senti quando vi Jungkook com ela no colo; quero que ele arranque as mais lindas e perfeitas lágrimas de emoção ao fazer uma surpresa para o nosso filho. É isso que eu quero. A porra da minha vida de volta, quero me sentir desejado, amado e cuidado.

Eu só preciso receber a mesma quantia que dou, e se ele estiver disposto a melhorar ficarei do seu lado pela eternidade.

Pensamentos impuros - Pjm ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora