Pensamentos impuros - Pjm ABO

The christmas song

A canção de Natal...

“Se precisar de uma amiga, conte comigo."

(Desejo Sombrio)

Junwoo estava bem animado para o Natal, à véspera estava repleta de boas energias, amanheceu com a temperatura abaixo de 0°, com a neve se misturando a areia da praia. Por algumas horas esqueci-me do assunto da noite anterior, mas Jungkook não esboçou nenhuma reação quando olhei para ele algumas vezes, ele também não conversou comigo, isso me fez criar uma esperança de que, na verdade, o álcool estava mais em seu organismo do que parecia e, na verdade, ele nem prestou atenção na conversa ou esqueceu completamente.

O que não aconteceu o mesmo com Lisa que depois do que foi revelado ela não falou comigo, porque estava brava e não por esquecer, as outras pessoas nem ligaram todos estavam bêbados e falando merda, isso é normal.

— Papai podemos brincar na neve daqui a pouco? — pediu Junwoo, ele adorava neve, como eu, e brincar na neve era como uma tradição nossa.

— Claro, terminarei de ajudar o tio Jin com a ceia e logo faremos anjinhos de neve no chão. — beijei sua testa o vendo correr para as outras crianças ali.

Foquei em ajudar meu chefe na cozinha, porque era o único lugar que não me deixava nervoso. Jin era um cozinheiro de mão-cheia e fez questão de cozinhar ao invés de trazer uma equipe de Buffet, e eu agradeço por isso porque se ele não estivesse cozinhando eu teria que ser obrigado a socializar com as pessoas, e bom, as opções não são as melhores.

— Está gostando da viagem? Sei que Natal é inverno e passar na praia se torna meio chato porque a água está incrivelmente gelada, ontem foi sorte. — Jin era um ótimo chefe que sempre me ajudou desde que comecei a estagiar naquela empresa, ele foi o meu tutor e me ensinou a maioria das coisas que hoje em dia me faz ser o melhor arquiteto do país, atrás de seus encantos.

— Estou gostando sim, na verdade, está bem melhor do que ficar em casa, sozinho com duas crianças, pelo menos aqui Junwoo pode se divertir e olhar um pouco o mar. — respondi.

— Você tem problemas com seus pais né? — perguntou e eu concordei. — Eu também, na verdade, eu tenho problema com a família toda exceto meu primo, meu pai era meio abusivo sabe um pouco preconceituoso com ômegas e bom, eu não faço a mínima ideia de onde está minha mãe. A questão é que sei o quanto é chato passar natais sozinho, fazer esse evento anualmente me traz uma enorme paz porque me mostra que família nem sempre é de sangue, eu fico feliz em saber que pelo menos meus funcionários podem se sentir em casa. — desabafou com seu tom de voz doce.

— é a primeira vez em muitos anos que passo o Natal sozinho, quer dizer, o Natal sem meu marido, mas eu estava com medo de ser ruim, contudo é uma ótima experiência. Obrigada Senhor Kim. — agradeço.

— Obrigada você por vir, é bom eu estar aqui com você porque tem algo que quero lhe falar a muito tempo, eu adoraria que você fosse o chefe da equipe de arquitetura, eu estou ficando velho. — velho com seus 35 anos, não tem nada de velho. — a questão é que tem ficado difícil liderar uma empresa e ainda um departamento inteiro de arquitetura, temos muitos trabalhos para o próximo ano, e como você é nosso funcionário mais conceituado eu adoraria que fosse meu sócio e me ajudasse com a parte da arquitetura. — sociedade? Esse é o meu presente de Natal? Serei meu próprio chefe? — Quero vender parte das minhas ações para você e assim fazermos as coisas juntas. — finalizou.

— Eu não sei nem o que dizer senhor, realmente me pegou desprevenido, eu agradeço, não tem como negar um pedido desse, isso é quase um sonho. — nos abraçamos, tomando cuidado para não nos sujarmos. Quando terminei de ajudá-lo troquei de roupa fazendo o que havia prometido ao meu filho.

— Você está pronto papai? — perguntou e eu concordei. — no já, um dois, três e JÁ. — corremos para fora da casa indo me direção ao jardim coberto por uma considerável camada de neve. Peguei um pouco em minhas mãos, amassando em uma bola e tacando em meu filho serelepe, iniciando uma guerra infantil e nostálgica, quando percebi Jungkook também estava ali participando conosco, Rose, lisa e todos os outras haviam se juntado a nós. Todos querendo ser criança mais uma vez, nada como a primeira neve do ano para trazer a tona o que é de mais bonito nas pessoas, a criança que não deixaram morrer, os bonecos de neve, a guerras, os anjos na areia e o clima de família.

[...]

Depois da brincadeira com a neve todos foram se preparar para a passada do papai Noel, as crianças estavam ansiosas e meu filho não parava de falar um minuto sobre o que ele pediu ao papai Noel, um pedido que ao dizer dele, feito de coração e que eu não poderia ver. Fiquei com medo de errar o presente, mas, porque não sabia exatamente o que ele queria por isso espero que meu pequeno goste.

— Porque não me contou? — Lisa me puxou para uma sala silenciosa antes de chegar o Natal.

— Eu não sei, fiquei com medo, com vergonha. Céus eu nem ao menos conseguia levantar da cama consumido por uma dor que eu nunca senti antes, com a minha cabeça me manipulando, por qual motivo eu incomodaria você e suas aulas para cuidar de mim? — respondi.

— Porque sou sua amiga e sempre fui eu não estou julgando seu ato, mas sei que o bebê que você abortou não era do Eunwoo, o que me resta acreditar ser de Jungkook e que ele fez merda o suficiente para te deixar destruído, tendo em vista seu histórico psicológico, eu não ficarei chateada. Porque estava frágil, mas se eu vir você mentindo novamente mato você. — ameaçou segurando meu rosto. — Nunca mais faça isso, sempre que precisar de alguém, ligue para mim. — me abraçou e eu escutei o barulho dos cumprimentos. Era Natal. — feliz Natal Minnie. — beijou meu rosto. E eu retribuo.

Junwoo não aguentou até a meia-noite, já estava dormindo como um anjo desde as 20h00min, então seus presentes foram colocados na janela de seu quarto para que ele acordasse com a surpresa logo de manhã, eu sabia que ela ia ficar feliz, porque tem amor em tudo que faço e dou-lhe e para ele o que vale é a intenção.