There is nothing to fear

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Quando lúcifer caiu ao submundo, levando com si apenas o ódio, a repugna e a promessa de ser um líder melhor, ele assumiu uma grande responsabilidade. Comandar o inferno não era nada fácil e todos sabiam disso, com o tempo, Lúcifer se cansou de ficar lá e se pois a habitar a terra, o único problema é que um reino não se mantém de pé sem um rei para comanda-lo.

Vestindo apenas uma box vermelha com fiatagem preta, um roupão vinho de tecido caro por cima, Lúcifer saboreava um copo de seu mais caro whisky, sentado confortavelmente em uma poltrona a sala, tendo o peitoral amostra, esse bem marcado e definido, um real pecado.

Fôra levado até ali por Jimin, ele estava aflito novamente, lúcifer adorava aquele demôniozinho mas odiava o fato do seu descontrole. Cruzou as pernas em impaciência, rolou os olhos enquanto dedilhava a borda do copo, acompanhando o formato circular do mesmo, o loiro aparecia e desaparecia em lugares diferentes a todo momento, uma hora estava no sofá, outra estava próximo a janela, isso tudo já irritava o diabo, esse que o fitava com impaciência.

—Pare de se teletransportar para os cantos da casa, Jimin.— Levou a palma livre para o rosto, passando-a em sinal de irritação.—Não me obrigue a cortar as suas asas, demônio descontrolado.—

A firmeza na fala do tinhoso fez o loiro parar, fático, fitou os olhos do Kim, esses que já começaram a mudar de cor, mesclando entre o castanho de sempre e o assustador escuro e único.

—Não acha que ele está demorando demais?.— Teletransportou-se mais uma vez, pois-se a sentar em uma das pernas do diabo, esse que lhe fitou com indiferença sem pestanejar por tal ato, preguiça.

—Yoongi já foi ao inferno, Jimin. Não aja como se fosse a primeira vez.— Disse simples, ergueu o loiro sem dificuldade, colocando o mesmo em seu antes lugar.—Além do mais, ele é um demônio também, o inferno é a sua casa. Pare te temer, isso me irrita.

Disse deixando o copo no balcão, jogou-se ao sofá, carregava o sorriso cínico de sempre, aquele que uns almejavam outros odiavam, irrelevante.

—Eu não temo.— Disse enfático.—É só que...—

—O inferno está uma bagunça.— Disse amedrontado, era um assunto de revolta ao cão.—Você sabe disso Lúcifer. Sabe que precisa voltar e arrumar toda aquela bagunça, mas não faz isso, ao invés, manda que um de nós vá até lá e encare a fera que você não quer encarar.— O tom de voz do menor fez o olhar de Lúcifer escurecer, como ele ousava usar esse tom com o seu chefe.

—É melhor você rever as suas palavras meu caro Minnie.— Era sarcasmo puro, ríspido ao mesmo tempo, um ataque cauteloso, o estilo do diabo.—Não me obrigue a te ensinar boas maneiras.— Soltou as bochechas que antes segurava firme.

Antes que o loiro pensasse em sibilar algo, lúcifer sumiu, o tal temia os ensinamentos de Taehyung, já sentiu na pele todo arder e angústia que apenas um olhar do mesmo pode causar, só lembrar lhe causava náusea.

motor importado alucinava os ouvidos outreros, o esportivo posturava-se em meio ao pouco trajeto a frente. Vestindo um belíssimo terno preto, mesmo que sem gravata, abotoadoras caras, solados finos como de praxe, fios negros postos para trás, Taehyung era de fato um homem impecável.

Pisou no gramado verdinho da casa alheia, caminhou manso até a porta de madeira clara batendo de forma sucinta e firme, fôra atendido por um par de olhos castanhos, meigos, a vista de uma linda mulher, essa que lhe desencadeou alguns pensamentos incorretos para outreros, não para o diabo, ele via pecado em boa parte das coisas.

Fitou a mulher a cada mísero detalhe, avançou para mais perto, causando um arrepiar estranho na mesma, ela sentia o cheiro másculo de Lúcifer enriquecer suas narinas, era atordoante.

Aonde o diabo se escondeOnde histórias criam vida. Descubra agora