Immortality

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~A imortalidade corresponde ao conceito de viver como uma forma de vida física ou espiritual durante um período infinito ou inconcebivelmente vasto de tempo~. Mas como tudo no mundo, há uma fraqueza, algo que modifica o fato destacado; para Lúcifer, o nome desse hospedeiro é ~Querubim~.

Em passos presentes, sempre embargados em classe. Taehyung fitou a porta do reverendo, número 66, riu divertido, seria incrível mais um dígito ali. Dedilhou a maçaneta com lascas pelo desgaste antes de pater o punho serrado contra a madeira envelhecida, um grito de dentro revelou a espera. Fitou o carro, estava bem estacionado. Voltou os olhos castanhos para a porta já aberta, alargando um sorriso cheio de maldade. Adam atendeu.

-Olá, Adam, como está?.-

Não ouve resposta da outra parte. O ansião correu os olhos por todo o diabo antes de lhe dar as costas e voltar ao que fazia antes.

Taehyung adentrou a casa vagando os olhos, procurando por Jungkook, o homem deitado no sofá, com as pernas cobertas e o controle da televisão sob as mãos, se recusava a encarar o acastanhado; deixou aparecer um sorriso satisfeito no rosto quando visualizou o mais velho resmungar pela dor nas costas quando tentou alcançar uma almofada jogada ao chão. Pelo visto, seu trabalho gerou frutos. Se apressou e agarrou o objeto com bordados, pareciam feitos a mão, claras obras de Abgail, ergueu o tal para Adam, esse que por sua vez continuou fitando a frente, observando a imagem divertida na tv.

-O senhor parece realmente mal, reverendo.- sussurrou no pé do ouvido alheio.-Andou se metendo em confusão?.-

O homem se arrepiou por completo, queria xingar Taehyung até o último foi de cabelo mas a imagem de seus olhos escuros e a voz grossa o fez repensar.

-Obrigado!- disse simplista enquanto tomava a almofada das mãos do tinhoso.

Voltando a se por de pé, Lúcifer sentiu um aroma bom adentrar as suas narinas. O cheiro bom de comida que ganhava cada metro quadrado da casa podiam até mesmo fazer o estômago do cão resmungar.

Andou até a cozinha, acompanhando o cheiro bom. Encostado contra o batente do grande anel, fitou o puritano inquieto enquanto cozinhava alguma coisa; Jungkook se levava de um lado para o outro, vez pegando mais tempero, outra apenas se lembrando aonde tinha posto o talher. Não percebeu o cão ali nem por um segundo se quer, seus olhos não o presenciaram mas a sua mente era completamente sua. Acomodava os pensamentos em memórias do dia em que se entregou ao tal. Bom momento.

Sem perceber, deu um passo muito grande para o lado e acabou por encostar o braço no metal quente ao fogo.

-Cuidado!.- foi tudo o que Taehyung conseguiu dizer antes de correr para agarrar o corpo menor. Agarrou o mesmo contra o seu corpo, sentindo o seu coração completamente acelerado pelo medo.-Você está bem?. Se machucou?.- vasculhou a pele branca sem pudor, com os olhos arregalados.-Me deixa ver.-

-Tae?.- disse incerto. Acreditava que seus olhos lhe pregavam uma grande peça.

-Merda. Você se queimou, está doendo muito, meu bem?.-

O carinho e a preocupação do moreno, aqueceram completamente o coração de Jungkook. O puritano sorriu enquanto seu rosto era agarrado pelas grandes mãos de Taehyung, seus olhos temerosos e compaixão comprovava o sentimento que existia.

-Eu estou bem, Tae.- ampliou o sorriso.-Isso não foi nada.-

Lúcifer não se contentou com apenas isso, antes de começar a formular uma nova frase, seus olhos encontraram a heterocromia no loiro, essa que o diabo admira completamente. O olhar doce do puritano lhe leva toda a atenção, os lábios cheios o que lhe sobra de sanidade e os fios claros junto a pele clara, ficam com todo o resto.

Aonde o diabo se escondeOnde histórias criam vida. Descubra agora