Deserve Evil

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Como deve-se julgar o pecado?, Até aonde se está no caminho certo?, O que realmente é errado?. Errar e acertar é mediante a um ponto de vista pessoal, julgar alguém por algo é de fato sem sentido, o meu errar pode ser o seu acerto, vice versa, talvez não devêssemos ser julgados ou penalizados por quaisquer ato.

A frieza com que Taehyung fôra até lá era eminente, todos os seus músculos fortemente contraídos, suas mãos fechadas em punho, suadas; pisou firme até que os solados tocassem o tapete de entrada da casa alí, batidas fortes na porta trouxeram a mulher de olhos inquietos para fora. Ela suava, seu olhar não era fixo e sua boca abria e fechava sem motivo, logo o diabo percebeu que algo estava errado de fato.

O ansião que logo apareceu atrás da mulher, fitou o cão com ódio, tentou encara-lo mas esse apenas o empurrou deixando seu olhar frio e sombrio como resposta.

-Taehyung-

O loiro no segundo andar clamou mais uma vez, ouvidos mundanos jamais escutariam tal pedido, mas os ouvidos do tinhoso, claramente o entendia; logo o inquietou, subiu as escadas quase que correndo.

Sua primeira imagem o chocou, Jungkook estava ao chão, em posição fetal, abraçava os joelhos tão forte que até lhe deixaria marcas, mais. Sua bochecha vermelha, marcada pelos tapas e pelas lágrimas teimosas e descontroladas, o lábio levemente machucado, a pele leitosa marcada pelo cinto, os hematomas eram claramente visíveis; Taehyung correra e o abracara. Jungkook chorou mais ainda, não imaginou ver o moreno ali, suas preces realmente foram ouvidas.

-Não chore mais meu bem, eu estou aqui agora- foi tão carinhoso, Jungkook logo se aconchegou nos braços do diabo, agarroulhe pela cintura escondendo o seu rosto choroso no peito alí.

-Me conte o que aconteceu.- encarava a frente com ódio.-Quem fez isso com você, hum?-

Jungkook apenas chorou, soluçava forte, não tinha forças para responder nenhuma pergunta se quer; Taehyung resolveu levá-lo com si, queria cuidar de suas feridas, faria isso em seu apartamento, sabia de fato o culpado por aquelas marcas. Ajeitou com cuidado o loiro em seu colo, levou uma de suas mãos até às suas costas e a outra segurou suas pernas, cada toque doía em Jungkook, estava muito machucado, o diabo teria que ser cuidadoso.

Se levantou sem dificuldade, encarou o rosto encolhido do loiro, seu coração doeu, odiou aquela imagem, por algum motivo, o cão não gostara de ver o mesmo sofrer.

-Tae... Minhas costas- Sibilou fraco, quase como um sussurro.-Minhas costas doem muito, por favor..-

Não conseguiu terminar a frase, estava fraco de tanto chorar, chorou por horas seguidas, clamando por tal, implorando o perdão de Deus e se culpando pelo pecado.

-Eu sei que está doendo meu bem- beijou sua testa, aconchegante.

-Vamos fazer assim, segure meu ombro com toda a força que você tiver. Sempre que algum lugar doer, aperte forte, isso ajudará
a suportar.-

Assim foi feito, desceram as escadas cuidadosamente, vez ou outra, Taehyung sentia seu ombro ser apertado, a unha já crescida do loiro, marcava a pele clara do tinhoso, o deixara marcas, essas que tal não se importava em receber.

Ao passarem pelo olhar do homem furioso no andar de baixo, Lúcifer o encarou frio, não iria se explicar, resolveria os seus problemas com o reverendo uma outra hora, tudo o que importava agora, era cuidar de Jungkook.

-Para aonde irá levá-lo?- a mulher resolveu se pronunciar, mesmo que em tom baixo, quase inaudível.

-Vou levar o Jungkook para a minha casa, irei cuidar dele, não se preocupe.- Sibilou formal, a mulher não tinha tanto peso na história, seu marido que era um crápula sem limites.

Aonde o diabo se escondeOnde histórias criam vida. Descubra agora