Capítulo 062

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— Se sente melhor?

A preocupação de Alessandra era pertinente.

— Um pouco. Mas alguns músculos ainda doem, e está um pouco difícil disfarçar. Ainda bem que o pessoal lá de casa passa o dia no trabalho.

— Sorte sua. — A loira sorriu. — A propósito, já tenho o seu próximo cliente.

— Pra quando?

— Amanhã cedo.

— É... acho que amanhã já estarei uns 80%. — Déboras se sentou no banco.

— Nossa! Mas foi tanto assim?

— Daquele jeito, né?

— Agressivo?

— Pior. O cara demorava muito. Do tipo "atleta sexual". Ele só parou quando eu menti que precisava ir para a aula.

— Caramba! Eu sei como é. Já peguei alguns.

— Foram as duas horas mais longas da minha vida. E ainda bem que ele levou uma bisnaga, e grande, de lubrificante. Ela praticamente acabou.

Naquela praça, bem cuidada e pouco movimentada, Alessandra permanecia admirada e pensativa.

— Tive uma ideia.

— Diga. — Déboras tentava uma posição menos incômoda.

— Vou te fazer uma massagem. Isso vai ajudar a musculatura, ativar mais a circulação e te dar um bem estar.

— Tem certeza disso?

Ela se levantou e foi puxando a amiga.

— Absoluta.

Alessandra chamou um taxi e o trajeto até o seu apartamento não durou mais que 8 minutos. O transito não era tão intenso naquela hora da manhã, o que favoreceu. Pararam frente ao prédio, às 11h. Depois de descer Déboras espreguiçou e se esticou, tentado alinhar as costas. Alessandra segurou em seu braço e a conduziu com calma.

— Só tem um problema — Disse a loira — Não tem elevador.

— Em qual andar?

— Terceiro.

Déboras a olhou pouco descrente.

— É sério?

— Vamos! Eu te ajudo.

Alessandra passou a mão na cintura da amiga e foram escada acima.

O prédio tinha um ar pitoresco, evidenciado pela decoração, com carpete pelas escadas e corredores, portas de madeira com belo trabalho de marcenaria, pequenos vasos de plantas enfeitavam alguns cantos.

— Que bonito!

— Sim. O zelador trabalha de forma maravilhosa.

Alessandra destrancou a porta do apartamento e entraram. Ali dentro mais um impacto visual para Déboras. Não que fosse perfeitamente organizado, mas havia uma harmonia no excesso de coisas que a loira possuía: arara de roupas, revistas, a estante de vidro, mesinha de centro espelhada, fotos, cadeiras estilosas, quadros.

— Meu Deus! Que apartamento lindo!

— Obrigada! Só aviso que, antes que pense que sou rica, comprei a maioria dessas coisas em brechós.

— Parece tudo tão... caro.

A loira trancou a porta e se aproximou de Déboras, que ainda estava fascinada com o que via.

— E muitas peças são. Mas comprei por bagatelas. Tudo é questão de saber negociar.

A morena olhava captando cada detalhe nas mobilias. Nesse ínterim, Alessandra retirava a blusa da amiga, também baixou a sua saia e retirou-lhe as sandálias. Pela mão, a conduziu até o sofá de três lugares em couro, e a deitou. Foi ao quarto e voltou com um frasco.

— O que é?

— Óleo para massagem. Preciso que prenda os cabelos para não sujar.

Com um elástico, a morena prendeu os fios em um coque.

— Espera, Alessandra! Isso vai sujar a minha lingerie?

— É bem provável.

— Retiro?

— Sim. Eu teria maior liberdade para fazer os movimentos em seu corpo. Até porque quero usar o meu peso pra ajudar mais.

— Certo! Então me ajuda.

A loira abriu o sutiã e Déboras o retirou sem se levantar. Em seguida, Alessandra veio puxando delicadamente a calcinha da amiga. Da posição que estava, pode ver os pelos pubianos da morena. Em seguida Déboras se acomodou melhor de bruços.

— Tá! Lá vou eu!

E a loira guiou um fio do óleo, nas costas da amiga até a lombar.

— Ai!

— Que foi?

— Tá frio. — Reclamou a morena, rindo.

— Já te esquento — Também riu, Alessandra.

Quando tocou a mão nas costas de Déboras, a loira sentiu algo lhe percorrer. Um êxtase que ela teve o cuidado de não deixar transparecer. Os movimentos eram distribuídos em todos os pontos do corpo e em várias direções, alternando a intensidade. Depois de vinte e cinco minutos, Déboras viu a amiga retirar e jogar a própria lingerie no chão, e se posicionar próxima das suas coxas.

— Vou precisar usar força agora, tudo bem?

— Tudo bem.

Mas Déboras tinha certo receio. Ela sentiu quando a loira, completamente nua, subiu sobre ela e se sentou encaixada pouco abaixo das nádegas. Tanto que, os pelos pubianos da amiga, espetaram levemente a sua pele. Ela se arrepiou toda.

— Está tudo certo contigo? — Alessandra via e sentia a mudança na porosidade da pele.

Débora apenas meneou a cabeça em confirmação.

E para Alessandra, as coisas não eram tão diferentes. Ela também estava arrepiada, mas não parou o que fazia. Com os braços eretos e as mãos sobre a lombar da garota, ela colocou o seu peso, tentando aliviar o trauma da região. O que acontecia é que, aplicando força, ela se encaixava mais sobre as nádegas da amiga, quando deixava de exercer pressão, ela descia, esfregando os lábios vaginais na colega. Por vezes gemia. Foram muitos os movimentos, até que, em dado momento, Alessandra colocou uma toalha entre as pernas.

— Está tudo bem?

— Está sim. É que acho que passei muito óleo e tá derramando.

Mentiu a loira, que retirou a toalha molhada após ela, discretamente, gozar.

Quando terminaram, Alessandra estava exausta.

— Nossa! Fazer massagem cansa tanto assim?

— Você não sabe o quanto. — Respondeu deitada sobre Déboras.

— Bom. O resultado é maravilhoso. — Ela ponderava com a amiga abraçada a ela. — Agora eu preciso ir embora.

— Está tão cedo. Onde vai almoçar?

— Almoçar? Nem tinha pensado. Talvez faça algo em casa.

Alessandra escorregou para o lado da amiga.

— Almoça aqui comigo.

— Pôxa, Alessandra. Não sabia que você era tão prendad...

A loira colocou a mão na boca da amiga:

— Alô! Jorge? Tudo bem? Dois expressos um com carne e outro com frango. Obrigada! — Quando encerrou, olhou para a amiga. — O que dizia?

— Nada. Nada.

— Então deita aqui. — E Déboras obedeceu. — Acho que posso te massagear um pouco mais.

Alessandra colocou aperna sobre o corpo da amiga e a abraçou. E ficaram naquele clima até o inícioda noite.

BOIN - Amor das ProfundezasOnde histórias criam vida. Descubra agora