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Naquele dia, Antônio chegou em casa pouco depois da meia noite. Tinha o semblante desgastado, mas entrou pela porta com um sorriso no rosto e um embrulho nas mãos. Angustiada, Diana correu ao seu encontro e o abraçou e beijou.

— Meu Deus! Onde você esteve o dia todo, Antônio? E que cheiro é esse?

Ele entregou o saco de papel e a esposa o abriu e viu o tinha no interior.

— Você gastou... nosso dinheiro... com... sanduíches?

Assim que ela parou de falar, ele retirou do bolso algumas notas e entregou para a mulher.

— 77 Dólares.

— Não estou entendendo.

— Fui contratado em uma lanchonete. Eles me pagam 11 dólares por hora.

— Mas... mas... como conseguiu?

— Estou cansado e louco por um banho, mas vou resumir. Rodei muito durante a manhã, conversando com donos e gerentes de estabelecimentos. Confesso que foi difícil demais. Até que conheci um rapaz chamado Ramirez. Ele me disse ter visto no dia anterior, um anúncio de contratação na frente de uma loja. Me disse onde era e fui até lá. É uma lanchonete de comida mexicana.

Aos prantos Diana o abraçou, e Déboras se juntou a eles, e comeram a refeição trazida. Havia satisfação e esperança no pequeno grupo.

BOIN - Amor das ProfundezasOnde histórias criam vida. Descubra agora