Amor... Você já ouviu falar, em algum momento da sua vida, que o amor é capaz de quebrar barreiras, certo? Porém, e se essas barreiras separassem dois mundos totalmente diferentes: o dos humanos e o das criaturas?
Há muito tempo, os homens usavam o...
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Andando de um lado para o outro, é assim que Wei Ying estava do lado de fora da sala do trono. Seu pai Wei ChangZe havia lhe chamado para uma conversa muito importante, e isso estava deixando o pequeno ômega de olhos acinzentados um pouco preocupado, já que seu pai nunca o chama na sala do trono se não for algo muito sério. Assim que a enorme porta foi aberta, foi mostrado um enorme salão com muitas flores em volta das pilastras feitas de ouro. Havia também um trono no meio do salão, com um espaço atrás para as grandes asas do rei, em um tom mais castanho. O rei estava usando um hanfu azul com detalhes em dourado. Com um aceno de mão do rei, Wei Ying entra com seu hanfu vermelho vivo com algumas flores bordadas, seu maravilhoso cheiro de flores da morte, suas grandes asas pretas que chegam a arrastar no chão, e seus cabelos presos em um rabo de cavalo com um adereço refinado. Ele logo anda até ficar na frente de seu pai, e se ajoelha em respeito ao rei (e pai) à sua frente.
— Mandou me chamar, meu pai? —disse o mais novo, se levantando.
— Sim, meu filho. Tenho uma ótima notícia para você! —respondeu o pai, com um pequeno sorriso.
— O senhor finalmente vai me deixar sair do castelo sem tantos guardas, em vez de me tratar como se eu fosse uma jovem dama indefesa? —falava pela milésima vez, tentando convencer o pai.
— Filho, eu já disse que você não vai sair desse castelo sem a minha permissão! —disse o mais velho, com a voz um pouco mais alterada, fazendo com que o mais novo abaixasse a cabeça.
Wei Ying sempre desejou voar por aí sem nenhum guarda do castelo lhe vigiando, só simplesmente ele sem ninguém pra dizer o que ele tem que ou não que fazer, talvez até sair da barreira mágica que protege ele dos humanos.
— Bom, não te chamei aqui para nós discutirmos sobre isso, lhe chamei para avisar que o Zhao Chang aceitou meu pedido de noivado pela sua mão. —disse Wei ChangZe com um sorriso no rosto, enquanto o outro estava tentando entender se ele ouviu bem ou está ficando maluco mesmo.
— NÃO! Pai me desculpe, mas não vou me casar com alguém que não amo, eu não me caso com ele nem por você, nem por ninguém! —disse o mesmo, depois de alguns minutos em silêncio.
— Não levante a voz pra mim! Eu sou o rei, e se eu quiser você se casará sim com ele! Você já tem vinte anos e já está mais do que na hora de você conseguir um alfa! —falou o Wei mais velho, já se irritando com os chiliques do filho.
Infelizmente, Wei Ying nunca teve escolhas no decorrer de sua vida. Não é que já esteja apaixonado, mas ele já teve a chance de conhecer o Zhao Chang, que é extremamente vaidoso e acha que um ômega tem que se submeter aos desejos dele. Ele faria tudo por poder, não importa o que isso custe. E Wei Ying nunca ia se deixar ser submisso por um homem assim e outra, ele já se sentia preso antes, agora que seu pai inventou esse noivado, o sentimento só aumentou. Ele nunca foi de se deixar abalar, estava sempre com um sorriso no rosto. Ele também sempre teve o apoio do seu irmão mais velho, Wei Liang, que nunca negou nada pro seu irmãozinho, mesmo que seja para algumas travessuras, como uma guerrinha de lama no jardim da rainha CangSe (o que não passou despercebido pela rainha, que ficou com uma cara de poucos amigos). Mas desde que seu irmão se casou e teve uma filha, a pequena Wei LinHua com seus 2 aninhos, Wei Ying acabou ficando sozinho.
